terça-feira, setembro 10, 2013

Capim Angu da Estação no shopping

A informação eu vi num anúncio no Valor Econômico, sobre a ampliação do Shopping Boulevard, em mais de 6 mil m², em Campos. O simpático trailer que vende caldos ali na Estação, em Campos, se rende ao estilo imposto pela shoppinização das cidades e decide instalar ali na praça de alimentação um ponto.

A notícia me alegra e me entristece. Alegra por ver o ponto se expandir e triste pela identificação de como o jeito e a economia local vai sendo capturada pela forma comercial que tenda decretar a fórmula quase única do que seria moderno. Não sou contra os shoppings, em nenhum lugar, mas contra a centralização deles nas vidas das pessoas e de cidades, como se fossem um estilo de vida, para alguns superior, às demais.

Apesar de algum tempo sem frequentar, eu sou fã do Capim. Comida saborosa, especialmente a vaca atolada, além de muitas outras opções, tudo muito limpo, um atendimento agradável e um jeito informal e diferente de servir uma comida rápida, porém, distante da versão conhecida do fast-food.

Preferiria o novo Capim, num grande parque municipal, que aliás, não sai nunca do papel em nosso município. Assim, cada vez mais a gente tem como confirmar os motivos que fazem permanecer esta falta de opção e de espaço de lazer e entretenimento que leva as pessoas quase sempre ao mesmo lugar.

14 comentários:

Anônimo disse...

Que pena! Expansão tudo bem, mas tem que continuar na Estação, senão, magoei... É um saco, tudo que gostamos de fazer em que ser num shopping? Praça de alimentação lotada, "Angu do Capim" não terá charme. Adoro ir lá na Estação, mas no shopping ficará careta. Aquele cantinho é charmoso D + e com muita tradição. Essa é a nossa Campos, sem grandes parques, e o São Benedito sem atrações, é pouco frequentado, precisamos de mais opções de lazer.

Renato C. A. Siqueira disse...

Roberto,

o entendimento sobre o projeto de expansão no shopping, não irá deixar de preservar o tradicional ponto na Estação. Apesar de ser em um shopping, a ideia do projeto é manter alguns conceitos básicos que identificam o atendimento e formas de o fiel público saborear as refeições. Tem havido essa preocupação, e este é o grande desafio. Como sei disso? Estou em fase de visitas técnicas e levantamento das necessidades para elaborar o projeto de arquitetura no shopping. Se Deus quiser, tudo sairá bem, de modo a cativar ainda mais esse público que já consagrou o modo simples, eficiente e saboroso de o "Capim" atender.

Roberto Moraes disse...

Desculpe Renato,

Mas, sem desmerecer seu projeto, ao inverso, isto é impossível.

Jamais.

Posso ir, como vou esporadicamente ao shopping, e me alimentar ali ao invés de outra opção, mas, jamais.

Como disse na nota, torço, me alegro, mas, me entristeço com este empastelamento da vida.

Abs.

Anônimo disse...

Sim!

Campos precisa de um grande parque municipal. No mínimo com 800.000 metros quadrados!!!

Para todo o tipo de lazer e prática d esportes ao ar livre.

Cidade que não está à beira do mar tem que ter parques. Aliás, mesmo muitas cidades com praias possuem parques.

Pena que os últimos governos municipais não enxergam isso.E não aparece um vereador defendendo essa ideia.

Políticos de Campos: se vocês só pensam em votos, saibam que a construção de um grande parque municipal dará muitos votos. E em todas as classes sociais! E Campos tem recursos para isso.

Roberto Moraes disse...

Precisamos de dois parques:

Uma na margem direita e outra na margem esquerda do Paraíba do Sul.

Não há justificativas para esta paralisisa tão grande.

Na 1ª Conferência da Cidade isto foi aprovado por unanimidade.

Há recursos. Falta vontade e sobram interesses escusos. Um deles cito na nota.

Só a pressão pode auxiliar na viabilização.

Anônimo disse...

Claro.
Quem é dono de shopping não quer parque municipal.

Roberto Moraes disse...

Há quem não perceba isto, junto com os que ganham.

Perto das eleições, final de mandato, aí o quadro pode mudar, porque chegam as dificuldades que precisam de facilidades para serem negociadas.

A conferir!

Renato C. A. Siqueira disse...

Roberto,

quanto ceticismo, amigo! Veja bem, nas suas idas esporádicas, não terá mais a falta de opção entre os enlatados americanos "fast-food", tem o lado bom, também, de uma empresa de Campos figurar entre "gigantes". Mas, se você me perguntar se prefiro ir ao shopping ou a um parque urbano - podemos retomar o do Taquaruçu, lembra? - a segunda opção ganha disparado, contudo, agradeço a sua torcida e alegria...a ideia é fazer com que este "pastel" não seja insosso.

