quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Por que retirar da Petrobras a condição de operadora única do Pré-sal é ruim para o Brasil?

Como ando tratando do assunto com bastante assiduidade no blog, eu pensei em escrever um texto sobre o tema que é objeto agora de decisão no Senado Federal.

Porém, eu recebi este texto do sociólogo Marcelo Zero, publicado originalmente no site "Diálogo Petroleiro" e replicado em diversos outras páginas nas redes sociais, apresenta de forma clara, didática e bem completa os argumentos sobre o assunto.

É importante conhecer mais profundamente a questão, para além daquilo que tem tentado explicar os colunistas econômicos, por razões já conhecidas. Vale conferir!

Por que retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal é ruim para o Brasil?
Marcelo Zero*

I- Porque ter a Petrobras como operadora única garante ao País o controle estratégico das reservas e da produção do óleo. Sem a Petrobras, perdemos essa garantia.

A experiência internacional demonstra que os países que são grandes exportadores de petróleo têm, em sua grande maioria, robustas operadoras nacionais de suas jazidas.

Hoje, cerca de 75% das reservas internacionais provadas de petróleo estão nas mãos de operadoras nacionais. Conforme previsão da Agência Internacional de Energia, a tendência é a de que essas operadoras nacionais sejam responsáveis por 80% da produção adicional de petróleo e gás até 2030.

Isso não é casual. Para dominar o mercado, os países produtores precisam dominar as reservas e controlar o ritmo e os custos de produção. O primeiro fator é assegurado pelo regime de partilha e o segundo fator é assegurado pela operadora nacional. A OPEP seria inviável sem o regime de partilha e sem grandes operadoras nacionais.

A operadora nacional é o complemento necessário ao regime de partilha. De nada adianta o país ter o domínio das reservas se a produção é ditada pelos interesses imediatistas de grandes operadoras multinacionais. Sem uma grande operadora, o país não tem controle efetivo sobre o ritmo da produção, sobre os seus custos reais e, consequentemente, sobre a remuneração efetivamente devida ao Estado.

Foi essa realidade que levou os grandes países produtores, nos anos sessenta e setenta, a nacionalizarem as jazidas e, ao mesmo tempo, constituírem robustas operadoras nacionais. Com isso, eles multiplicaram seus rendimentos, passaram a deter as informações estratégicas sobre as jazidas e os custos de exploração e dominaram o mercado mundial do petróleo.

Retirar da Petrobras a condição de operadora do pré-sal significa retroceder à lógica predatória e imediatista da época na qual o mercado era dominado por sete grandes companhias internacionais de petróleo. Uma época em que os países produtores sequer conseguiam saber os custos de produção de suas próprias jazidas. Significa, em última instância, renunciar à gestão estratégica de um recurso finito e não renovável.

Sem essa gestão estratégica, o Brasil poderá se converter em mero exportador açodado de petróleo cru, ao sabor dos interesses particulares e imediatistas de empresas estrangeiras, contribuindo para deprimir preços internacionais e deixando de investir em seu próprio desenvolvimento.


II- Porque o petróleo ainda será um recurso energético fundamental ao longo deste século.

Um dos principais argumentos que motivam os que querem enfraquecer a Petrobras tange ao suposto fato de que o petróleo deixou de ser um recurso estratégico, pois deverá ser substituído rapidamente por outras fontes de energia, particularmente as limpas e renováveis.

Segundo eles, a grande baixa atual do preço do óleo já reflete essa tendência e deverá ser permanente. Assim, teríamos de explorar o pré-sal de modo célere, com o auxílio de multinacionais, antes que se torne um ativo sem valor.

Ora, tal previsão não tem nenhum fundamento científico. A grande baixa dos preços do petróleo está obviamente relacionada à crise mundial, que contraiu conjunturalmente a demanda, bem como às disputas geopolíticas e geoeconômicas sobre o controle do mercado mundial, particularmente no que tange à viabilidade econômica do óleo de xisto. Há um claro processo de dumping em andamento, que contraiu artificialmente o preço do petróleo.

