quarta-feira, dezembro 09, 2015

Razões das mudanças na direção da Prumo são escamoteadas

Junto da decisão do fundo financeiro americano EIG que controla a holding Prumo Logística Global e é dona do Porto do Açu promovendo medidas para fechar seu capital financeiro, a assembleia geral ordinária informou a troca de seu diretor-presidente (CEO) do grupo no Brasil.

Saiu Eduardo Parente e entrou José Magela Bernardes. No comunicado obrigatório ao mercado, por exigência da Ibovespa, a empresa alegou opção profissional do presidente que sai. É possível. 

Porém, o caso não parece isolado há pouco mais de um mês a diretora de operações Prumo, Cristiane Marsillac, cuja contratação há um ano e meio, tinha sido tão divulgada, também saiu, sem que nada tenha sido explicado.

Diante destes casos é quase impossível não relacionar estas três decisões tomadas pelos americanos que envolvem o Porto do Açu. 

Ente os trabalhadores da empresa, alguns com cargos altos há muitas hipóteses sendo comentadas. É pouco provável que elas não venham à tona. É também muito comentado sobre quem na gestão do fundo EIG - fundo financeiro que você sabe onde e quando e quanto investe, mas não quem são seus investidores - teria poder e cacife para forçar estas decisões.  

Um comentário:

Aroldo Batista disse...

A gestão do CEO Eduardo Parente na Prumo.

Quando Eduardo Parente foi anunciado como novo presidente da Prumo em 23 de janeiro de 2014 [ http://goo.gl/QT8jhF ] o papel da companhia estava cotado em R$ 0,33 na bolsa de valores e no dia do anúncio de sua saída em 7 de dezembro de 2015 [ http://goo.gl/CDZH3V ] o papel era cotado em R$ 1,04, impressionantes 215% de valorização em menos de um ano.
A julgar por esses números, parece que a gestão do CEO não agradou muito o controlador americano, que o destituiu do cargo e anunciou OPA em R$ 1,15 para fechar capital da empresa, apenes 10% acima dos R$ 1,04, cotação do último dia de Parente na Prumo.
Uma coisa é certa, com Eduardo Parente no comando da Prumo, certamente a cotação do papel seguiria sua trajetória ascendente.
Diante disso, só resta torce para que a única mudança de direção na seja apenas a do presidente, porque essa proposta de fechar capital da empresa antes de terminar as obras no porto é uma tremenda sacanagem com o pequeno investidor que apostou suas economias na empresa com a esperança de no futuro ter um retorno ou, quem sabe, amenizar os prejuízos com a desvalorização do papel do período anterior à chegada de Eduardo Parente.