domingo, outubro 19, 2014

Racionamento ou rodízio pela falta de água em SP se amplia

A velha mídia comercial escondeu enquanto pode o grave problema paulista. Agora, aos poucos, depois das eleições paulista o drama está vindo à tona. Por conta da crise a presidente da Sabesp pediu demissão na última semana. A matéria abaixo é da Agência Brasil replicada pelo Valor Online:

Municípios em SP adotam racionamento ou 


rodízio devido a falta de água

SÃO PAULO - Cidades do interior de São Paulo estão adotando racionamento ou rodízio de água. A causa é o longo período de estiagem que atinge o Estado desde o início do ano. Cada prefeitura estuda a melhor forma para enfrentar o problema. 
Maurício Rummens/Fotoarena/Folhapress / Fotoarena/Folhapress
epresa de Santo Antônio, que abastece a cidade de Itu (SP) e sofre com a seca. A represa é composta por três grandes lagos, sendo que dois deles se encontram basicamente secos
Um dos municípios mais atingidos pela falta de água, Itu enfrenta um racionamento oficial desde fevereiro. A estiagem na cidade já provocou diversos protestos de moradores e mais de mil reclamações da população ao Ministério Público. 
Na quinta-feira (16), por exemplo, o município de Barretos passou a adotar o racionamento de água de forma oficial. Segundo a prefeitura, a medida foi tomada após a constatação de que o Ribeirão Pitangueiras, responsável por 60% da água consumida na cidade, registrou grande queda no volume, com a profundidade baixando 60 centímetros e atingindo 1,2 metro. Com isso, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade decidiu aplicar multa de R$ 264,6 nos moradores flagrados lavando calçados ou veículos. Em caso de reincidência, o valor será dobrado.
Na capital paulista, muitos moradores reclamam de falta de água em diversos bairros, mas a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não admite o racionamento. Para diminuir o consumo, desde fevereiro a companhia concede descontos para consumidores do Sistema Cantareira que economizarem água.
Em Guarulhos, o rodízio começou dia 14 de março. Conforme o Saae da cidade, o consumo é liberado um dia sim e outro não. Dados do Saae indicam que aproximadamente 13%  da água disponibilizada na cidade são de sistemas próprios, que utilizam captações superficiais e subterrâneas [poços profundos]. Do restante operado pela Sabesp, 62% saem do Sistema Cantareira [um dos mais prejudicados com a estiagem] e 25% do Sistema Alto Tietê. Para enfrentar a crise, o Saae também decidiu oferecer descontos para consumidores que reduzirem o consumo.
O rodízio em Bauru é operado desde quarta-feira (15), de maneira diferenciada. A cada 24 horas [das 6h as 6h], o abastecimento é alternado entre as regiões do centro/zona sul e da Vila Falcão/Bela Vista. Assim, uma área fica sem água para que outra seja abastecida. Segundo a prefeitura, a combinação de escassez de chuvas e altas temperaturas, que aumenta o consumo de água, provocou a redução do nível do rio Batalha. A medição do manancial passou dos 2,25 metros, registrados na sexta-feira da semana passada, para 1,27 metro, na tarde de segunda-feira (13). De acordo com a prefetura, a situação, que afeta 38% da população da cidade [o restante é abastecido com água de poços], seguirá por tempo indeterminado, até o retorno do período de chuvas.
Em Mauá, a prefeitura criou o Projeto Revezamento de Abastecimento, que ocorre de segunda à sexta-feira e envolve toda a cidade. A cada quatro dias com água, o consumidor enfrenta um dia sem. O projeto foi adotado no dia 1º de outubro e passará a funcionar na segunda-feira (20).
A Prefeitura de Cruzeiro implantou rodízio programado desde a terça-feira (14), com interrupção do serviço por 24 horas, em dias alternados. Na cidade, o rodízio também só será suspenso com a volta das chuvas.
Em Mirassol, o Rio São José dos Dourados, que abastece mais de 30% da cidade, está praticamente sem água. Enfrentando problemas técnicos também no poço Guarani, que dá suporte à captação no rio, a região central da cidade entrou em estado de atenção. Com isso, cerca de 40% da população enfrentará problemas com a falta de água até a semana que vem. Enquanto isso, a prefeitura deve oferecer caminhões-pipa para abastecer locais de emergência, entre eles escolas e postos de saúde.
Em Americana, o rodízio, sem previssão de término, foi anunciado na terça-feira (14), quando se confirmou o baixo nível do Rio Piracicaba, que abastece a cidade. 
Cidade próxima de Itu, Salto enfrenta reduções noturnas no abastecimento.  Principal fonte de água do município, o Ribeirão Pirahy está com 20% do nível de fornecimento. A capacidade do Ribeirão Buru e Ribeirão Ingá (Lagoa da Conceição), chega, respectivamente, a 30% e 50%. O período de contenção começou na segunda-feira (13) e ocorrerá todos os dias, entre 21h e 6h.
Em Araras, desde quinta-feira (16), o racionamento inclui todos os bairros. O fornecimento de água é interrompido entre 6h e 18h. Segundo a prefeitura, sem a redução do consumo, as atuais reservas de água bruta de Araras seriam suficientes apenas para 50 ou 60 dias.
A cidade de Casa Branca também adotou racionamento, estabelecendo cronograma de abastecimento e corte de água até o fim de outubro. A ideia é que a população fique 12 horas seguidas com água e um dia inteiro sem água.
O município de São Sebastião da Grama decretou estado de alerta e decidiu aplicar multas de R$ 291,4 ao consumidor que exceder  o consumo de água. A represa que abastece a cidade tem somente 20% de sua capacidade. A prefeitura estuda a implantação do rodízio.
(Agência Brasil)

Um comentário:

douglas da mata disse...

Agora imagine, caro amigo, apenas imagine se SP fosse governado pelo PT...

Pois é.

Sinceramente, se eu fosse milit(onto) do psdb ou aecista, eu teria vergonha de usar o horário eleitoral gratuito.

Como tanto tempo disponível na TV aberta (e fechada também, vide os cretinos da globo news), quem precisa do tempo do TSE?