segunda-feira, novembro 28, 2011

Eleições para a reitoria e diretores de câmpus do IFF

Seguindo a trajetória de democracia iniciada com a eleição do professor Luciano D´angelo, no distante ano em 1986, ainda na condição de Escola Técnica Federal de Campos, o IFF realiza, no próximo dia 14 de dezembro, a eleição para a escolha dos seus dirigentes: para a reitoria responsável pela gestão sistêmica da instituição em seus diversos câmpus e dos diretores gerais destes, que já possuem cinco anos de funcionamento, conforme lei federal aprovada pelo Congresso Nacional.

Como professor do IFF desde 1986, eu desenvolvo atualmente minhas atividades profissionais de ensino, pesquisa e extensão no Câmpus Campos-Centro. Já trabalhei diretamente com todos os dois professores que se se apresentam como candidatos para a Reitoria, assim como, os três concorrentes para a Direção Geral do Câmpus Campos-Centro. A meu juízo todos qualificados para o exercício dos cargos que postulam.

Desde que passei no concurso e tomei posse, coincidentemente, em 1986, ano da primeira eleição, venho sempre participando destes momentos de debates e escolha dos novos dirigentes. Sempre defendi como um dos principais atributos dos postulantes, além da densidade se suas propostas, a disposição para o diálogo e para o trabalho árduo e dedicado.

Nestas escolhas errei e acertei como todos humanos, mas sempre, fiz questão de me posicionar, de buscar as melhores propostas, de dialogar e trabalhar pesado pelas ideias e propostas que acreditava e continuo acreditando e defendendo.

Assim é que venho a público me posicionar sobre o atual processo eleitoral. O IFF vive um momento importante em que as oportunidades conquistadas para a sua expansão convivem com a preocupação permanente com a manutenção da garantia da qualidade do trabalho centenariamente desenvolvido na instituição, para que ele não seja comprometido pelo desafio que é o de levar inclusão, formação e transformação à vida de adolescentes, jovens e adultos oriundos de mais cidades e regiões de nosso estado, e de forma mais importante, de diferentes e excluídas classes sociais.

A forma de executar este trabalho é que nos divide nas opções que democraticamente estão sendo debatidas entre professores, servidores administrativos e de apoio e estudantes no processo eleitoral já em curso.

As minhas opções eleitorais em favor das professoras Cibele Daher e Guiomar Valdez, respectivamente para reitora e diretora geral do Câmpus Campos-Centro, refletem a visão que tenho do processo de gestão pública, de uma forma especial, numa instituição de ensino, pesquisa e extensão como o nosso IF Fluminense.

Diversas atribuições são consideradas importantes por cada um de nós, quando fazemos escolhas deste tipo. A prioridade que damos a elas é que no fundo vão acabar norteando cada uma de nossas opções.

Muito do que há para ser feito, aperfeiçoado e ampliado acaba, ao longo do processo de eleitoral de debates e discussões, de uma forma ou outra, aparecendo nas propostas dos diversos candidatos que coabitam um mesmo espaço de trabalho e que trabalham com os mesmos servidores no apoio às atividades estudantis de ensino, pesquisa e extensão.

A maior diferença vai estar no tempo, na forma, na disposição, na coragem e na humildade dos candidatos em reconhecer a complexidade que a tarefa de gestão de uma instituição multicampi e de cursos verticalizados para identificar os melhores caminhos e os melhores projetos, na busca permanente do melhor para os estudantes, dos diversos níveis e câmpus, razão principal da existência do nosso IFF, como instituição formadora de cidadãos com o objetivo de transformar nossa cidade, região, estado, país e planeta, para que sejam hoje, melhores que ontem e amanhã melhor que hoje.

O tamanho do desafio e a responsabilidade que temos com o que é público deve nos fazer sempre lembrar que precisamos de “todos” neste trabalho. A busca de convergência das propostas após o processo democrático de escolha nos obriga a ter, uma relação acima de tudo, de respeito mútuo nesta disputa.

