domingo, novembro 17, 2013

Quem foi Pelinca?

O blogueiro já falou sobre o Padre Pelinca que dá nome a uma avenida que se transformou bairro na área urbana de Campos dos Goytacazes.

Uma boa parte das informações trazidas ao blog pelo Marcos Barbosa do Espírito Santo, eu não conhecia. Quando pesquisei sobre o ocupação urbana, o adensamento e a verticalização na área central de Campos e de forma mais especial da "região da Pelinca" (2004-2005) eu busquei as origens e a história de vida do Padre Pelinca. (Se desejar clique aqui e aqui leia dois artigos publicados em agosto/setembro de 2005) sobre o tema). Sete anos depois provocado para uma matéria da InterTV, em agosto de 2012, eu voltei ao tema arriscando mais alguns dados sobre o bairro. Se desejar ter acesso leia aqui.

Na ocasião eu descobri que ele havia morado numa chácara, que teria sido localizada onde hoje é o Centro de Compras da Pelinca, na esquina da Rua "dos Bondes" (Conselheiro José Fernandes com avenida Pelinca). Há quem afirme que a chácara teria sido localizado onde foi até poucos dias, o Posto Brasa, na esquina da Rua Mariano Brito com avenida Pelinca.

O padre Pelinca foi ainda o pároco responsável pela celebração do casamento do campista e ex-presidente da República, Nilo Peçanha (se não estou enganado na Outeiro da Glória, em sua fase já no Rio de Janeiro). Eu não tinha a informação trazida pelo Marcos de que o padre Pelinca que era de Natal no Rio Grande do Norte. Havia uma informação não confirmada que seria português.

Enfim, é como sempre digo, este blog é produzido a muitas mãos e cabeças é isto que faz com que ele sobreviva há quase uma década. Veja abaixo as valiosas informações do Marcos Barbosa:

"Caro Professor,
eu estava pesquisando sobre o significado da palavra Pelinca e descobri que é um sobre nome, achei algo interessante e estou lhe mandado:

3-1 – Cônego Luiz Ferreira Nobre Pelinca (Padre Doutor). Era natalense, o cônego Luiz Pelinca e o seu nascimento foi a 5 de junho de 1841. Batizado na Catedral de Freg. N.S. da Apresentação de Natal/RN. (L° de Batismo n°3, fl. 11 v n° 127,) Os estudos de primeiras letras foram feitos mesmo em Natal e o curso superior de Teologia foi no Seminário de Olinda e findo todo o curso recebeu a ordem sacra do diaconato em janeiro de 1863 e o presbiterato a 06.03.1864. Foi ordenado sacerdote, pelo bispo diocesano D João da Purificação Marques Perdigão. Regressando ao Rio Grande do Norte, foi para o Ceará-Mirim e aí esteve de 1864 até 66. Foi nesse período de 1864 a 65 um biênio, como Deputado da Assembléia Legislativa Provincial. Na Assembléia, o padre Luiz Pelinca, em 1865 deu o seu voto contra a criação da freguesia de São Rafael, alegando a pouca distância para o Açu e Santana, é favorável a criação da freguesia de Angicos e é pelo desmembramento do distrito de paz da Santa Cruz para ser anexada ao município de São José de Mipibu. Doutor em Cânones pela Faculdade de Sapiência de Roma onde formou-se em 06.03.1868 como aluno do Colégio Pio Latino Americano. Deixa o Rio Grande do Norte e fica em Olinda, sendo aí nomeado secretário do Bispo D. Frei Francisco Cardoso Ayres a 12.08.1868, ocupando esse lugar até 14 de junho de 1869. Vice-Reitor do Ginásio de Pernambuco 1870. Vigário de Nazaré da Mata, em Pernambuco, de 17.10.1870 a 14.12.1873. Em 04.11.1873 fora nomeado Vigário da Freguesia de N.S. do Rosário de Goiana, sendo dispensado da Vigaria de Nazareth. Foi transferido para o Rio de Janeiro. Pelinca proferiu a oração congratulatória de posse de D. Vital. Em 02.04.1876 tomou posse como Vigário da Matriz de São Salvador dos Campos dos Goitacazes tendo a seu cargo as Freguesias de São Benedito e Santa Rita da Lagoa de Cima. Exerceu o vicariato até 16/08/1895 quando se incompatibilizou com o Bispo D. Francisco do Rego Maia, pelo qual muito se esforçara para que fosse para Campos dos Goitacazes. Em Campos/RJ prestou serviços à S.C.M e deram seu nome a uma das vias públicas centrais. Era Cônego Honorário da Patriarcal de Jerusalém e ficou incardinado, no Bispado do Rio de Janeiro, desde 14.02.1896. Residia no Rio de Janeiro, por volta de 1914, na Rua Maia Lacerda, n° 31, no Bairro do Estácio.
Não se tem conhecimento, em que cargo se ocupou no Rio de Janeiro. Foi na sua permanência no Rio de Janeiro, que foi agraciado com o título de Cônego e no Rio terminou a sua vida, morrendo nessa grande metrópole, cuja data não é sabida.
In – Bezerra, Severino - Levitas do Senhor _________ 1985.
In – Pio, Fernando___________________________
(A.P.E. – Eclesiásticos 1873/1875)
Essa informação esta hospedada no site www.joaodorio.com

Agradeço pelo ótimo trabalho que você desenvolve,
Marcos Barbosa do Espírito Santo."

3 comentários:

Anônimo disse...

Interessante saber sobre detalhes da cidade de Campos!

Roberto Moraes disse...

SCM se refere à Santa Casa de Misericórdia.

Unknown disse...

Me chamo Wellington Pelinca do Amaral e meu avô também, Natalense, havia contado histórias desse parente ilustre.