quinta-feira, abril 09, 2015

O porto do Rio há cada século desde 1608

Em minhas pesquisas sobre os sistemas portuários brasileiros e sua relação com a economia global, me deparei com essas imagens comparadas dos últimos cinco séculos do Porto do Rio de Janeiro. Elas foram encontradas numa revista do Instituto Pereira Passos.

Muito interessante ver as imagens cronológicas dessa ocupação do solo do Rio de Janeiro, antiga capital federal que cresce a partir da movimentação de cargas em seu porto. Vale ainda relembrar como parte dessa história foi construída pelos escravos, desde o início do século XIX.

Em meio a estas "idas e vindas" de vidas compradas e vendidas, o Rio de Janeiro passou a ter o maior porto escravista do mundo. O mercado de escravos foi estimado em cerca de 500 mil africanos, a maior parte vinda de Angola, Congo e Centro-Oeste africano.

A linha do tempo vista sobre a imagens permite intuir a participação da mão de obra escrava na ocupação o solo, a partir de 1800.

A ampliação do Porto do Rio inciada em 1904, nos governos do Rodrigues Alves e do prefeito Pereira Passos com expansão do cais e construção dos 20 grandes armazéns, coincide com a ampliação s exportações de café e açúcar da produção fluminense, sendo o açúcar oriundo do Norte Fluminense.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelas imagens dá para ver o monte do Castelo, que depois foi derrubado.

Matéria do jornal O Globo de domingo passado diz que, segundo uma pesquisa americana, o tráfico de escravos envolveu 2 milhões de africanos.

Roberto Moraes disse...

O Porto do Rio tem relações forte também com nossa região, não apenas pela aquisição dos escravos para aqui trazidos, mas também pela circulação do açúcar aqui produzido e exportado fortemente por ali.

Essa processo se deu de forma mais intensa depois que durante a gestão do prefeito Pereira Passos os grandes armazéns foram construídos junto ao Porto na área da Gamboa e Santo Cristo, a partir da Praça XV.

O período entre as guerras, um pouco antes e depois foi o auge da exportação com o alto faturamento de nossos engenhos, antes de serem chamados de usinas.