Não se pode cair na tentação da desqualificação daquilo que se diverge ou do candidato concorrente, num processo em que a busca do voto pode se transformar num verdadeiro vale-tudo, não só, porque a história da nossa instituição não absorveria tamanha inconsequência, como todos nós já sabemos, que no dia seguinte, teremos todos que caminhar nos mesmos corredores, debater no interior das mesmas salas que convivemos, mas acima de tudo, porque somos uma instituição de ensino, e que um dos principais nortes daquilo que devemos ensinar é a tolerância, a disposição de ouvir, de absorver propostas, de buscar convergências, em meio a divergências. Tudo isto, só será verdadeiramente praticado, se tivermos respeito para disputar com nossas ideias e argumentos a opinião e o voto dos três segmentos de nossa comunidade.

É com este espírito que norteio minhas opções eleitorais. Elas não alijem quem não as comungam, mas, refletem opiniões que o processo prevê que sejam transformadas em votos e opções eleitorais.

É neste contexto que exponho minha preferência para que a professora Cibele Daher possa concluir, em mais um mandato, o processo de transição e de implantação do IFF que, mesmo com todas as dificuldades da compreensão do que significa, para cada um de nós, esta nova institucionalidade, deu seguida, importantes e claras demonstrações de paciência, coragem, determinação, disposição e competência para avançar em meio ao debate, e até mesmo da oposição sistemática, e algumas vezes, a meu juízo, desnecessária e desproporcional, para que o nosso Instituto pudesse ir se consolidando como foi se consolidando ao longo do tempo e do trabalho realizado.

Há pelo país muitos IFs que enfrentaram dificuldades ainda não sanadas de conclusão das obras dos seus novos câmpus, de contratação de servidores, de problemas tanto na área de ensino, quanto de pesquisa e extensão.

O nosso IFF avançou em todas estas áreas. Os novos câmpus foram implantados e estão em pleno funcionamento. Mais de uma dezena de concursos para provimento dos cargos de servidores foram realizados e hoje os servidores concursados já desempenham suas atividades.

Nos diversos campi, cursos dos três níveis de ensino foram criados e reconhecidos e bem avaliados pelo MEC. A Educação à Distância (EaD) foi implantada e hoje já atende cerca de 600 alunos em seis diferentes polos pelo interior do estado.

A pesquisa avançou em número de bolsistas, professores-pesquisadores e publicações e, índices que não poderiam sequer ser estimados antes. A extensão presente há tempos na história da nossa instituição, ganhou mais força e apoio tanto em bolsas da instituição, quanto de empresas com no projeto (Universidade Petrobras)e ainda de outros órgãos de fomento.

A nova institucionalidade demandou uma forma cada vez mais transparente, clara e republicana de igualar as oportunidades de alunos e servidores dos diversos campi com o uso dos mecanismos dos editais como a melhor forma para se fazer a concessão de bolsas de monitoria, iniciação científica, pesquisa, extensão, publicação de livros, auxílio moradia, transportes, alimentação, etc. Todos os editais foram precedidos de amplas discussões com representantes dos diversos câmpus que trabalharam na definição de critérios que foram sendo paulatinamente implantados e aperfeiçoados ano a ano num trabalho coletivo e participativo.

O apoio ao desenvolvimento, aperfeiçoamento, especialização e formação dos servidores de forma unificada e igual para docentes e técnico-administrativos ganharam significativo aporte de verbas, liberação de carga-horária para seu desenvolvimento, editais de capacitação e convênios diretos para a realização de mestrados e doutorados interinstitucionais.

Será tarefa do novo mandato da reitoria avançar na implantação destes novos de Santo Antônio de Pádua e Itaboraí dentre outros, ampliando os cursos e o trabalho de pesquisa e extensão nos câmpus já existentes, se preocupando acima de tudo, com a preservação da reconhecida da qualidade do nosso trabalho.

