quinta-feira, abril 02, 2015

Realinhamentos e movimentação mundial: e nós?

Não podem ser considerado como detalhes, alguns movimentos das nações líderes da economia global que, mesmo de forma complementar, envolvem o nosso Brasil.

O convite para o Brasil participar como membro fundador do novo banco (que dá ao Brasil vantagens para participar da direção, mesmo que o aporte de capital seja pequeno), intitulado: Asian InfraStructure Investment Bank (AIIB) é muito significativo.

O anúncio ontem da decisão do Banco de Desenvolvimento da China (CDB) de conceder à Petrobras um empréstimo no valor de US$ 3,5 bilhões, cerca de R$ 11 bilhões. Mais significativa ainda é a informação da intenção da ampliação com outros acordos de cooperações entre a estatal e o banco, em troca da exportação da produção de petróleo.

Além disso, o avanço da implantação do Banco dos Brics e da parceria na área de ciência e tecnologia do grupo com trocas de cooperação entre universidades das cinco nações, evidenciam mudanças muito significativas.

Voltando ao caso da fundação do AIIB o caso é ainda interessante observar a forte resistência colocada pelos EUA para que nações europeias, Austrália, Coreia e agora Brasil, não participassem da iniciativa chinesa que terá capital inicial de US$ 50 bilhões com quase 40 sócios.

Essas mudanças e participações de mais nações nesses organismos financeiros globais mostram apenas uma ponta do que está vindo pela frente. Em meio às confusões entre e intra-nações, novas oportunidades e ameaças da economia global estão em jogo.

O mundo segue na lógica capitalista do lucro e dos interesses das nações, porém, supremacias ou hegemonias parecem continuar seus cursos de mudanças. Resta saber, em meio às nossas questões internas, que inserção o Brasil pode desempenhar diante dessa realidade.

Desconsiderar essa realidade estrutural, que no plano das instituições globais giram num curso mais lento e num ciclo mais longo, ao observar a conjuntura contemporânea, mais que um erro, só poderia ser interpretado como má intenção.

5 comentários:

Anônimo disse...

O senhor seria ultra otimista, com certos episódios e com relação a essa matéria fica claro, principalmente porque não envolve países antipáticos, a sua visão.

Já fui também entusiasta, e, crente a tanta coisa, por exemplo: o Mercosul, e, no final, o que realmente aconteceu de maravilhoso ? Fracasso.

Roberto Moraes disse...

Sim meu caro, eu falo do que penso e da forma como enxergo o mundo.

Esses fatos são significativos.

Há outros. Um agora confirmado de hoje, sobre o acordo nuclear Irã-EUA:
http://internacional.elpais.com/internacional/2015/04/02/actualidad/1427990024_657531.html

Acrescidos aos demais eles mostram movimentos na geopolítica mundial.

Sei que há os que preferem a unipolaridade e vêem na hegemonia americana uma virtude. Respeito, mas discordo. Há quem enxergue nela com a ideia fixa que a ela devemos nos pendurar e depender, por ser a única alternativa que resta. Respeito, mas, discordo.

Porém, não foi disso que tratei na nota. O brevíssimo texto, assim como o modesto blog, pretende de forma simples, chamar a atenção para novos fatos em curso na estrutura e nos movimentos mundiais.

Anônimo disse...

Boa! China está desbancando aos poucos os EEUU e até onde eu sei só "persegue"o Tibet por questões territoriais, e possui a maior população do planeta, o que a torna um excelente mercado...

Anônimo disse...

Considero qualquer tentativa válido; Mas, não me empolgo. Penso, que todo e qualquer quando assume uma condição econômica privilegiada em relação aos demais, sempre buacar'a levar vantagem. Afinal de contas todos buscam lucros.

Anônimo disse...

A ganância desenfreada é um defeito do ser humano.
Temos serios problemas, com a concorrência desleal, principalmente, com os produtos chineses, que prejudicam em muito, a indústria brasileira, bem como o comercio brasileiro.

Enfim, esse pessoal, principalmente, os tigres asiáticos , tem condutas de um tipo de capitalismo selvagem a moda americana.