Esse dumping já começou a ser revertido, como mostra o recente acordo feito entre Arábia Saudita, Rússia e outros países, e a crise mundial não durará para sempre.

A maior parte dos analistas prevê que a demanda mundial por óleo subirá de 91 milhões de barris/dia, em 2014, para 111 milhões de barris dia até 2040. Tal demanda será puxada pelo crescimento dos países emergentes, em especial na Ásia, e pelas necessidades dos sistemas de transporte e do setor petroquímico. Observe-se que o petróleo não serve apenas para produzir gasolina e diesel. Ele é insumo para mais de três mil outros produtos.

Com isso, o preço do petróleo voltará a subir. O suprimento de energias renováveis crescerá, mas a transição para uma matriz energética inteiramente limpa será, sem dúvida, gradual.

Na realidade, o que os analistas afirmam é que as necessidades ambientais e climáticas impactarão mais o carvão, responsável por dois terços do estoque de carbono das jazidas minerais, que o petróleo e o gás, fontes mais limpas que esse mineral.

Obviamente, o atual ambiente de dumping produz grande pressão para que o Brasil venda rapidamente o pré-sal. Seria erro trágico. A venda nessas condições de preços artificialmente baixos renderia pouco no presente e comprometeria muito nosso futuro.

Devemos ter em mente o que aconteceu com a Vale. Na época de sua venda, com os preços do minério bastante baixos, diziam que o ferro já não tinha valor estratégico algum e que o futuro pertencia aos novos materiais sintéticos. Pouco tempo depois, os preços do minério dispararam e a Vale privatizada passou a faturar mais por ano que o preço aviltado de sua venda.


III- Porque a Petrobras tem totais condições de explorar o pré-sal.

Outro argumento muito usado nesse debate é o de que a Petrobras, fragilizada financeiramente, não teria condições de explorar o pré-sal.

Não é verdade.

Todas as grandes companhias de petróleo passam, em maior ou menor grau, por dificuldades econômicas ocasionadas pela conjuntura negativa do mercado. No caso da Petrobras, seu endividamento se deve também à necessidade de realizar os grandes investimentos imprescindíveis à exploração do pré-sal.

Contudo, a Petrobras, além de operar com lucro substancial, tem solidez financeira, pois está lastreada num fantástico ativo patrimonial: o pré-sal. Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Óleo e Gás da UERJ, divulgada em 2015, o pré-sal contém 176 bilhões de barris, óleo suficiente para cobrir, sozinho, cinco anos de consumo mundial de hidrocarbonetos. Perto dessa riqueza extraordinária, a dívida atual da empresa é troco miúdo.

Não faltarão recursos para que a Petrobras continue a investir no pré-sal. O mercado financeiro nacional e internacional sabe muito bem que a Petrobras tem expertise, tecnologia e patrimônio para superar suas atuais dificuldades.

Sabe muito bem que, independentemente de seus detratores internos, a empresa tem tudo para gerar lucros e dividendos muito maiores que seus passivos. Ademais, o mundo dispõe hoje de fontes alternativas de financiamento, como a do Banco do BRICS, por exemplo, que podem ser acionadas de forma complementar.

A dívida da empresa poderia se tornar um grande problema, porém, na situação em que a Petrobras perca o acesso às jazidas, como querem os propugnadores do projeto que retira dela a condição de operadora única. Nesse caso, a empresa perderia seu lastro patrimonial e, aí sim, poderia se fragilizar ao ponto de não conseguir mais operar.

Em vez de simplesmente reduzir seus investimentos, como faz agora para se adaptar à nova realidade do mercado, a Petrobras poderia não ter mais como investir um centavo.

Na realidade, ao se retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal poderia se conduzir a empresa à falência ou a uma inevitável privatização. Talvez seja esse um dos objetivos implícitos do projeto.


