sábado, abril 11, 2015

Mais paradoxos em meio às contradições do mundo contemporâneo

A digitalização, os algoritmos e a comunicação móvel, instrumentos da tecnologia são os condutores do novo jogo global (global game).

A afirmação é do intelectual indiano Ram Charan que esteve recentemente no Brasil para falar para executivos de várias corporações.

O grande dilema (diverso de problema) é pensar para onde isso tudo pode estar levando não apenas a sociedade, mas, a nossa atual civilização.

Não há como não imaginar sobre qual direção esse processo está nos levando, ao identificar que o Charam citou tudo isso, como argumentos para dizer que "nos próximos anos três bilhões de pessoas de diferentes países serão novos cidadãos da classe média consumidora".

Bom e ruim, aliás, como é a vida entre bônus e ônus. Mais inclusão social e econômica, porém, olhado, quase que exclusivamente, sob a ótica do consumo e do aumento da demanda e do tal mercado.

Estamos mais perto e simultaneamente cada vez mais dispersos e longes. Paradoxalmente, parece que fragmentamo-nos e assim tivemos espaços para todo o tipo de banalizações (não apenas do "mal"). Daí para os estranhamentos e as barbáries parece um pulo.

Porém há que ser otimista e desejar uma sociedade pós-capitalista surgida de um não só possível, mas provável, esgotamento desse modelo civilizatório em que tudo é mercadoria e mercado.

Sigamos em frente, porém, sem deixar de observar e relatar o que estamos vendo e vivendo para que as críticas, tenham pelo menos, o poder de amortecer os monstros do mundo ou os demônios de nossas subjetividades.

Nenhum comentário: