domingo, junho 07, 2015

Mais aquisições no setor de petróleo reafirmam interesse pelo Brasil

As aquisições de empresas no setor de petróleo seguem em curso em todo o mundo, mesmo com a crise dos baixos preços do barril. Há pouco mais de uma semana, a Svitzer anunciou a compra do controle acionário da operadora de rebocagem brasileira, Transmar Serviços Marítimos.

A Transmar tinha sede no Rio de Janeiro e opera no segmento offshore não apenas no Rio, mas no Espírito Santo e também oferece serviços no Porto de São Francisco do Sul (SC).

Ao mercado foi informado que entrada da Svitzer nos serviços de rebocagem portuária no Brasil faz parte do objetivo estratégico da empresa de expandir em mercados em crescimento. 

O valor do negócio e a participação adquirida não foram divulgados, embora a empresa tenha informado planos de investir R$ 200 milhões nos próximos dois anos para dobrar a frota da empresa, atualmente composta de 10 navios.

A Svitzer é uma empresa do forte grupo dinarmaquês Maersk que atua no setor de movimentação de cargas em diversos portos pelo mundo, transporte marítimo e na operação de exploração de petróleo no Brasil. A Svitzer, que possui uma frota com mais de 430 navios, 4 mil funcionário e operações em 40 países sendo Chile, Peru, Venezuela e Colômbia na América do Sul.

As aquisições seguem a linha de fortalecer os mais fortes. Neste serviços de embarcações de apoio offshore, a Transmar era uma das poucas empresas brasileiras que atuava neste serviço de movimentação de cargas para apoio às sondas e plataformas que atuam na exploração offshore de petróleo no Brasil. 

A Svitzer entra assim num setor onde o grupo americano Edison Chouest Offshore (Eco) que monta base junto ao Terminal 2 do Porto do Açu já atua. A Eco atua no setor de transporte através da sua empresa BRAM Offshore.

As aquisições e transformações em oligopólios por aqui segue a trilha do que fez no setor de serviços de perfuração quando a Halliburton (2ª maior do mundo) comprou a Baker (então 3ª maior do mundo) em novembro do ano passado e agora em abril, quando a petrolífera a anglo holandesa Shell, adquiriu o grupo inglês BG Group, em grande parte por cota dos ativos desta empresa no Brasil.

E como temos interpretado, para o bem e para o mal, o Brasil entrou definitivamente no circuito da Geopolítica da energia.

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