terça-feira, dezembro 11, 2007

Por quê “se calla?” - II

Este blog já trouxe este assunto aqui, mas vai voltar ao tema. Não é admissível que a direção local do PT em Campos se “calle” diante da crise na saúde e nos atendimentos hospitalares. O secretário de Saúde é agora do PT, por interferência do ex-presidente e candidato a prefeito em 2004 pelo partido, e também médico, Mackoul.

A crise é incompatível com o generoso orçamento da pasta de quase R$ 400 milhões. A crise é agora também do partido que além de tudo precisa responder pela série de denúncias sobre a utilização dos recursos da pasta.

O blog não vai discutir a questão dos chamados “extra-tetos” e dos repasses de verbas para pagamento dos serviços prestados pelos hospitais filantrópicos e privados, pela simples falta de informações e transparência sobre o uso destes recursos. O fato do município ainda não ser gestor-pleno na área de saúde, segundo informações, está também relacionado à falta de repasses de informações às instâncias superiores que gerem o SUS, que na essência é a origem de questionamentos dos usuários, dos prestadores de serviços, dos médicos, enfim, da sociedade.
Tudo isso precisa ser bem explicado, na área de Saúde pelos gestores e na política pelos dirigentes do PT que foram procurar este problema, num acordo em troca de alguns poucos cargos comissionados. O silêncio está sendo claramente interpretado como os dizeres do ditado que afirma que quem cala consente.

5 comentários:

felixmanhaes disse...

Com a palavra o Presidente eleito do PT, Hugo Diniz, de preferência com coerência. Na edição do dia 25 de novembro do Monitor Campista, ele declara, "independente de quem seja o Prefeito, é importante que o partido não se anule...o partido enquanto instituição política deve canalizar os anseios da sociedade..." Será que para o novo Presidente, a população está satisfeita com a saúde de Campos? ou o gemido da dor alheia, ainda não chegou aos seus ouvidos, abafada pelo apoio oficial e pela cumplicidade para quem o bancou no PED? Sr. Presidente, o Secretário é do PT ou o senhor esqueceu? Na primeira reunião, quando ela acontecer, estaremos cobrando isso. Desejo muita saúde ao novo Presidente. Mas, se necessário recorrer a algum atendimento, espero que ele faça uma experiência. Travista-se de um lascado sem plano de saúde, entre na fila. Espere muitos dias para ser atendido e se precisar de um exame espere bem mais na incerteza de que vai ser ou não atendido. Aí, você vai sentir-se na obrigação de cobrar do nosso secretário.O Partido tem um excelente programa de governo com grandes sugestões para a saúde. Que tal chamá-lo para essa reunião? Ou aquele acordo também exige que ele não seja importunado?

Anônimo disse...

provavelmente nada é racionalizado justamente para não discutirmos as mumunhas e a gestão patrimonialista e anti-republicana!

Porque não se debate sobre os contratados e os concursados, aqueles que tem de fato competência para assumirem os cargos públicos? Preciso falar do HGG? A saúde reproduz a perversa lógica do município.

Anônimo disse...

Quer saber o motivo?
Tá no meio da M..., mas tá quentinho, então fica quietinho!

Call me Ismael disse...

Se calla porque tem uma galera no PT que pensa assim: "todo mundo se deu bem nesse mundo, menos eu. Agora é minha hora". Justiça seja feita, foi Garotinho quem deu a definição de boquinha. E essa turma esta aí, disposta a apoiar quem está no poder, a qualquer preço, para garantir umas migalhas de uns meses no poder. Quais foram as grandes discussões do PED ?

Anônimo disse...

Senhores,

Estou estarrecido. Não gosto de saudosismo, do tipo: "na minha época...". Mas já militei em um Partido em que as discussões sobre filiações giravam em torno de Luciano D´ângelo, Sarmet, etc. Tinha filiações nefastas, sim, mas até Ivan Vianna tinha charme-gangster meio Humphrey Bogart. Tinha política de alianças, pro bem e pro mal, mas não era formação de quadrilha. Ao mesmo tempo que Ano(r)mal fazia seu papel, "Nilsinho" brigava pela Bienal. Histórias, estórias, contos, lendas...hoje só ficou essa crônica do desastre anunciado.

Triste realidade.

Um abraço,


Xacal, tombado pelo patrimônio histórico e ilícito.