terça-feira, julho 21, 2009

Rede Blog: nossas praças!

Mais uma vez prestigiando o tema da Rede Blog, organizada pelo incansável Vitor Menezes, resumo a participação deste a duas questões sobre as praças:
1) A sua função na vida de uma cidade é a do estímulo à convivência - talvez, seja por esta defesa, que, particularmente, tenha sido tão contra esta última reforma da praça. Fora o debate sobre o preço da reforma, o seu conteúdo, confundiu as grandes praças do mundo que estimulam a simples contemplação em ambientes enormes e vazios (até hoje não vi nada igual à praça de Bruxelas do século XI ou XII que deixa qualquer um estupefato) com aquelas da nossa planície, aí incluída, a central, a de São Salvador. A reforma impediu, melhor, proibiu a convivência, sem os bancos e os espaços para o bate-papo...
A segunda é para lembrar que em 2005, a Ong Cidade 21, durante cerca de três meses (entre junho e agosto - clique aqui e procure pelos meses - a foto ao lado é da praça do Liceu - que foi postada em 9 de agosto de 2005 com o título "Para que serve uma praça" que mostrou um grupo de Hare-krishna reunidos em cânticos), publicou em seu blog a triste condição das poucas praças públicas de Campos. Era lastimável. Desconfio, que elas possam ter tido, alguma melhora, mas não muito.
Falei que só iria comentar dois aspectos do tema da Rede Blog e já estou indo para o terceiro. Porém, não posso deixar de me refeir sobre o quê, a meu juízo, a nossa Campos, uma planície, tem praças de menos. É inadmissível a pouca quantidade de praças. Algumas foram surrupiadas do povo, como é o caso daquela onde hoje é o Palácio da Cultura, em frente à Santa Casa. Outras deixaram de ser criadas pelo também descaso na autorização dos loteamentos e surgimentos dos novos bairros, especialmente, naqueles mais afastados da área central.
Penso, que no formato que temos das nossas cidades nos dias atuais, com quarteirões quadrados ou retangulares que, pelo menos, a cada oito deles, devesse existir uma boa praça. E depois, que o município cuidasse dela, e que acima de tudo, não deixasse de ter área para as crianças brincarem e... muitas... muitas árvores.

3 comentários:

cachacaria maledita disse...

convido você para conhecer meu blog, abraço

Claudio Kezen disse...

Muito se falou sobre a reforma da praça São Salvador quando da sua realização.

Todo tipo de comentários feitos na sua maioria por pessoas que nada entendem de urbanismo, seus equipamentos e suas funções no tecido urbano.

Cheguei a ouvir que aconteceu ali um crime ecológico, já que foi retirada uma antiga árvore do local.

Pois bem, nunca nos meus 49 anos de vida eu vi o poder público agir no espaço urbano de forma tão competente e contemporânea esteticamente falando, diferentemente dos descalabros outros cometidos por todas as administrações recentes inclusive a que reformou a praça, sem excessão.

Por favor, não confundam estética com forma, erro crasso muito comum à muita gente "boa" por aí...

Estética é o conceito filosófico que conduzirá o partido formal a ser adotado na intervenção do espaço, enquanto a forma se atém à volumetria definida pelo profissional responsável e não necessariamente se compromete com o entorno, etc...

O que explica o estranhamento com o resultado final da praça é o olhar cultural impregnado de provincianismo que nos acomete de forma particularmente cruel a nós campistas.

Sentir falta de banquinhos cercados de canteirinhos com florezinhas para bater um papinho é apenas um colossal desconhecimento das funções dos equipamentos urbanos, sua hierarquia e funcionalidade.

A praça São Salvador finalmente compre seu papel de paço, espaço de passagem no qual algumas milhares de pessoas utilizam diariamente para chegarem e saírem do trabalho, etc...

Pracinha com canteirinhos, banquinhos, escorregas e espaço de convivência são equipamentos urbanos mais adequados aos bairros periféricos ao centro, coisa que aliás Campos precisa e muito.

Sem discutir o custo financeiro para a comunidade e a falta de tranparência costumeira, a praça São Salvador hoje é infinitamente mais bonita e adequada do que aquele boi-com-abóbora anterior.

Suas linhas retas nos remetem ao cartezianismo ancestral de nossas origens urbanas fincadas na tradição européia e a sua beleza está justamente na falta de elementos perturbadores à sua pureza formal.

A reforma foi um acerto, desses raros de se ver.

Francisco Barros disse...

Professor Roberto Moraes.
Por ser eclético e exigente, visito poucos blogs, seleciono os mais inteligentes entre eles o seu.
O assunto praças, realmente deveria ser uma prioridade dos governos, com muitas árvores, briquedos para as crianças, quadras para adolescentes, bancos e mesas de alvenaria para os pós adolescentes, que tantos impostos ja pagaram e adptadas também para os cadeirantes,conforme vem fazendo o governo de nossa visinha São João da Barra. Mas infelismente a sensibiulidade não é propria de todos os governantes, pois a maioria não constroem, quando existe ``surrupiam`` ou não exergam a invasdão das mesmas pelo comércio informal, como se o município não tivesse um código de posturas, como aconteceu na pequena Praça Dr. OLiveira, tabém conhecida por Pracinha do Sossego, nas confluências das Ruas Tenente Coronel Cardoso e Álvaro Tâmega, em muitas outras em nossa cidade.
Francisco Barros