IV- Porque o País perderia todo o investimento feito pela Petrobras e a alta tecnologia por ela desenvolvida

Ao contrário de outras operadoras nacionais, que apenas se apropriaram de jazidas já provadas, a Petrobras, desde o início, teve de investir maciçamente, ao longo de décadas, em prospecção e desenvolvimento de tecnologia.

Com isso, ela se tornou uma das operadoras mais eficientes e lucrativas do mundo e conseguiu, a muito custo, produzir tecnologia de ponta na exploração em águas profundas e ultraprofundas.

A Petrobras é a empresa brasileira que mais gera patentes e ganhou, por três vezes, o OTC Distinguished Achievement Award, maior prêmio internacional concedido às empresas de petróleo que se distinguem em desenvolvimento tecnológico. Tal esforço inovador se espraia por áreas diversas, como Petroquímica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Segurança do Trabalho, Medicina e Física, e repercute positivamente numa vasta cadeia produtiva.

Ora, todo esse esforço histórico, iniciado a partir da década de 1950 (quando se dizia que o Brasil não tinha petróleo), se perderia, caso a Petrobras perca, agora, a condição de operadora única do pré-sal. A inevitável e profunda fragilização da empresa que seria derivada dessa trágica decisão jogaria fora todo o investimento realizado em décadas de trabalho duro e o país perderia uma grande fonte de desenvolvimento tecnológico.

Não nos parece racional e justo que, após todo esse esforço, se dê de bandeja, sem nenhum risco e por um preço aviltado, os recursos do pré-sal a empresas que nunca fizeram investimentos de prospecção no Brasil e que não desenvolvem tecnologia no país.


V- Porque o Brasil perderia os instrumentos para conduzir a política de conteúdo nacional, consolidar a cadeia produtiva do petróleo e alavancar seu desenvolvimento.

A cadeia de petróleo e gás, comandada pela Petrobras, é a maior cadeia produtiva do país, responsável por cerca de 20% do PIB brasileiro e 15% dos empregos gerados.

Tal cadeia é sustentada por uma política de conteúdo nacional, que gera demanda robusta em setores-chave como o da construção civil pesada e a indústria naval, só para citar alguns poucos.

Ora, retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal poderia implodir toda essa política e desarticular essa estratégica cadeia produtiva.

As empresas estrangeiras de petróleo normalmente contratam serviços no mercado internacional e importam insumos e bens em seus países de origem. Ao contrário da Petrobras, não têm compromisso algum com o desenvolvimento da indústria nacional brasileira.

Já a Petrobras, em seu Plano de Negócios e Gestão, previu investimentos de US$ 130,3 bilhões para o período de 2015 a 2019. Trata-se de mais de R$ 400 bilhões que serão investidos quase que totalmente no Brasil. Não podemos comprometer esses e outros investimentos, seguramente mais volumosos, que virão mais tarde, graças à exploração do pré-sal pela Petrobras.

Os recursos que a Petrobras investe e investirá para explorar o pré-sal são e serão fundamentais para alavancar o desenvolvimento do Brasil. Assim, retirar da Petrobras a condição de operadora do pré-sal significaria, em última instância, a destruição dessa alavanca única e o consequente comprometimento do nosso desenvolvimento.


VI- Porque o Brasil perderia futuro.

Por ser recurso finito e não renovável, o petróleo tem de ser gerido com perspectiva de longo prazo e com base na solidariedade intergeracional.

Foi essa visão que fez o Congresso Nacional aprovar a destinação dos royalties e participações especiais do petróleo para a Educação (75%) e Saúde (25%). Decidimos trocar recursos do presente para investir nas futuras gerações.

Temos de analisar a questão da Petrobras como operadora do pré-sal dentro dessa mesma visão estratégica.

A retirada da Petrobras como operadora única obedece a uma lógica de curto prazo: estamos numa crise e precisamos de dinheiro rápido para nos dar alívio financeiro. Se vendermos o pré-sal às multinacionais do setor, poderemos gerar uma receita que nos ajude a pagar juros da dívida, a fazer superávits primários e a equacionar desequilíbrios fiscais.

