sexta-feira, abril 10, 2015

Mais sobre o setor de óleo e gás no mundo

Nos EUA desde outubro do ano passado o número de sondas (equipamentos que faz prospecção, perfuração para identificar potencialidade de poços de petróleo) desceu de de 1.609 para 760. Uma queda de mais de 50%.

Assim, se saiu de um período de falta ou encarecimento absurdo pelo aluguel de sondas, para um período de sobras e redução dos valores para alocação.

Só na semana última semana (a 18ª de declínio) a redução foi de 802 para as 760 sondas atualmente em operação nos EUA.

Considerando os elogios, interesses, compras, aumento de participações em consórcios em operação em reservas e campos em nosso litoral, financiamentos externos à Petrobras, mesmo diante dos baixos preços do petróleo no mercado internacional, dos problemas criados pela corrupção, pela falta de balanço e pela entrada de uma nova diretoria, e ainda, diante das declarações das diretorias dessas petroleiras, há que se reconhecer, mesmo que isso não esteja na mídia comercial (por razões já sabidas), que nossas potencialidades no setor são muito significativas.

E explicativas, mesmo para os que não querem enxergar as evidências

Continuamos observando e registrando esse processo.

PS.: É bom relembrar que há equipamentos de sondagem para prospecção offshore e também para trabalhos em terra (onshore).

PS.: Atualização às 17:16 de 11/04/2015: A Petrobras tem hoje 60 sondas a seu serviço no Brasil. Agora, em 2105, a estatal suspendeu o contrato de sete sondas reduzindo o trabalho de perfuração. Entre elas estão sondas da Seadril, Diamond Offshore e da Pacific Drilling, que estavam operando nas áreas do pré-sal. Além disso, a Petrobras reduziu suas encomendas de fabricação no país de sondas ao Consórcio Sete Brasil. Das 28 sondas, fala-se que apenas a fabricação de 18 seriam retomadas. 

5 comentários:

Anônimo disse...

É muito estranho, que o governo se interesse majoritariamente, por petróleo, como fonte de energia, diga-se uma fonte suja,e, não renovável. Abdicando do álcool, que é uma fonte limpa de energia, e renovável.

O que estaria levando o governo a caminhar nessa contramão ?

O mesmo estaria ocorrendo, com relação a mobilidade urbana, com o uso cada vez maior de rodovia. Com isso, o governo estaria abrindo mão das ferrovias, de custo inicial maior, mas, no longo prazo, uma alternativa, bem mais em conta, para o meio ambiente, bolso e conforto dos usuário.

Roberto Moraes disse...

Concordo com a opção, porém, me parece que hoje, as razões são mais econômicas que políticas.

Com o petróleo com preços baixos as chamadas energias alternativas em todo o mundo tiveram impacto e freio.

Não tenho acompanhado em detalhes os problemas da produção de álcool no Brasil.

té onde a minha vista alcança, a limitação dos preços dos combustíveis em passado recente, visando segurar a inflação, não deixando de observar a disputa política, criaram problemas que se somaram a diversos outros.

A indústria sucroalcooleira que depende de matéria prima mais cara, como no caso do ERJ se tornou não competitiva (para usar um jargão do mercado) diante da produção que atende as usinas no interior de MT e MG.

Quanto à mobilidade das metrópoles e cidades médias também concordo, mas se trata de um problema antigo e que não terá solução no curto prazo.

Hoje a busca do transporte ferroviário, metrô, VLT ou algo do gênero é sempre muito caro.

Assim, a política ficou dependente dos ônibus e com seus empresários, em maioria, espertos e financiadores de campanha (indistintamente dos partidos de prefeitos e governadores). As linhas parecem mal desenhadas. Os veículos ruins e a pontualidade baixa com as ruas e vias entupidas porque esse mesmo transporte coletivo não funciona.

Os projetos ferroviários ficaram caros demais, vide os casos de SP.

Enfim, os problemas parecem hoje mais caros, mesmo que mais complexos, mas não serão resolvidos no curto prazo.

A pressão sobre os governos pode ajudar na opção e na busca de solução para quem mais precisa dos governos.

douglas da mata disse...

Há outro problema com o álcool:

O empresário do setor é um parasita por natureza, que viveu às custas de bilhões de subsídios governamentais (pró-Álcool), e mesmo assim não deu estrutura e estabilidade a cadeia produtiva que era esperada.

Logo, no negócio da energia, usineiro (que restou) é como um vendedor de empadas frente ao McDonalds.

Nada contra os vendedores de empadas, mas a questão é escala e capacidade de prover o mercado.

Empresas de petróleo conseguem resistir a solavancos e dumping, sua cadeia produtiva sustentam largos setores de pesquisa e inovação, sem mencionar que o petróleo é a base de quase toda a indústria química, o que agrega bilhões.

O álcool é pobre, mesmo que seja mais diversificado seu uso, como já é possível com o bioplástico...

Campos tinha mais de 30 usinas e agora tem o quê, quatro?

Cacarecos, diga-se.

Outra questão é estratégica: Governos tendem a resistir a ideia de usar terra (alimentos) para produzir energia...

Esse é um conceito que já foi ultrapassado desde a revolução industrial (a 1ª)...

Por fim, os usineiros são acusados de não decidirem-se se querem ser do ramos de alimentos (açúcar) ou de energia.

Não dá para tocar o ramo de energia conflitando com o de alimentos...

Não são sinérgicos e não permitem uma abordagem sistêmica, tipo subproduto.

Produzir energia com terra (e muiiiiiita água) é considerado atraso, e não sinônimo de evolução.

Anônimo disse...

A comercialização do álcool combustível não se sustenta. É um mercado falho, coisa para dar dinheiro a usineiro. E o brasileiro paga a conta. Carro a flex é igual a pato: anda, voa e nada, mais não faz nenhuma dessas coisas de forma eficiente. Não se consegue tornar o motor eficiente, fica-se num meio termo. Ou seja, há desperdício, e tudo para sustentar um setor eternamente falido, o dos usineiros.

douglas da mata disse...

Há um problema tecnológico ainda não resolvido (que imagino que nunca será) pela indústria automobilística no quesito eficiência na queima do etanol (com gasolina) nos motores flex.

Não há como regular com exatidão o controle eletrônico de entrada de ar para queima (como funciona a injeção eletrônica), pois as placas de controle computadorizadas não conseguem ler (ao mesmo tempo) o padrão de octanagem dos dois combustíveis, logo, se escolhe uma "média", que é totalmente ineficiente.

Sem mencionar que o desgaste das peças do motor também não foram (e nunca serão) corrigidas.