Tudo isto foi executado em meio a um amplo e complexo debate de opiniões e posições políticas e sobre formas de gestão. A professora Cibele deu demonstração prática de como conviver, dialogar de forma democrática com um dirigente diferente daquele que apoiou na eleição de 2010, como foi o caso no maior e mais antigo câmpus do IFF: Campos-centro.

Neste caso a democracia extrapolou a questão da teoria, mas, se fez prática e isto há que ser ressaltado e repercutido. A meu juízo, esta é verdadeiramente uma das principais atribuições que hoje se possa desejar do(a) dirigente máximo(a) do IFF, neste desenho institucional ainda em construção, em que se espera que o ocupante do cargo seja coordenador de um debate democrático e participativo que deve ser estimulado e cada vez mais ampliado, como uma característica marcante da história recente de nosso querido IFF.

A professora Cibele respondeu a todos os questionamentos injustos que lhe foram desferidos, mas nunca deixou que isto contaminasse seu jeito de agir. Teve paciência. Teve coragem. Teve humildade para absorver propostas de ajustes na condução, da cada vez mais complexa gestão administrativa e pedagógica que corretamente garante autonomia dos campi, mas também unicidade institucional.

Não foi na letra fria e insuficiente da lei que se agarrou para se traçar o caminho. Sem desrespeitar a legislação e nem o processo de coordenação da implantação desta nova institucionalidade, supervisionada pela Setec/MEC, o IFF, como diz com muita propriedade a professora Cibele, o caminho do IFF foi se construindo no caminhar, no debate com a comunidade interna, nas idas e vindas, próprias de quem não se julga proprietário da razão e nem dos objetivos que devem ser da coletividade da instituição.

É também neste contexto que vejo e apoio a candidatura da professora Guiomar Valdez para o Câmpus-Centro. É reconhecida sua disposição para o diálogo e para o trabalho árduo e dedicado. A professora Guiomar se incorporou a todo este trabalho de gestão já citado, do qual sempre acompanhou de perto, independente de cargos, como servidora docente ativa e interessada na educação pública de qualidade, na democracia real para e com os servidores e estudantes.

A professora Guiomar defende uma posição que compartilho e que se soma aos atributos que já qualifiquei acima, que é a da importância do Câmpus-Centro em todo este processo de expansão da nossa instituição, ser sempre a nossa referência. Aqui está a nossa identidade. Aqui estão as esperanças que nortearam a decisão do projeto federal de expansão da rede, em propiciar que mais municípios tenha acesso a este tipo de formação para a transformação que aqui já se praticava e vem se aperfeiçoando cotidianamente.

Desta forma, com toda a garantia de sua autonomia, direito e necessidade em melhorar a qualidade do que já se faz, mas também de se expandir, não pode de forma coletiva deixar que isto possa ser feito, sem lembrar que todos fazemos parte de uma única e cada vez mais plural instituição, e que pelo seu tamanho, não deve ser no dia-a-dia, o motivo para um enfrentamento diuturno contra os demais e menores câmpus e, especialmente contra a Reitoria.

Assim, encerro, a já longa exposição, sobre a minha opinião sobre o momento de escolhas que vivemos. Não poderia deixar de registrar como um fato importante neste processo a questão do avanço da mulher também como gestora num país comandado por uma presidenta, a oportunidade de termos à frente de nossa Reitoria, e em seu maior câmpus, duas mulheres que se destacam em nossa comunidade.

Desse modo reitero o pedido de voto e apoio para a professora Cibele Daher para a Reitoria do IFF e para a professora Guiomar Valdez para a Direção Geral do Câmpus Campos-Centro nas eleições do dia 14 de dezembro. Porém, acima de tudo, solicito que defendam um debate qualificado que ajude a que os eleitos possam se alicerçar nestas discussões para construir “Juntos um IFF cada vez melhor!

