terça-feira, fevereiro 09, 2016

As cinzas das bolsas!

Enquanto o carnaval segue aqui abaixo do Equador, nos trópicos, com zika e tudo, os mercados sofrem, como se fossem gente, lá em diferentes pontos do Norte.

Ontem, Wall Street nos EUA. Hoje as bolsas do Japão fecharam em queda de 5,4%. A gripe de 2008/2009 tem suas tardias microcefalias também.

Diante deste movimento não há como não lembrar do Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia que sempre lembra a necessidade de se fazer a distinção entre "mercado bolsista" e "economia real".

Para tudo se acabar na quarta-feira!

4 comentários:

Um Brasileiro disse...

Bolsa caindo, petróleo em baixa (29,16 us$ nesse momento), medo na Europa de uma crise bancária bem pior que 2008, o cenário atual aponta para um crise mundial complicando nosso ano de 2016, que só começa na próxima segunda-feira...

Anônimo disse...

Bem-vindo à Crise do Yuan!

Quase todo mundo está com medo de como as Bolsas da China vão reabrir após o ano novo, na segunda-feira.

Kyle Bass também se preocupa com as ações chinesas, mas alerta que o principal risco vem mesmo é da desvalorização do yuan.

Legal, mas quem raios é Kyle Bass? Seria ele aquele novo vilão bonanza do Star Wars?

Nada disso.

No lado bonzinho da força, Kyle Bass ficou famoso durante a crise do subprime.

Ganhou muita grana apostando no calote das hipotecas americanas.

Muita grana mesmo.

O sujeito tem faro para crises.

Sua tese para o momento:

Suponha que o sistema financeiro chinês faça uma baixa de 10% em seus ativos, devido a empréstimos inadimplentes.

Para tapar o buraco, o Bacen da China teria que imprimir mais de 10 trilhões de yuans.

Resultado: desvalorização de -30% para o yuan contra o dólar (arrastando o real consigo).

The Chinese bubble is doing ploft!

Roberto Moraes disse...

Mercado bolsista.

Manipulação seguindo os passos de George Soros.

douglas da mata disse...

A questão é (e não é tão simples).

Um bom panorama está no filme Grande demais para quebrar (Too big to fail), com Willian Hurt no papel de Secretário do Tesouro, aliás, esteve bem convincente.

O nó é que alguns megaespeculadores detêm condições de apostar nas duas direções (ou em todas).

É essa a natureza dos colapsos de acumulação, porque em determinado momento, ainda que consigam concentrar os ativos perdidos dos outros, o dano estrutural é tão grande que tudo significa muito pouco.

Por isso caras como Soros não descuidam de manter os pés na economia chamada real (essa dicotomia entre real e virtual, ou financeira, é cada vez mais imprópria), porque no fim das contas, a acumulação rentista não dá conta de resolver um problema:

Por mais que o dinheiro (moeda, como referência) tenha se transformado em fim em si, ao invés de meio, ele nunca será riqueza física. E quando o dinheiro evapora, todos correm para o que podem ver e pegar (isso é humano).

Olha o preço do ouro de ontem.

Vejam que as últimas bolhas derivaram de ativos físicos (imobiliários), ainda que o mercado tenha construído castelos de cartas sobre esses bens reais.

Outras fronteiras têm sido tentadas, como as cidades-eventos (Olimpíadas, Copas, etc).

Ou, numa perspectiva futurista, na construção de mega acervos de conhecimento em bases virtuais, como Google, Facebook, etc,