segunda-feira, agosto 22, 2011

Até aqui 12 plataformas estão paradas na Bacia de Campos por mais segurança

Veja abaixo o informe do Sindipetro NF: "Movimento começa na Bacia de Campos com 12 plataformas"

22/8/2011 - 00:18

"No início do movimento de greve na Bacia de Campos nesta segunda, 22, à 0h, o coordenador geral do Sindipetro-NF elogiou ao vivo, na Rádio NF, a bravura dos trabalhadores das 11 plataformas que aprovaram o indicativo de paralisação e estão no movimento.

São elas: PGP-1, PRA-1, PPG-1, PNA-2, PVM-2, P-08, P-18, P-20, P-32, P-38, P-40 e P-48.

Rangel, no entanto, foi duro na cobrança para que as demais unidades, que rejeitaram a realização da greve ou que não fizeram assembleia, reflitam com a responsabilidade que têm em relação a este momento.

"Talvez muita gente não tenha se dado conta da gravidade do momento em que vivemos. Estamos vivenciando um caos aéreo na Bacia de Campos. Os pilotos estão apavorados. Um deles me disse que eles estão proibidos de fazer pousos forçados, por que o seguro não paga o dano à aeronave neste caso. Tem que cair para o seguro pagar", disse o coordenador do NF.

O sindicalista também lembrou que a liminar obtida pela Petrobrás contra o movimento de nenhum modo pode intimidar os trabalhadores: "Nós já sabíamos que isso acontecer. Esse é um filme que a categoria já conhece. Nós já fizemos greve de 32 dias com julgamento do TST em contrário".

As plataformas que não aprovaram a realização da greve ainda podem entrar no movimento."

PS.: Atualizado às 10:58: Sindipetro NF suspende greve. Abaixo o comunicado da suspensão:

NF suspende greve nesta segunda-feira e destaca vitórias do movimento

22/8/2011 - 03:24

A diretoria do Sindipetro-NF, ao avaliar nesta madrugada o quadro de adesões à greve convocada para esta segunda, 22, decidiu suspender a paralisação. O anúncio foi feito às 3h de hoje pelo coordenador geral da entidade, José Maria Rangel, na Rádio NF (ouça aqui), que destacou que “mais uma vez a categoria petroleira fez história na Bacia de Campos”.

De acordo com o sindicato, esta é a opção mais responsável a tomar para que não sejam expostos os trabalhadores das 12 unidades que iniciaram a paralisação.

“Estas unidades, apesar de muito representativas, estariam sendo penalizadas por uma luta que é de todos”, disse Rangel.

Ele destacou que o movimento, mesmo com a suspensão, pode ser considerado vitorioso por ter pautado o tema da segurança na agenda dos gerentes da Petrobrás e por ter aberto uma nova frente de luta contra a insegurança.

“Demos um primeiro passo em uma luta muito árdua, sabíamos que não ia ser fácil. Mas que fique claro que este movimento de hoje é um marco. Toda vez que houver uma morte por acidente no trabalho na Bacia de Campos o sindicato vai chamar a categoria a deliberar sobre a realização de uma greve com parada de produção. Não vamos mais suportar ficar apenas chorando pelos companheiros que se foram”, avisou o sindicalista.

Rangel parabenizou os trabalhadores que aprovaram a realização da greve, especialmente das unidades que iniciaram o movimento, e afirmou que “eles podem retornar ao trabalho de cabeça erguida” porque cumpriram com o dever de lutar pela vida.

Ele, no entanto, também voltou a chamar à reflexão os trabalhadores que foram contrários ao indicativo de greve, lembrando que muitos ainda não se deram conta da gravidade do momento da Bacia de Campos em relação à insegurança nas áreas operacionais e nos voos.

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