sexta-feira, novembro 01, 2013

A distribuição da riqueza no mundo

O mapa abaixo mostra de maneira clara como no chamado "Sistema-mundo", o capitalismo em sua busca permanente do monopólio e da concentração foi se estabelecendo nos espaços das nações, numa relação centro-periferia.

No dia 30 de abril de 2013, o nosso blog já havia tratado do tema ao se referir ao artigo sobre "a rede capitalista que domina o mundo" que você pode reler aqui. Ele complementa e aprofunda a questões abaixo, mostrando não apenas a distribuição geográfica, mas, como as corporações transnacionais hoje controlam este processo, muitas vezes por cima dos governos a quem controlam:

O planeta possui 7 bilhões de pessoas. Dados espantosos sobre a distribuição da riqueza:
1 - Qualquer pessoa que possua bens em valor total superior a R$ 8.600,00 (uma moto usada) possui mais riqueza do que 3 bilhões e 500 milhões de pessoas no mundo inteiro. Está na metade superior da posse de riquezas.
2- Quem possui bens em valor superior a 162 mil reais (uma casa simples em São Gonçalo, RJ) possui mais riqueza do que 6 bilhões e 300 milhões de pessoas. Pertence aos dez porcento mais ricos do mundo.
3- Quem tem bens em valor superior a um milhão e seiscentos mil reais (uma boa casa em Camboinhas, Niterói, RJ), possui mais riqueza do que 6 bilhões e 930 milhões de pessoas. Faz parte da fatia correspondente a um porcento da população mundial, mais rica do que os 99% restantes.
Conclusão: num planeta extremamente injusto, até as classe média e média alta são consideradas ricas. Apenas trinta e dois milhões de pessoas podem ser consideradas, de fato, ricas, sendo que 161 delas controlam cerca de 140 corporações que, por sua vez, dominam praticamente todo o sistema econômico e político do mundo. Esse é o sistema que defendemos com unhas e dentes?

10 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Roberto, aqui em nossa Campos, mais precisamente, num Condomínio, na Pecuária, temos casas, a venda por mais de 1,5 milhão de reais.Quanto na Pelinca.

Gustavo Alejandro disse...

Interessante seria também avaliar a desigualdade em cada país, e observar que alguns dos mais ricos são os que possuem população menos desigual.

Anônimo disse...

O problema da desigualdade não está no sistema capitalista. O problema está no ser humano.

O capitalismo ainda é o único possível. Ele reflete o comportamento dos homens. Ele gera desigualdades porque o homem é mesquinho e tende a pensar apenas em si mesmo, em detrimento dos demais.

Contribui para a desigualdade também o fato de que os homens não nascem iguais e não são iguais, uns possuem mais capacidade do que outros e diferentes disposição para o trabalho, uns mais, outros menos.

O dia em que a grande maioria dos seres humanos conseguirem amar ao próximo como a si mesmo, a desigualdade diminuirá muito.

Mas como a grande maioria acha isso (amar ao próximo como a si mesmo) uma utopia, a humanidade caminha para uma crescente desigualdade.

Anônimo disse...

Quanto mais pobre, maior a desigualdade. É verdade. Mas não é porque os ricos distribuem melhor a renda. Apenas são mais ricos, e por consequência tem menos pobres... Bingo!

Com relação ao comentário aí em cima, que diz que a solução para o mundo é o amor, ou "All you need is love", eu discordo. Infelizmente o mundo é mais complexo do que isto. Desculpe mas acho uma visão infantil, quase hippie da vida.
Segundo o crítico literário Edmund Wilson, a história é longo um processo onde as civilizações se devoram, criando e destruindo, em círculos, indo para lugar nenhum. Concordo.

Anônimo disse...

Quem tem as ferramentas para a diminuição das desigualdades é o governo. Uma cobrança mais justa dos impostos seria um bom começo. Assim funciona, por exemplo, nos países nórdicos.Se dependesse de boa vontade homens, eles não estariam como estão hoje.

Anônimo disse...

O anônimo citou o crítico literário Edmund Wilson "a história é longo um processo onde as civilizações se devoram, criando e destruindo, em círculos, indo para lugar nenhum".

Pois é, isso ocorre porque se os homens fossem capazes de amar ao próximo com a si mesmos, a constatação do citado crítico não ocorreria.

Mas é isso mesmo. O cara acha que amar ao próximo é uma infantilidade. É por essas e outras que o capitalismo leva a desigualdade mesmo, mas não por sua causa, mas por causa da atitude dos homens.

Te que ser o capitalismo mesmo!

O outro fala em cobrança justa de impostos. Ora, os políticos querem sempre mais e mais impostos, como se fossem donos da verdade. Imposto, o nome já diz, é uma coisa imposta, exigida à força. Isso não altera em nada o comportamento dos homens. Muito pelo contrário, quanto mais imposto, mais odioso passa a ser o ambiente das sociedades

Anônimo disse...

Caro Xará, Anônimo que ainda vive Woodstock:
Desconfio de quem acha que o mundo se resolve se parássemos de ser gananciosos. Me perdoe mas devo te perguntar se este amor incondicional que você prega tem lugar no seu exemplo diário? Espere um pouco e não responda. Você vai mentir.
E está na moda mentir e negar os pecados que nos explica como seres humanos...

Anônimo disse...

Ajo com os outros como gostaria que agissem comigo. Não uso de espertezas. Nunca passei ninguém para trás.
Acho que é o mínimo que se pode fazer.

Anônimo disse...

Ao anônimo das 02:05

O mal, do esperto, do malandro, do corrupto, é pensar que todos são iguais a eles.

Existem muitas pessoas sérias, éticas,apesar de termos pessoas, desonestas também.

Bens materiais são necessários,são meios, a ser alcançado. Mas, não devem ser só, finalidade, fim, objetivo, alego.

Anônimo disse...

Caríssimo Anônimo das 2h05min:

Tens um discurso virtuoso! Valores que chamamos hoje "do bem".
Contudo permita-me desconfiar deste seu moralismo autodeclarado. Na minha opinião, sua vocação para repressão e puritanismo, trai a sua face de inquisidor.
Em outras palavras: você não é o que diz ser. Quer acreditar que sim, mas não é.
Toda demonstração de virtude carrega consigo uma mentira, esteja certo. Leio nas suas linhas, apenas a boa e velha vaidade. Nada de novo.
Que Deus se apiede de nós e nos proteja de pessoas que se julgam retas.