Já manutenção da Petrobras como operadora do pré-sal, com tudo o que isso implica, obedece a uma lógica de longo prazo: estamos em crise e, se alavancarmos nosso desenvolvimento com os recursos do pré-sal, não só contribuiremos para a sua superação, como criaremos as condições para o Brasil inicie um novo ciclo de crescimento mais sólido e duradouro.

Neste segundo caso, trata-se de cambiar a miragem liberalizante de curto prazo pela visão estratégica que assegurará futuro para as novas gerações de brasileiros.

No primeiro e trágico caso, trata-se de trocar o futuro pelo presente.

Retirar a Petrobras dos campos do pré-sal significa simplesmente vendê-los. E vender o pré-sal é vender futuro. E quem vende futuro já se perdeu no presente.

* – É sociólogo, especialista em Relações Internacionais e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)

8 comentários:

Anônimo disse...

Seus argumentos nos levam a querer acreditar de um modelo estatal ja em desuso , com fortes interesses politicos e ainda ladeado por uma corrupcão alarmante . O Brasil vai mudar , como vem mudando Venezuela, Argentina,Bolivia,...

Anônimo disse...

Dilma Rousseff, ontem, no Senado, aliou-se ao PSDB, e traiu a classe trabalhadora brasileira e entregou os 30% de exploração do Pré-sal, a ser feito pela Petrobrás, para as empresas privadas. Ou seja, se a exploração do Pré-sal a ser feita pela Petrobrás era uma esperança, por exemplo, para financiar os necessários 10% do PIB para educação, sem falar de outros programas sociais, esse sonho foi desfeito pela capitulação-traição do governo Dilma Rousseff.Dilma trai a classe trabalhadora brasileira e a própria base do PT sem lutar

Roberto Moraes disse...

Há que se rever posições pois bem mais graves que os problemas das estatais são os esquemas de sonegações de quase todas as corporações. Olhar os desvios de um lado e não considerar as contradições do sistema é não querer enfrentar as dificuldades de um e outro modelo.

Sim, a mídia paga não mostra. Sim, ela é paga para selecionar as pautas.

Melhor do que fingir neutralidade é explicitar os interesses.

Há argumentos de ambos os lados, mesmo que o discurso único seja sempre o mesmo, pretendendo esconder os interesses.

O blog não se preocupa com isto. Ao contrário. Esta é sua razão de ser. Sigamos em frente!

douglas da mata disse...

Roberto, veja que cretino: Ele imagina que a "corrupção alarmante" (estatal, sempre) seja algo que exista sem que haja sua correspondência privada.
Uai, o cretino imagina que se frauda uma licitação para quê, só para pagar corruptos funcionários públicos, ou para aumentar a vantagem de empresas?
Por que os corretíssimos alemães da Siemens pagaram tanto e por tantos anos o psdb de SP no caso Metro.
E os franceses da Alstom?

Quem deu origem a quebra subprime de 2008, o setor público? E o que foi essa enorme tsunami senão um exemplo da corrupção do sistema que esconde seus defeitos estruturais para aumentar a concentração desmedida de riqueza.

1% da população mundial com renda igual aos outros 99% é o que? Honestidade? Como ele imagina que isso seja possível? No mundo rosa da virtude empresarial?

Pelo amordedeus, caro amigo, trate esses animais como merecem...Eles vêm aqui para a terapia da chinelada...

Anônimo disse...

Tá chamando Dilma de cretina? Ela já liberou 30% para a PRIVADA. Nunca e jamais concordei com esse pt de BOUTIQUE, mas nesse caso da cretinice da Dilma, tenho que admitir, estamos juntos.
Publica aí!

douglas da mata disse...

Bem, eu não me referi ao comentário sobre o PL de zésserra( nãoé de Dilmam seu estúpido)...

