quinta-feira, março 13, 2008

"Campos: bando roubava R$ 3,7 milhões por mês"

A melhor, mais ampla e esclarecedora cobertura exposta na imprensa, nesta quinta-feira, sobre a "Operação Telhado de Vidro" contra a prefeitura de Campos foi feita pelas jornalistas Flávia Duarte, Josie Jeronimo e Maria Mazzei para o jornal O Dia. Alguns trechos ajudam a responder o que as perguntas simples que qualquer investigação tem que rsponder o blog ontem postou aqui: quem, quando, onde, como, etc. Leia: "A Fundação José Pelúcio e a filial da Cruz Vermelha em Nova Iguaçu — principais fontes de abastecimento no esquema de fraudes em licitações e superfaturamento em Campos dos Goytacazes — recebiam R$ 25 milhões por mês da prefeitura. Investigações da Polícia Federal (PF) revelam que 15% desse valor eram desviados pela quadrilha que montou o esquema. O percentual equivale a R$ 3,75 milhões". 42 mil funcionários? "Segundo as investigações, dos 15% desviados dos cofres da Fundação José Pelúcio e da Cruz Vermelha, 5% (R$ 187 mil) iam para a conta de Ricardo Luiz Paranhos de Macedo Pimentel, um dos presos e apontado como o cabeça da organização. Os outros 10% eram repassados à Prefeitura de Campos. Enquanto a José Pelúcio recebia R$ 22 milhões mensais da prefeitura, a Cruz Vermelha levava R$ 3 milhões. As entidades intermediavam a contratação de funcionários terceirizados — 24 mil dos 42 mil empregados". "Grande número de prestadores de serviço do município foi ontem à prefeitura de Campos. Eles temem perder o emprego com a troca de governo. Os servidores informaram que recebem, por depósito em conta corrente, R$ 700, mas no contrato de trabalho o valor indicado é de R$ 1.200. A informação é investigada pelo MPF. Funcionários que fazem parte da folha de pagamento mas não apareciam na prefeitura foram trabalhar ontem, com medo das denúncias. Em um só setor da administração, um escritório onde 21 pessoas fazem parte da folha de pagamento, apenas nove cumprem expediente". "TCE detectou obras fantasmas após tragédiaO Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou desvio de dinheiro para execução de obras que nunca aconteceram em Campos. As obras fantasmas seriam para recuperar parte da infra-estrutura do município após as enchentes de novembro e dezembro de 2006. A cidade ficou em estado de calamidade pública, com 26 bairros completamente alagados e centenas de pessoas desabrigadas. Um ano após a tragédia, o TCE detectou que 76% das obras jamais ocorreram. Algumas chegaram a ser pagas duas vezes. Segundo o levantamento, foram desviados R$ 151 milhões neste esquema. A PF está investigando as empresas envolvidas". "DETONAUTAS RECEBERAM SÓ UM TERÇO DO VALOR" "A Prefeitura de Campos registrou ter pago pelo show do grupo Detonautas três vezes mais do que a banda recebeu de cachê. A contratação foi feita através da empresa Jakimow’s Empreendimentos Artísticos Ltda ao custo de R$ 68 mil, de acordo com extrato publicado no Diário Oficial do município (DO), do dia 18 de setembro do ano passado. A banda recebeu apenas R$ 20 mil pelo show, segundo um dos músicos. O empresário do grupo, Juca Muller, não quis falar sobre os valores". Leia a matéria na íntera aqui.

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