terça-feira, setembro 10, 2013

Nº de alunos em cursos técnicos e formação de engenheiros no Brasil

Em cinco anos quase que dobrou o número de estudantes em cursos técnicos no Brasil. Saiu de 780 mil em 2007 para 1,3 milhão em 2012. Segundo o MEC este número é dividido igualmente, entre o setor público e o privado que cresceu enormemente com o Pronatec.

Segundo o MEC cerca de 80 grupos privados de ensino superior já se cadastraram no ministério para oferecer cursos técnicos ofertados pelo Pronatec. A instituição de ensino superior pode oferecer curso técnico sem precisar de autorização, desde que possua curso superior na área reconhecido pelo MEC. Além disso, ainda tem a garantia de financiamento do governo federal. Todos estas ofertas são para cursos pós-médio.

Veja no infográfico abaixo do Valor Online o número de alunos por ano e também a lista dos dez cursos mais procurados pelos alunos. Segundo a empresa de consultora Performa Partners que participa deste levantamento, há um público alvo estimado para estes cursos da ordem de 7,6 milhões de jovens.



Mesmo sabendo que os cursos técnicos não são como em seu começo no Brasil, na década de 60, apenas na áreas das engenharias, abrangendo cada vez mais as áreas de serviços, saúde e outros, é interessante conhecer o que vem acontecendo também com os cursos de engenharia.

Hoje, segundo o Conselho Federal (Confea) o ritmo mais lento das obras de infraestrutura no país e o aumento de formandos nos cursos de engenharia, a relação entre demanda e oferta ficou mais equilibrada, comparada com os cenários desenhados em 2010.

Entre 2002 e 2011, o número de concludentes em curso de engenharia dobrou e chegou a 42 mil, enquanto o total de matriculados, no mesmo período, foi multiplicado por três chegando hoje, a 600 mil. Ainda, segundo o Confea, o Brasil tem hoje 618 mil engenheiros registrados, num universo total estimado em 800 mil.

Assim, como entre os médicos, a distribuição dos engenheiros formados é muito desigual no país: no Brasil a média é de 6,1 engenheiros para cada mil habitantes, sendo que no Rio a relação é de 9,1 e no Maranhão, a relação é de 1,4.

Sob um crescimento de PIB de 3% o país necessita de aproximadamente 50 mil novos engenheiros por ano. Se considerarmos um taxa de evasão média (alta) na faixa de 40%, teríamos (600 mil - 240 mil) 360 mil que divididos por 5 anos de curso daria uma média de 70 mil engenheiros formados por ano, número acima da absorção prevista para 50 mil por ano. Neste caso resta saber a adequação entre as especialidades da formação, onde nos últimos anos houve um excesso de formandos na área de engenharia de produção.

Segundo o MEC, pela primeira vez na história do ensino superior no Brasil, o número de calouros de engenharia superou o de direito: 9,7% em engenharia x 8,5% em direito. Do total financiado pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) 17% (163 mil) são em engenharia.

Estes dados constam do estudo produzido pelo Ipea e divulgado agora em julho, de onde extraímos os dois gráficos abaixo. Se desejar conhecer o estudo na íntegra clique aqui e aqui para ver o resumo da apresentação do Ipea sobre o assunto.

Carreiras de Nível Técnico que mais empregaram entre Janeiro de 2009 e Dezembro de 2012:



Carreiras de Nível Superior que mais empregaram Janeiro de 2009 e Dezembro de 2012:


Salário, Jornada e Ocupação nas carreiras Nível Superior:



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