Citei o outro comentarista, mas se você correu para usar o chapéu (carapuça), vamos lá a sua dose de chinelada.

Leia e se informe antes de regurgitar cretinices:

- O projeto de lei do senador tucano, e não do governo, nem da Presidenta, foi colocado em pauta após o sistemático ataque a estatal, que está em curso, logo, até um imbecil/cretino/beócio/cavalgadura/quadrúpede como você saberia que houve um "senso oportunista" dos entreguistas como zésserra...Com a imagem abalada, seria fácil atacar a empresa, mal dizendo o público e santificando o privado...

- A base do governo, incluindo aí a base petista, não é feita de integrantes que estão monoliticamente com o governo (em lugar nenhum do mundo é assim), e até um idiota, imbecil, cretino, etc, como você saberia o que está em jogo, e que a capacidade do governo (acuado) de fazer valer (manter) o modelo que está em vigor (com exclusividade estatal) seria difícil;

- Ainda assim o governo achou (concorde ou não, esse foi o pensamento do governo), achou melhor negociar uma saída, onde a reserva de exclusividade permanece até que a estatal (Petrobrás) manifeste expressamente (oficialmente) pelo desinteresse da exploração de determinado poço ou campo, que aí sim seria explorado pelo setor privado...tudo dentro de um limite de 30% das reservas...

Para ser honesto no debate com você, cretino, embora você sequer mereça, dizem os analistas sérios que zésserra e suas patrocinadoras (as 4 irmãs) acharam o acordo bom, confiando que o PT perde em 2018, e a Petrobrás volte ao caminho da Petrobrax, deixando todos os poços para os gringos...

E esse raciocínio(deles) é baseado em declarações como a sua, que sem saber de porra nenhuma, ainda assim detratam o partido e a presidenta, logo, eles acham que perderemos, por ouvir as vozes de imbecis como você...

Ou seja, aparentemente contra o que foi negociado, você e gente como você acabam por manifestar desconfiança contra quem poderá manter minimamente as reservas em nossas mãos, e ironia das ironias, você, cretino, está do lados DELES, e não da Petrobrás...

Esses mesmos analistas sérios imaginam que o governo arriscou esse acordo por temer perder tudo, e confiando na virada do momento ruim (os sinais autorizam essa esperança, apesar da mídia e de cretinos como você), e aí sim manter a exclusividade da Petrobrás em tudo que interessa a empresa, mas antes ao país...

É isso, demente.

Anônimo disse...

Petróleo no fundo do mar não vale nada.
Sem dinheiro para investir, o petróleo continuará lá, no fundo do mar.
Abre-se agora uma portinha de esperança. Talvez o bonde ainda não tenha passado
Este país precisa de empregos. Empregos e mais empregos. Para isso, tem que haver investimentos, venham eles de onde tiverem que vir.

Anônimo disse...

Sou Técnico de instalação de equipamentos submarinos de produção, (Árvore de Natal Molhada) Trabalho à 11 anos prestando serviço pra Petrobras. Tempo atrás embarquei na sonda NS-44, navio de última geração fornecido pela Queiroz Galvão por meio de contrato para operá no pré-sal. Por entendimento da Petrobrás o navio foi direcionado para fazer uma intervenção num poço no campo de Roncador (poço PREMIUM de alta produção de óleo e gás). O detalhe que fiquei espantado foi quando perguntei ao OIM da sonda um brasileiro, qual era o valor da diária de operação da sonda; pasmem o mesmo informou que em 2013 a Petrobras pagava 1.350000,00 , 2014 850.000,00 e agora em 2015 com a baixa do barril , estava operando por "míseros" 350.000,00. Ou seja como consegue operar com este valor agora? A Queiroz com certeza continua tendo seu lucro... Muitos se aproveitando desta mega empresa que tenho orgulho de prestar serviço mas Q estão acabando com ela e com os trabalhadores que estão ficando desempregados...