MST, Pastoral da Terra e Movimento dos Direitos Humanos farão manifestação contra a corrupção e apresentarão propostas

Representantes destes movimentos sociais resolveram se mobilizar contra os desmandos, a corrupção e a ineficiência verificados em Campos. Para isso programaram para a próxima segunda, dia 18, uma concentração, em frente à Prefeitura, e depois, uma caminhada até o Fórum para protocolar, uma ação contra os desmandos da prefeitura no que diz respeito à Educação. No evento pretendem distribuir um manifesto com o seguinte texto: “Olá companheiros e companheiras campistas! Nós, assentados e assentadas, acampados e acampadas, estamos nos manifestando contra a corrupção de Campos que deixou em calamidade pública a saúde e a educação deste município, no campo e na cidade. O campo de Campos tem que ir também ao plural: é um campo para o agronegócio e outro para a pequena agricultura. Nós, da pequena agricultura temos que plantar sem trator, sem assistência técnica, sem estrada, sem escolas para nossos filhos e quando tem não há transporte nem qualidade nem estrutura. Sem posto de saúde, sem orelhão, sem praça, sem parque para as crianças, sem quadra para os jovens e adultos, enfim, sem lazer e cultura e sem vida digna. Assim vivemos sem dinheiro para pagar o ônibus, ou é preciso conseguir emprego na cidade. Estão dizendo por aí de escassez de alimentos visto que o agronegócio tem como prioridade a exportação, portanto quem está alimentando o país é a pequena agricultura. Mas não somos escravos, queremos alimentar o município, queremos plantar, mas queremos investimento para isto e para comercializar. Queremos investimento numa escola que atenda às necessidades de nossas crianças e dos valores do campo, perto de nossas moradias, pois assim atende a nossa realidade, com transporte escolar sem risco de parar. Queremos um município que priorize a qualidade de vida para seu povo, seja do campo ou da cidade, queremos programas de vida digna para o campo na área de produção, lazer, cultura, saúde e estrutura. Queremos que a prefeitura faça manutenção das estradas do meio rural, QUE ESTÃO INTRANSITÁVEIS! Na questão EDUCAÇÃO no campo: *Queremos saber onde está o dinheiro do FUNDEB, que deveria estar pagando os transportes escolares. *Queremos que as escolas no campo sejam classificadas como Escolas do Campo, amparadas por créditos específicos mediados pela Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade onde foi criada a Comissão Nacional de Educação do Campo este ano pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) para atender demandas específicas como reforma de nossas escolas, pois é comprovado o descaso pelo município com a estrutura das escolas no campo. *Queremos a vontade política de implementar as Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo aprovadas em 2001 e até hoje sem receptividade por este município. *Queremos estudar além da quarta-série: temos direito a uma educação continuada que atenda a uma vida inteira estudando no campo, mas as escolas no campo envolvem só o 1º segmento do ensino fundamental (antiga 1ª a 4ª série), forçando-nos a estudar na cidade, numa perspectiva completamente diferente da vida no campo. *Queremos Educação de Jovens e Adultos em todas as escolas no campo, profissionalizante. Contamos com o apoio da sociedade campista! "Globalizemos a luta, globalizemos a esperança" Assinam: MST, CPT, Movimento de Direitos Humanos Atualizado às 12:26: O ato está programado não para hoje e sim para a próxima segunda, dia 18. Alterado título e o primeiro parágrafo.