domingo, abril 19, 2015

Poço com a maior produção de petróleo do Brasil

Para quem ainda não entendeu, ou não quer entender, o que significa alta produtividade dos campos de pré-sal, ultrapassando todas as previsões e estimativas anteriores observe uma única informação.

Apenas um poço (digo poço e não campo) no campo de Lula (9LL2RJS), localizado na província do Pré-Sal na Bacia de Santos, produziu em fevereiro 42,916 mil barris de óleo equivalente por dia.

O segundo poço mais produtivo é também na reserva do Pré-Sal no campo de Sapinhoá, na Bacia de Santos, que produziu 42,045 mil barris/dia.

Na lista dos quinze poços com maior produção de petróleo do Brasil, em fevereiro, apenas o terceiro é da Bacia do Espírito Santos, o poço "7JUB34HESS" do campo de Jubarte com produção mensal de 40,1 mil b/dia e o 14º da Bacia de Campos. 

Esse único da Bacia de Campos, o décimo-quarto é o poço "7RO41DRJS", no campo de Roncador, com aproximadamente a metade da produção dos líderes, com 22,5 mil b/dia.

Veja ao lado a localização do campos petrolíferos nas bacias de Campos e Santos. Nele é possível identificar que os campos de Sapinhoá fica em sua maior parte no litoral paulista e o de Lula no litoral fluminense, considerando as projeções dos limites territoriais desses estados.

Esses fatos explicam também, em boa parte, a tendência declinante da Bacia de Campos e da produção petrolífera da região, em detrimento do crescimento da Bacia de Santos com as reservas do pré-sal. Abaixo o infográfico para relembrar as camadas de reservas de petróleo no litoral brasileiro
Infográfico sobre as camadas de reserva de petróleo no litoral

3 comentários:

Anônimo disse...

Professor, segundo o Ministro Levy, as "privatizações", digo, as concessões,do governo federal, vão ser intensificadas, a partir de maio deste ano.
Enfim, o discurso do PT, é um; Mas, a prática, é totalmente diferente.

douglas da mata disse...

Roberto,

Para além da má-fé óbvia dos cretinos, há sempre muita desinformação neste tema, e isso não é acidente, é proposital.

Mais do que o óleo em si, a informação é crucial neste mercado e para além dele: temos questões estratégicas, militares-estratégicas e geopolíticas que dependem da "desinformação".

Não é leviano supor que saibamos muito, mas muito pouco do que realmente se passa em ambientes decisórios neste setor, principalmente quando consideramos que no Brasil (para desespero dos sócios menores do capital internacional, leia-se estadunidense), o petróleo (ainda) é controlado pelo Estado, apesar de todas as "parcerias" e tentativas pretéritas de entregá-lo.

Um abraço.

Anônimo disse...

É lógico que um simples desenho não pode explicar toda complexidade da produção de petróleo mas lembro-me certa vez quando conversei com um funcionário da Petrobrás já aposentado sobre a prospecção de petróleo no Brasil e em especial no norte do estado, quando mencionei a oportunidade que tive de certa vez ver um poço jorrar petróleo perto de Maria da Rosa e quando então era dito para os proprietários que nada falassem sobre o assunto.
Esse funcionário disse que no norte fluminense possui campos petrolíferos bem rentáveis mesmo no continente mas que por problemas de alguns supostos acordos escusos internacionais e por interesses de alguns grupos esses campos eram mapeados mas não poderiam ser explorados. Isso com tecnologia de perfuração dos idos de 1980 quanto mais hoje.
Sabe-se lá se isso é verídico ou mais uma lenda. quem vai saber?