sábado, junho 28, 2008

Da praça para o Banco

Mendigo passa no concurso do Banco do BrasilA história de Ubirajara Gomes da Silva morador do Recife vem sendo amplamente divulgada na internet. A matéria do link abaixo foi feita pelo jornalista Fred Figueroa para o Diário de Pernambuco. Veja um pequeno trecho abaixo e matéria na íntegra aqui. Ele nunca fez lição de casa acredite. Dormindo há 12 anos na rua, um homem passava os dias estudando sozinho e acabou passando no concurso do Banco do Brasil”. “Hoje, Ubirajara Gomes da Silva deve começar a fazer os testes exigidos para ser contratado como escriturário pelo Banco do Brasil. São testes de saúde e uma entrevista que funciona como teste psicológico. Nele, Ubirajara terá que contar a sua vida. Até a madrugada de ontem, ele não sabia que história contaria. Tinha medo de contar a verdade. Uma verdade que ele mesmo considera inacreditável”.

“Há um ano, Ubirajara foi aprovado no concurso do Banco do Brasil. Ficou na 136ª colocação no Recife. Eram mais de 19 mil candidatos. Na última semana, finalmente, foi convocado para assumir o cargo. Porém, Ubirajara sequer tinha um documento. Nem a certidão de nascimento. Este homem praticamente não existia para a sociedade. Ele mesmo se sentia “invisível”, talvez até “irreal”. Isso explica porque durante a entrevista para esta reportagem, Ubiarajara perguntou várias vezes que impressão estava causando. “O que será que as pessoas vão pensar de mim?”, questionava, com a insegurança de quem está se sentindo real pela primeira vez na vida. Há 12 anos, Ubirajara da Silva mora pelas ruas do Recife...” Este caso mostra como o jornalismo, bem feito, ajuda a sociedade repensar até os seus valores. Uma boa história bem contada é tão saborosa quanto o seu conteúdo que mostra uma oportunidade de inclusão social.

2 comentários:

Maurício Quitete disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Clube de Leitura Alexander Seggie disse...

"A mesma praça, o mesmo banco,
As mesmas flores, o mesmo jardim..." Lembrando o velho Ronnie Von da jovem guarda.
Penso que o sistema de ensino brasileiro poderia aproveitar essas e outras situações evidentes para uma grande e grave reformulação de seus cnonceitos e projetos.