quinta-feira, dezembro 13, 2007

Tripla derrota com a CPMF

Acaba de sair o resultado sobre a votação sobre a continuidade da CPMF. Perdeu o governo, perdeu o povo, mas também perdeu a oposição. O cientista político Fernado Abrucio, em seu artigo na revista Época desta semana, na banca desde o final de semana vaticinou: "A oportunidade perdida com a CPMF". No primeiro parágrafo do artigo Abrucio bem dizia: "A votação da prorrogação da CPMF no Senado ofereceu uma excelente oportunidade para que governo e oposição melhorassem os costumes políticos brasileiros. Mas, por enquanto, ambos repetem vícios que marcam nossa história política. O Executivo prefere ganhar votos no balcão das negociatas miúdas, e a oposição opta pelo jogo do “quanto pior, melhor”. O sentimento de déjà-vu é inevitável, só que com sinais trocados: tucanos e, sobretudo, senadores do DEM comportam-se como o PT do passado, e petistas reproduzem erros tecnocráticos e clientelistas da era FHC". Passada a votação vê-se que sua análise estava correta. Vamos agora ver como se portarão.

2 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Roberto e blogueiros,

Acompanhei ontem, enquanto o sono não me derrubou, os debates na TV Senado. Algumas boas teses, pró e contra, as bravatas de sempre, e as sandices também, como em qualquer debate. No entanto, ao acordar e verificar o resultado, confesso que mais um pedaço da minha esperança por esse país foi para o ralo, junto com os restos da barba e pasta de dente. Ninguém gosta de pagar nada, quanto mais imposto. Mas sabemos, em nossa vida cotidiana determinar as prioridades pelas quais pagaremos. Não nos iludamos, não há Estado sem imposto. Podemos e devemos, como contribuintes, acompanhar o gasto dos tributos, definir o que é importante, e exercer o voto como expressão dessa vontade. A CPMF tinha uma característica nefasta. Incidia sobre toda movimentação financeira, o que causa uma tributação cumulativa (em cascata, como dizem os técnicos), mas possuía outras virtudes que por si já justificava sua permanência. Um mecanismo importante no combate a sonegação, impossibilidade de evasão e elisão fiscais pela classe dominante, e a destinação para os mais desafortunados. Enfim, cabe a pergunta...E agora, José?

Abraços,

Xacal.

Anônimo disse...

Roberto,
Assisti aos debates, a finalidade era impor uma derrota ao governo, não importando o custo.
De fato, foi uma vitória pírrica, altamente irresponsável.
Abç!
luiz jr.