sexta-feira, setembro 21, 2012

Gás & motéis

Há relação entre os assuntos mais do que a sua pervertida imaginação possa chegar.
Vamos, então, aos fatos e a opinião sobre os mesmos:

1) A espanhola Gás Natural Fenosa que opera os serviços da CEG Rio, onde possui 25% de residências com instalação de fornecimento de gás (o maior percentual entre os diversos estados brasileiros) está investindo, este ano, um total de R$ 184 milhões, para ampliar suas área de atendimento no Brasil. E nosso estado, um dos municípios onde a CEG Rio estuda, junto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, fornecer gás é o de São João da Barra.

2) A rede Wyndhan dos EUA que tem 17 mil hotéis e 630 mil leitos pelo mundo, está entrando no Brasil para explorar o segmento de hotéis baratos, sem lazer, localizados próximos vias de acesso a cidades de porte médio, que os americanos chamam de motéis. No Brasil a Wyndhan está entrando com a bandeira Super 8. A proposta é de "um hotel de trabalho, para acomodar vendedores, executivos e famílias no meio da viagem". Pois bem, no plano dos empresários brasileiros, parceiros da rede americana, está a cidade de São João da Barra, "onde a demanda por quartos de hotel tende a crescer por causa do Porto do Açu". A Wynddham tem projeto de 200 hotéis Super 8 para o Brasil com 100 apartamentos cada um, instalados nos trevos de entrada de cidades que estão se desenvolvendo, para concorrer com os hotéis que "ainda tem características de gestão familiar". A ideia é boa infraestrutura, TV de LED, internet rápida, cama de qualidade e um bom banho e com diária média de R$ 138.

Cometário do blog: Mais uma vez o leitor pode ir observando como tenderá a prosseguir o desenvolvimento feito por enclave de empresas de grande porte. Cada vez mais a economia dos municípios de médio porte no Brasil passam a ser procuradas pelos grandes grupo mundiais, que vêem atrás dos mercados destas cidades médias, passando por cima das potencialidades e tradições locais. O processo se iniciou no comércio com os supermercados, depois o setor de varejo de roupas, utensílios domésticos, farmácias, e já passou para o setor de construção civil, e já chegou e avançará ainda mais, também nas áreas de serviços com as imobiliárias, hotéis e outros. Os motéis americanos são diferentes dos nossos, mas, de forma similar, parece que, neste caso é o mercado local é que está sendo comido.

A exemplo de outras postagens que tratam de possibilidades futuras que o blogueiro conclui a nota com um "a conferir!", neste caso, é observar e refletir que o processo já se iniciou e avança aceleradamente. Há quem comemore.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que os empresários campistas, defensores da livre iniciativa e da concorrência, bandeiras levantadas pelos defensores do capitalismo, não deveriam se importar. Não é de se dizer que a grande graça do capitalismo e os avanços que este pode trazer para uma sociedade é exatamente este da livre concorrência? O mesmo é mostrado no documentário sobre o Wal Mart: "O Wal-Mart: O Custo Alto do Preço Baixo", onde os próprios americanos (pequenos produtores) se mostram revoltados com a chegada da grande multinacional em suas cidades, encurralando os pequenos empresários até quebrar. Hilário.

Fábio