O Ministério das Ciências, Tecnologia e Inovação (MCTI) está criando uma plataforma em software livre (Projeto Aquarius) que possa ser readapatada e utilizada em outras instâncias do governo, e até mesmo por governos de outros países.
Para isso o ministro está cumprindo a promessa de “ouvir os hackers”. Organizou um encontro com os ativistas que trabalham criando software e aplicativos sobre os dados do governo. “Nós queremos contornar a visão preconceituosa que tenta criminalizar quem tem essa visão libertária”, disse ele sobre os hackers. “O Brasil precisa reconhecer que parte do conhecimento não está nas empresas, e nem sempre nas universidades. Está numa comunidade que se relaciona na rede”. E completou afirmando que “o movimento hacker foi o que deu a alma para a internet”.
O Projeto Aquarius terá integração com outros sistemas, como o IBGE e o Finep, e possibilitará uma “melhor fiscalização das despesas”. Os hackers colaborarão não só com a utilização dos dados para criação de apps, mas também com a própria plataforma.
“Vamos ter que modernizar as instituições, a administração pública se sente insegura com isso, há um risco no processo político, mas esse é um caminho sem volta”, disse o ministro Aloizio Mercadante.
Enquanto se abrem os dados no plano federal, no plano local, a ideia para ser sempre de esconder tudo que é possível, apesar das obrigações legais.
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