terça-feira, janeiro 19, 2016

Impactos da economia do petróleo em diferentes nações

Ao contrário do que alguns pensam, nem todos perdem com a redução do preço barril de petróleo, como é o caso dos países que consomem mais que produzem.

Neste quadro há dois casos especiais. Um de menor porte é a Espanha na Europa. Outro é, por exemplo, a grande Índia.

O caso espanhol é emblemático porque, mesmo no sul da Europa tem a grande petroleira que é a Repsol e vive procurando petróleo no Mar Mediterrâneo, mas ainda hoje importa 99% de todo o petróleo que consome.

Diante do atual quadro de redução do preço do petróleo, a Espanha comemora, depois de ter atualizado as suas contas, dizendo que a cada 10% de queda do preço do barril do petróleo, o seu PIB cresce entre 0,10% e 0,15%.

Estes números podem parecer pouco, mas para uma economia que tem mais 25% de desemprego, nenhum crescimento com perspectiva de alavancagem pode ser desprezado.

Num outro lado, no Brasil, um país com grande produção e consumo, onde estes números se aproximam, vendendo e importando petróleo e derivados, por conta das capacidades instaladas e tipos de petróleo processados em suas refinarias, os investimentos na sua estatal de petróleo, a Petrobras, significam um retorno dobrado no PIB brasileiro. Ou seja, para cada real (ou dólar investido) se tem como resultado, o dobro deste valor no PIB.

É certo que aí está apontado bem para além dos resultados com a extração, mas também toda a IE de apoio, indústria e serviços demandados e que geram empregos e movimentam a economia.

Entender estas e outras diferenças e similaridades é parte da imbricada forma de se pensar a inserção nas cadeias de valor global, diante de oportunidades e riscos.

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