Abç.

Roberto Moraes disse...

Caro Renato,

O otimismo nos mantem vivos, mas, assim como a diferença entre o remédio e o veneno está na dose, eu prefiro uma dose (ou pitada já que estamos falando de opções gastronômicas, rs) de crítica, através da qual espera-se que o mundo fique menos impalatável...

e sigamos em frente.
Abs.

Anônimo disse...

Comercialmente acho um erro estratégico do famoso Angú da Estação.
Porque trocar: a informalidade (ou alguém já pediu nota fiscal lá?); o horário flexível; a utilização quase de graça do espaço; o custo modestíssimo das instalações; um "Drive Thru" privativo e sem custo; a possibilidade de descumprir as regras trabalhistas; a facilidade de comprar tudo sem nota fiscal; o conforto de trabalhar com chinelos havaianos e camisa aberta até o peito; por...

Controle acirrado do seu faturamento; Vigilância Sanitária onipresente; impostos e taxas que nem imagina que existe; uniforme; horários controlados e rígidos; cumprimento das regras trabalhistas; gasto com loja sofisticada; um monte de exigências na obra da loja; contador; sindicatos; 44 horas semanais; burocracia... Anhnn... Poderia encher mais uns parágrafos aqui.

Conselho é horrível de se dar. Se eu pudesse o trocava por um prato de "Vaca Atolada".
Mas... quer saber, senhor Capim? Deixe tudo como está, ou melhore algum ingrediente, um detalhe aqui outro acolá. Deixe quieto como se diz. Finja que o senhor ainda é pobre e invista seu dinheiro em outras coisas...

Marcelo disse...

Caro Roberto, gostaria de esclarecer alguns pontos a respeito do angu no boulevard.
O Angu da Estação é uma empresa totalmente legalizada, contamos hoje com 12 funcionários diretos todos com carteiras assinadas. Todos os produtos para o preparo são adquiridos com nota fiscal e por mais incrível que possa parecer a maioria dos nossos clientes exigem sim notas fiscais, por sinal eletrônica uma vez que assim nos foi exigido.
Vigilância sanitária, alvará de funcionamento e outras exigências encontram-se inclusive afixadas em nosso estabelecimento.
Quanto ao shopping, recebemos o convite e aceitamos mais este desafio. O Angu na estação continuará como ha 35 anos. O objetivo no shopping e oferecer comida de qualidade com preço competitivo e maior conforto aos nossos clientes, tanto quanto um horário mais amplo e funcionamento aos domingos e feriados.
Grato pelo espaço e esperamos contar com a sua visita.

Roberto Moraes disse...

Olá Marcelo,

Bacana você postar nos comentários estes esclarecimentos sobre seu empreendimento.

Veja que a repercussão da nota mostra o prestígio acumulado por ele ao longo deste período.

Minhas observações e preocupações continuam e vão para além do seu empreendimento, muito prestigiado, como visto.

Desejo sucesso e vida longa ao empreendimento.

Abs.

douglas da mata disse...

Engraçadíssimo, Roberto, é perceber o traço humano mais visível quando se trata de transportar os debates da esfera pessoal para a pública (e vice-versa) quando estamos diretamente envolvidos:

Que o empresário justifique suas escolhas empresariais, isto é óbvio, aliás, este é o mote: manter a "precariedade" ou "informalidade controlada" no "angu-em-pé-na-estação", e ao mesmo tempo, expandir a marca desta "rusticidade" para um ambiente "hostil", ou seja, padronizado!!!!

That's business, ok, entendemos...

Agora, o arquiteto que vive a dar pitacos sobre a "polis" e sobre a "urbis", redefinições e re-significações dos usos do espaço público e as facilidades urbanas públicas de convívio, mobilidade, etc, tudo a partir de uma lógica (correta) da prevalência do público sobre o particular, defendendo a incorporação do modo de vida "in" sobre as últimas manifestações do modo de vida "out", e tudo porque tem "um projeto" no modo "in" é como pretender um blog ou colunista independente dentro do "gr(ô)bo" ou da "óia", ou esperar algum traço de solidarismo ou coletividade dentro de um corporação empresarial monopolista só porque distribui brinquedos no Natal em alguma favela...

Definitivamente, Roberto, você é um gentleman...parabéns pela paciência, eu confesso que não tenho mais...

Anônimo disse...

Bem vou dar minha opinião, não sou frequentadora assídua do capim, mas já estive por lá e gostei, gosto da ideia de irem para o shopping , tendo em vista a permanência do trailer no mesmo lugar assim teremos opção,enfim iremos onde acharmos melhor o crescimento existe para todos com a mesma qualidade já existente no caso do capim...