Campos dos Goytacazes, 25 de novembro de 2011.

Roberto Moraes Pessanha.

PS.: 1- Vejam nos links abaixo os blogs da professora Cibele Daher e Guiomar Valdez com mais detalhes e propostas de suas candidaturas.

http://cibelereitora.com.br/Link

http://guiomarvaldez.blogspot.com/

2 - A professora Cibele Daher concorre à Reitoria do IFF com o professor Luiz Augusto Caldas. E a professora Guiomar disputa a Direção Geral do Câmpus Campos-Centro com os professores Jeferson Azevedo e Joanes Corrêa.

16 comentários:

Anônimo disse...

Dessa vez descordo do SR,mas votarei no Luiz Caldas e no Jefferson

Anônimo disse...

Gostei dos argumentos.

Anônimo disse...

A qualidade e a seriedade do trabalho da professora Cibele é não tem como ser questioado.

Concordo com o professor Roberto Moraes.

Anônimo disse...

Com Dilma presidente, Cibele na Reitoria e Guiomar no campus.

Eu voto.

Anônimo disse...

Desde quando a palavra campus tem acento, sua anta.

Anônimo disse...

Estou com Cibele.

Anônimo disse...

O IFF é uma instituição de referência em nossa região. A Professora Cibele merece mais um mandato.

O professor me ajudou a definir meu voto.

Anônimo disse...

Está no google! Câmpus ou Campi – se seguir a origem latina, o plural de campus é campi, mas se considerar a forma aportuguesada, será câmpus (com acento), obedecendo o plural das paroxítonas terminadas em “s”: os pires, os bônus, os lápis, etc.

Roberto Moraes disse...

Agradeço a(o) comentarista das 10:19 PM por me poupar o tempo para a resposta do agressivo questionamento, possivelmente, incomodado com o teor do texto e não com a grafia de uma palavra em latim.

Sigamos em frente!

Anônimo disse...

Então, como eu já imaginava, a anta é ele. Tadinho do bichinho.

Anônimo disse...

Voto com Cibele e Guiomar. Senão quem está na prefeitura de Campos vai mandar no câmpus. Nada de criancinha no IFF, estão injetando grana la...

Anônimo disse...

Apesar de discordar de sua posição a aceito, porque a democracia sem contrarios não existiria, seria uma ditadura. Dentro dessa visão de democracia, que concordo,sugiro que abra espaço, no seu blog, para todos os candidatos, apoiado por voçê ou não, coloquem as suas propostas e os leitores possam discuti-las e questioná-las. Ajudando assim a aperfeiçoar a democracia interna de nossa instituição.

Roberto Moraes disse...

A(o) comentarista das 11:09,

Entendo sua sugestão acho-a interessante, mas, de outro lado, compreendo que tendo posição e opinição formada e divulgada sobre o assunto, o uso deste espaço para esta finalidade de um debate amplo, a exemplo do que já fiz sobre as eleições da reitoria da Uenf, certamente levaria a questionamentos sobre favorecimentos ou sobre obstáculos que tornariam o objetivo inócuo.

Compreendo que os canais internos da instituição, assim como os externos, com uso da internet e das mídias sociais já permitem esta ampla divulgação das posições diversas dentro deste processo eleitoral do IFF.

Sds.

Anônimo disse...

Precisamos de um Reitor que respeite sa diferenças e ouça a comunidade.
Luiz , ontem , hoje e amanhã.
Quanto ao Jefferson, é so olhar o Câmpus.
Abraços ...

Anônimo disse...

Concordo com o professor Roberto Moraes, voto em Cibele para Reitoria!

Anônimo disse...

Professor Roberto voce foi muito elegante em seus comentários. A professora Cibele o tempo todo da gestão além de injustiçada foi muito desrespeitada. No mewu entendimento o objetivo foi desestabilizá-la na implamtação do IFF.