quarta-feira, fevereiro 23, 2011

"O novo tempo da política"

Da coluna do Luiz Nassif: "O novo tempo da política" "A súbita paixão de alguns jornais e comentaristas pela presidenta Dilma Rousseff chama atenção para um modo peculiar de trabalhar reputação de personalidades públicas por parte da mídia. A Dilma de agora é a mesma Dilma Ministra-Chefe da Casa Civil, a mesma candidata à presidência da República. Até então, era tratada como "assassina", "poste", paradoxalmente como "autoritária", "terrorista", "assaltante de bancos". De repente, torna-se a Margareth Tatcher brasileira, a dama de ferro, a grande gestora. *** O que teria provocado essa reviravolta? O fato de ter uma atuação discreta como presidente, de falar pouco não conta: como Ministra-Chefe da Casa Civil, era esse seu comportamento. O fato de ter imprimido um estilo gerencial ao seu governo, definindo claramente atribuições, funções e metas, também não vale: foram essas virtudes que lhe valeram a indicação para candidata de Lula à sua sucessão. *** O fato novo é que acabaram as eleições. E aí dá-se um nó na cabeça dos leitores. Muitos deles romperam com amigos, brigaram com conhecidos, xingaram desafetos que ousavam afirmar que Dilma é... aquilo que os jornais da época diziam que ela não era e que agora dizem que é. Durante as eleições, em muitos ambientes o mero fato de alguém se pronunciar eleitor de Dilma gerava represálias pesadas. *** À medida que a discussão política vai se civilizando, é possível que uma nova era se instale no país. Nos próximos anos, há uma agenda fundamental. É em torno dela que governo e oposição deverão medir forças. A oposição está à frente em estados relevantes, como São Paulo, Minas e Paraná. O PT, em outros estados, como Bahia e Rio Grande do Sul. Há governadores não-alinhados em Pernambuco, Ceará, Santa Catarina. E uma enorme agenda pela frente, para saber quem terá maior capacidade de cumpri-la. *** Há uma agenda social exigindo investimentos em educação, saúde e segurança. Não se aceita mais a passividade ante a miséria e a pobreza. A nova era política consagrará os negociadores, aqueles políticos capazes de agregar, não os carbonários individualistas. Cada governador de Estado terá que montar interlocução com todas as forças sociais, não apenas com grandes empresários e sindicatos, mas com ONGs, movimentos sociais, funcionalismo público, pequenos e micro empresários. Cada vez mais haverá exigências de transparência nas ações públicas e de eficácia na gestão. Ter programas modernos de gestão e qualidade não será mais apenas uma ferramenta de marketing, mas um instrumento de sobrevivência política. A Internet trouxe uma nova militância que terá que ser melhor aproveitada pelos partidos. Não se pode ficar no modelo de montar redes de difamação, como foi feito. *** A rede permitirá mesmo a partidos até agora sem quadros, como o PSDB e o DEM, mobilizar uma nova militância, interessada, atuante. Basta apenas entregar suas redes a pessoas comprometidas com conteúdo programático, com a discussão de ideias. Enfim, há um novo mundo pela frente em que, espero, toda radicalização seja deixada de lado."

5 comentários:

Anônimo disse...

Presidenta não, professor. Esse é um neologismo barato e subserviente. É Presidente mesmo, pode constatar.

Roberto Moraes disse...

Meu caro,

O texto como pode ser visto está aspeado e não é meu e sim do Luiz Nassif.

Ainda assim, informou que as duas formas são corretas e não se trata de nenhum neologismo e nem muitomenos subserviência, ao contrário.

Os termos para diferentes gêneros permite a compreensão, no mais longo prazo, de que a mulher merece o tratamento no seu gênero.

Sds.

Anônimo disse...

É presidenta mesmo!
Eu como mulher agradeço.
Quanto a forma como a mídia vem tratando Dilma, eu não estou surpresa, já esperava por isso.
Lula sempre foi benevolente(no melhor sentido da palavra), com a mídia que o exculachava. Com certeza Dilma não não será, e eles sabem disso!

Mariana Arêas

Anônimo disse...

E daqui a poquinho agente vai ter que engolir a seco uma nova CPMF.
Alem dos altos impostos, ainda querem criar mais.

Anônimo disse...

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