segunda-feira, novembro 30, 2015

Gás natural para refrigeração é inovação tecnológica já em uso e referência para aplicações mais nobres

O uso do gás natural (GN) para refrigeração é uma importante inovação que tornam as aplicações do mesmo bem mais qualificadas do que aquela para aquecer água e fogão nas residências, gerar energia elétrica e alimentar processos industriais.

A climatização de ambientes e sistemas de lavagem de tubulações já começam a ser utilizados com grande vantagens em relação aos sistemas elétricos. Na refrigeração a gás natural a redução do consumo de energia elétrica fica acima de 90%.

O sistema já batizado como VRF (Variable Refrigerant Flow) a gás natural (GN) apresenta melhor custo operacional e menores alíquotas de impostos pelo uso de fonte menos poluidora.

Os equipamentos utilizados podem ser divididos em Resfriadores de Líquido por Absorção (Chillers) e Bombas de calor do tipo GHP (Gas Heat Pump). O primeiro funciona por expansão indireta, ou seja, o refrigerante resfria um meio intermediário (ex: água) que, por sua vez, circula em uma serpentina que irá resfriar o ar a ser insuflado no ambiente. Já o segundo funciona tanto por expansão direta quanto indireta. Na expansão direta o refrigerante absorve o calor diretamente do ar do ambiente a ser condicionado.
Ilustração da Comgás

Os sistemas usam o chamado de multi-split, em que uma unidade externa é ligada a várias unidades internas que operam individualmente por ambiente. A parte externa pode ser provida de torre de resfriamento. Em São Paulo, a distribuidora Comgás já está utilizando a tecnologia para a climatização para edifícios comerciais. Mais detalhes sobre este uso da Comgás clique aqui.

Outra utilizações mais nobres do gás natural (GN) fazem partes de pesquisas no setor de petróleo e gás. Este é um das linhas de pesquisa do Centro de Pesquisa para a Inovação em Gás Natural (CPIG). que começou a funcionar em agosto último na USP, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da perolífera inglesa BG Brasil.

O Centro CPIG tem nos cinco primeiros anos recursos que totalizam aproximadamente R$ 112 milhões, sendo R$ 28 milhões da Fapesp, R$ 28 milhões da BG e R$ 56 milhões, indiretos, da USP. A equipe será formada por 174 pesquisadores, sendo 42 professores e 132 pós-graduandos e pós-doutorandos.

Além da Poli, participam do Centro pesquisadores de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), autarquia estadual associada à USP, e das unidades da USP: Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEE), Instituto de Química São Carlos (IQSC) e Faculdade de Direito (FD). Mais detalhes sobre o CPIG na USP clique aqui.

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