quinta-feira, maio 14, 2015

Em plena crise de caixa do governo estadual e municípios petrorrentistas a economia no ERJ caminha

Já comentamos em nota aqui sobre a evolução positiva do emprego no estado do Rio de Janeiro, a despeito da crise. Aqui, na quarta-feira sobre a produção industrial. Agora, nesta quinta-feira, se tem a informação de que também no comércio, os índices são melhores que a média estadual.

Segundo o pesquisador Mauro Osório da UFRJ, o volume de vendas no ERJ cresceu em março de 2015, comparando com março de 2014, 4,2%. No Brasil houve uma pequena variação positiva de 0,4%.

No primeiro trimestre deste ano, comparando com o mesmo período de 2014, ocorreu um crescimento do volume de vendas no ERJ de 2,4% e no Brasil uma queda de 0,8%. Ao contrário do que mostra a mídia nacional.

Assim, se vê que a economia do estado do Rio de Janeiro, mesmo com os problemas da baixas receitas dos royalties, dos problemas na cadeia produtiva da Petrobras que tem sede na capital do estado, da desorganização da indústria naval que é dependente da demanda do setor de petróleo, tem sua grande base no estado, e está pendurada entre as empresas da Operação Lava Jato, a média de emprego no estado cresceu, a indústria cresceu a produção  crise

Diante desta realidade, e, considerando que o estado divulga que tem um déficit de caixa neste ano de R$ 13,5 bilhões (veja aqui matéria e entrevista do governador Pezão, hoje, no Valor); considerando ainda que o déficit por conta da queda de arrecadação com royalties e participação especial (PE) do petróleo é de cerca de R$ 4 bilhões, é possível deduzir que essa queda seria mais um problema de gestão das finanças do que a realidade do momento. Sua origem deve ter causas lá atrás.

As renúncias fiscais forma dadas em grande quantidade e chegaram a começar a ser revistas. Assim, foi o caso com a CSN (leia sobre o assunto esta nota do blog em 3 de maio de 2015). Porém, menos de uma semana depois da cobrança de R$ 800 milhões, o governador foi lá em Volta Redonda participar de uma reunião do conselho da empresa.

Enfim, é preciso ter cuidado com a enganação que se tenta fazer com a divulgação dos números e estatísticas. Não são poucas as vezes que, um olhar, apenas um pouco mais acurado ele mostra o que se tenta esconder.

PS.: Atualizado às 22:30: Para corrigir final do primeiro parágrafo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Professor como ficou a situação do plano diretor de SJB ? houve mudanças? No Açu temos a preocupação de ficarmos espremidos entre o parque que ninguém fala nada sobre e o famigerado complexo portuário.