quarta-feira, março 18, 2015

Porto do Açu & Marinha americana: o quê?

Ontem, o blog comentou aqui em nota uma matéria extensa de três páginas do empresário Eike Batista ao Valor que incluía uma entrevista. Por falta de tempo, só hoje, eu tive condições de ler o restante da reportagem, além da entrevista.

Hoje, lendo toda a reportagem, eu identifiquei informações veiculadas que valem ser publicizadas para a região. Uma delas que mais me chamou a atenção foi uma que Eike mais uma vez elogia os seus projetos que hoje passaram ao controle de outros grupos empresariais e/ou fundos de investimentos. No caso do Açu, Eike se referiu ao projeto que "idealizou no Norte Fluminense em área identificada pela Marinha americana, em 1942, para abrigar um porto".

Como todos sabem, o empresário Eike Batista é um "falastrão" chegado a factóides. Porém, confesso que acompanhando a possibilidade de instalação do porto no Açu, desde o ano de 2005, e já tendo pesquisado sobre projetos anteriores, eu nunca tinha ouvido falar sobre área prospectada pela Marinha americana no litoral fluminense.

Na medida em que o fato foi citado pelo empresário que iniciou o projeto e que hoje, depois dos problemas nas empresas X foi repassada para um banco (fundo americano, o EIG) que tem 74,6% das ações da Prumo, o caso passa a ter um significado que merece ser investigado, considerando, a necessidade de preservar os interesses no pré-sal brasileiro e sua relação com a geopolítica da energia. A conferir!

3 comentários:

Anônimo disse...

Não vejo motivos de insegurança por esse motivo. Até porque esse fato teria ocorrido em 1942, época da 2ª grande mundial, e, poderia ser um interesse estratégico....

Na verdade interesse diversos, existem por parte dos dois países, exemplo : A Petrobras, uma empresa estatal brasileira, se interessou e comprou, a preço superfaturado, a refinaria de Passadena, nos USA, também por questões estratégicas de interesse comercial.
É assim, desse modo, que o capitalismo mundial, funciona e caminha. Interesses e mais interesses.

douglas da mata disse...

Pois é, Roberto, como somos ingênuos...

O capitalismo se movimenta por interesses, claro, mas o que o pobre aí de cima não consegue explicar é porque certos interesses são defendidos com a maior máquina militar do planeta.

Ou porque certos interesses parecem mais legítimos que outros.

Do jeito que ele fala, nos parece que tudo é uma questão "natural", onde o evolucionismo cuida de separar fortes de fracos.

Veja que a Petrobrás teve a "ousadia" de adquirir uma refinaria, e por certo, os "interesses" estadudinenses não tem nada a ver com a campanha midiática que mantém a empresa semi-paralisada, assim como não tiveram em 1953 (Petróleo é nosso) ou em 64.

Eu fico estarrecido como estes néscios conseguem separar a causa do efeito.

Eu fico apavorado como um beócio consegue dizer que o fato do evento narrado por ti ser em 1942, ele não tenha relevância, ainda mais quando sabemos que em se tratando de geopolítica e interesses militares estratégicos, 50, 60 anos são o tempo de maturação para ações e decisões.

Vá ser burro assim lá na casa do c...lho

Anônimo disse...

Pensava que aqui era um espaço para expormos nossas opiniões respeitando a opinião dos outros. Vi que estava enganado. Fiquem aí então dialogando com as paredes sobre essa teoria da conspiração.