sexta-feira, novembro 01, 2013

A disputa presidencial: duas informações

Do Valor Online:

Aliança nacional de PT e PMDB se sobrepõe às 


regionais, afirma Dilma

Por Bruno Peres | Valor
BRASÍLIA  -  A aliança formada por PT e PMDB em âmbito nacional se sobrepõe a qualquer questão envolvendo embates regionais para as eleições do próximo ano, afirmou a presidente Dilma Rousseff em entrevista a rádios da Bahia. Dilma afirmou que essa aliança “tem um dinamismo” e é formada “com base na administração das coisas nacionais”. 
“Acho que a aliança do meu partido, PT, com o partido do vice-presidente Michel Temer, PMDB, é muito importante para o governo federal”, disse a presidente, acrescentando que há “uma grande aliança partidária que sustenta” o governo. A presidente destacou que esses partidos são “heterogêneos”, sobretudo nos Estados.
“O que vale é a política de alianças nacionais”, enfatizou Dilma, acrescentando que, se houver problemas que possam interferir na aliança nacional, os partidos aliados terão que tratar o caso com referência no acerto nacional.

Lula será cabo eleitoral em tempo integral

Por Raymundo Costa | De Brasília
Ruy Baron/Valor - 30/10/2013 / Ruy Baron/Valor - 30/10/2013
Lula e Dilma: ex-presidente se vê mais liberado hoje a participar da campanha do que em 2010 quando foi limitado pelo TSE
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá agenda própria e participação direta na coordenação da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Trata-se de um fato inédito na história republicana. O único outro líder popular e carismático da história, o ex-presidente Getúlio Vargas, apoiou a eleição do marechal Eurico Gaspar Dutra, na virada do Estado Novo para a Segunda República (1945-1964), mas à distância, do exílio de sua fazenda em São Borges (RS) e já no final da campanha.
A participação direta de um ex-presidente em apoio a uma candidata que o sucedeu no cargo é uma singularidade. E Lula parece muito à vontade nessa posição, por mais que em algumas circunstâncias ela possa provocar um curto-circuito, como ocorreu agora no debate sobre a autonomia do Banco Central. Nos bastidores, Lula estimulou senadores a votar o projeto em tramitação no Senado, proposta combatida pelo governo.
Lula e o PT também não se incomodam com a especulação segundo a qual Lula se engaja firmemente na campanha para ser uma reserva técnica, na hipótese de a candidatura de Dilma à reeleição apresentar problemas. "O Lula não quer ser candidato", assegurou ao Valor o presidente do PT, Rui Falcão, um dos integrantes do grupo que articula a campanha da reeleição da presidente. Falcão simplifica a participação do ex-presidente: "O Lula tem um prestígio e uma capacidade de transmitir apoio, de influir no voto como ninguém".
Ao contrário do que ocorreu na eleição de Dilma, Lula estará livre para fazer campanha sem as limitações do cargo de presidente. Com todas as restrições legais à antecipação de campanha, em agosto de 2010 chegava a 15 o número de multas aplicadas a Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por esse motivo. Agora, sem esses empecilhos o ex-presidente sente-se "desembaraçado" para atuar mais intensamente numa disputa que o PT prevê como difícil...

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