quarta-feira, agosto 24, 2011

Como os governos podem incorporar as novas mídias

Dizem que o diabo mora nos detalhes. Foi assim que o blogueiro resolveu trazer para este espaço a questão de como (forma) os governos podem (poderão) ouvir e/ou se relacionar com a sociedade através das novas mídias.

Em Campos o que se ouviu, foi uma determinação para os secretários criarem e responderem aos blogs defendendo o governo. Esta é uma forma até democrática de usar o espaço que pode ser de todos. Sem problemas. A questão, no entanto, é um pouco mais abrangente.

Você pode ser reativo, o que não tem, repito, nada de errado, ao contrário, respondendo com ações sobre as reclamações, ou, apenas respondendo e propagandeando o governo.

A outra forma e intenção é você identificar nestas novas ferramentas uma fórmula de interlocução com a sociedade. Você ouvir, analisar, incorporar críticas e... evidentemente, ir se aperfeiçoando e se aproximando do cidadão, desejo que deveria ser de todo o gestor público.

Uma coisa é criar blogs e respondê-lo, outra, bem diferente, é, por exemplo, criar um “Gabinete Digital” lançado no estado do Rio Grande do Sul e o interesse do governo federal em promover e qualificar o debate e a participação popular sobre o próximo PPA (Plano Plurianual) usando o estas ferramentas interativas como mostra (aqui) a matéria da última segunda-feira, do jornal Valor “Planalto pretende incorporar redes sociais”.

É verdade que entre intenções e ações também há problemas que não são de detalhes. Porém, a diferença de objetivo é importante de ser identificada. O uso das redes pode ter como principal objetivo a interlocução com a sociedade para aperfeiçoamento de suas ações, ou a ampliação da sua propaganda, com objetivos meramente eleitorais. Interessante observar estas diferenças e, especialmente o, o que no plano local poderia ser feito de produtivo e interativo.

Este blog já comentou por mais de uma vez e repete: para o gestor bem intencionado e preocupado com as boas políticas públicas, os blogs perdem uma inestimável e voluntária contribuição para uma governança de maior eficácia (como gostam de se referir alguns), desta forma, eles poderiam ser vistos como aliados de uma boa governança e não como ameaças. Quem age assim, não acredita e nem confia no trabalho de gestão que lidera.

Um comentário:

Clariça disse...

Não basta só criar um ou vários BLOGs, como pretende o deputado prefeito, pensando que o leitor consciente vai acompanhá-lo na sua antiga lavagem cerebral.

Se ficarem só na policagem, na mesmice, como eles sempre fizeram até hoje, na velha mídia,fazendo campanha todos os dias. Se dizendo os donos da verdade. Consequentemente vão ter como leitores apenas seus ouvintes daquela rádio do programa de Sábado de manhã.

Não tem mais bobo, a população tá ficando esperta e exigente.
Tem muita gente com nojo, desse casalzinho.