quinta-feira, março 06, 2008

Dengue e desentendimento na área de Saúde

Verdade que a epidemia está se alastrando e o temor da dengue por parte da população está tomando proporções sérias em nossa região. Por conta disso, é importante que haja integração e boa vontade entre os gestores e os profissionais da área de saúde no município. Não cabe ficar buscando culpados, que no momento de crise é sempre, o menos importante, especialmente, quando comparado com as necessárias e urgentes ações. Isto, sem nenhum favor, à nova secretária, Dra. Carmem Célia Moretto que talvez seja, a menos responsável pelo quadro. É também indiscutível a competência e o comprometimento do Dr. Luiz José com a questão. O que a população deseja é uma ação integrada e eficiente dos gestores públicos. Nesta linha, o nosso blog acaba de receber um e-mail do médico sanitarista, José Eduardo Marques, o nosso “Pardal”, que é campista e mora já há algum tempo em Belo Horizonte preocupado “com os casos de dengue em Campos (inclusive em alguns familiares...). E mais preocupado ainda com a ênfase dada aos produtos químicos, larvicidas, inseticidas (especialmente ao chamado fumacê). Tomo a liberdade de enviar uma cópia de carta que fiz para o Pedro Otávio, na época Secretário de Saúde de São João da Barra (que não enviei) além de um artigo interessante sobre o uso de inseticida”. O artigo enviado pelo Dr. José Eduardo em anexo resume o trabalho de investigação quali-quantitativa feita em 5 municípios do Estado de São Paulo da médica da USP e questiona o “uso excessivo do controle químico, em detrimento da melhoria das condições de saneamento do meio e das ações educativas. Verificou-se também que este uso inadequado do inseticida, se mantido ao longo do tempo, viria a comprometer a sustentabilidade das ações anti-Aedes”. Fica aí o registro do blog que nada entende do assunto e domesticamente trata de familiares com sintomas e o pavor da dengue.

4 comentários:

Anônimo disse...

Há 20 anos atrás contraímos a epidemia:minha mãe, eu e meu marido. Minha filha ainda bebê escapou .
Somos traumatizados até hoje.Com certeza o controle da “dengue” não depende somente dos profissionais da área de saúde que atuam diretamente ,isso é, os guardas de endemias, que vêm à nossa casa colocar “aqueles pozinhos” no ralo , caixa d’água,plantinha,etc.
Depende MUITO mais dos gestores da área de saúde que atua indiretamente.
Os carros chamados de fumaçê, estão precisando de manutenção mecânica , mas depende da aprovação desses gestores para a mesma.
A população contribui bastante para o agravamento desse quadro, pois não seguem à risca as orientações dos verdadeiros profissionais que são treinados para orientá-la e ainda têm pessoas que não deixam os guardas de endemia entrar na sua casa e fazer seu trabalho, que se diga de passagem, é tarefa árdua.
Para muitos, trabalhar na Fundação Nacional de Saúde (é o que venho acompanhando nesse município) significa “trampolim” preciso para ingressar na política, onde alguns permanecem... outros desaparecem .

Anônimo disse...

Humilhante também são as condições do espaço físico onde estão lotados os profissionais do Centro de Contrôle de Zoonoze(Rua Sílvio Fontoura,79, parque João Maria), onde mais ou menops 64 funcionários, entre homens e mulheres ,não têm SANITÁRIOS...Quem quiser pode conferir.

Anônimo disse...

Considerando que esse blog tem credibilidade, isso pode contribuir para "gestores", antes de durmir o sono dos justos, virem aqui para a básica "espiadinha"....Quem sabe amanhã , como num psse de mágica, aparece os tais sanitários, pelo menos...Mesmo que sejam daqueles verdes, usados nas praias locais no verão...

Anônimo disse...

Fico grato pela oportunidade de postar meus comentários e peço desculpas pelos erros de digitação, concordância verbal, nominal...português mesmo, pois não sou o que dizem"uma pessoa letrada", infelizmente.Mas sou uma pessoa que dizem "bem informada" e disposto a não omitir e lembrar que a população não sabe a força que tem...Boa noite.