quarta-feira, novembro 28, 2007

A declaração de entusiasmo de Nelson Motta por Tim Maia - o biografado!

Comprei o livro para presentear o amigo José Carlos Salomão que fez aniversário. Recebido os livros adquiridos pela internet, acabei folheando este. Não havia gostado do “Noites Tropicais” escrito pelo mesmo, Nelson Motta, e, por conta disso, não me entusiasmei em lê-lo. Folheando algumas partes antes de entregar o presente, vi que este livro do Motta era muito melhor que o anterior. Escrito de forma mais leve, agradável e sedutor. Na leitura de alguns trechos encontrei esta declaração do autor, que talvez resuma o encanto do Nelson Motta pelo Tim Maia, ao mesmo tempo que biógrafo e biografado tinham suas trajetórias cruzadas:

“No início de 1969, depois de três anos de jornalismo e crítica musical, com 24 anos, fui convidado por André Midani para produzir discos na Philips. Meu primeiro trabalho foi o LP da nova cantora Joyce, muito talentosa, que foi muito bem-sucedido. Em seguida, fui escalado para realizar um dos meus grandes sonhos musicais, que me levara a aceitar o trabalho na gravadora um disco de Elis Regina”.

“Procurando novos compositores e músicas para oferecer a Elis, que estava querendo e precisando das uma moderniza em seu repertório, entrei na sala dos produtores, na Philips, e estava tocando “Primavera”. E, como todos que ouviam, fiquei chocado com aquela voz, aquela melodia sinuosa, aqueles vocais dissonantes, aquilo tudo era muito novo e muito bom! Jairo Pires, diretor artístico da Polydor, sorria orgulhoso e contava que era o mesmo cara que tinha feito o “Não vou ficar” de Roberto Carlos, virava o disquinho e tocava “Jurema”, com um suingue empolgante, o tal Tim Maia era mesmo sensacional. As duas músicas escancaravam o talento de Tim como crooner romântico moderno e como o rei do baile do suingue. Não havia nada parecido, nada melhor, nada mais novo no Brasil”.

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