sexta-feira, maio 08, 2015

Comentando o emprego no Brasil e no ERJ

O blog recebeu o comentário do professor Mauro Osório da UFRJ sobre o que apontam os dados do emprego, da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) divulgada ontem. Osório vem estudando o assunto. Em especial, analisa as possíveis formas de adensamento das cadeias produtivas presentes na Economia Fluminense. Abaixo o seu comentário:

"Emprego no Brasil e no ERJ"
"Hoje a imprensa divulgou o emprego através da PNAD contínua. De acordo com esses dados, a taxa de desemprego, entre o primeiro trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2015, aumentou de 7,2% para 7,9%.

A renda real apresentou resultado melhor, pois ficou estável na comparação entre os períodos citados e cresceu 0,8%, comparando o último trimestre de 2014 com o primeiro trimestre de 2015.

No estado do Rio de Janeiro, comparando o primeiro trimestre de 2014 com o de 2015, houve pequena queda de 6,7% para 6,6%. Trata-se de boa notícia, tendo em vista que a crise da Petrobras e a queda da receita de royalties afetaram fortemente o nosso estado.

Por outro lado, em termos de renda auferida pelo trabalho formal e informal, o Rio de Janeiro atualmente está apenas na 7ª posição, entre os estados brasileiros, tendo em vista que o interior fluminense puxa esse valor para baixo. Isso mostra que ainda é necessário trabalharmos por um maior adensamento produtivo no ERJ.

Vale observar que o Sul do país apresenta, no primeiro trimestre de 2015, a menor taxa de desocupação, 5,1%, e Santa Catarina registra o nível de desemprego mais baixo do país, 3,9%.

Os dados do Caged sobre emprego com carteira assinada também apontam, no primeiro trimestre de 2015, um crescimento no Sul do país de 80 mil empregos. Como a indústria de bens de consumo não durável costuma responder mais rápido à desvalorização cambial, tal crescimento pode já ser um efeito desse fato. Será interessante acompanhar os próximos meses."

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