quarta-feira, maio 27, 2015

IBP x Shell

Voltando às observações ligada à Economia do Petróleo e sua relação com a política parece ser interessante observar que na segunda-feira e ontem, tivéssemos visto duas posições antagônicas sobre uso e direitos das nações em gerirem e regularem suas reservas petrolíferas, encandeando-as com um projeto de industrialização.

Enquanto, o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) defendia mudanças e redução nas exigências da ANP para que as petrolíferas usem 60% de conteúdo nacional nos equipamentos, peças e serviços usados na exploração de petróleo no país, também na 2ª feira, a petrolífera anglo-holandesa Shell, através do seu presidente, disse exatamente o contrário que se deve defender o comprometimento com o conteúdo local e a busca de novos fornecedores no Brasil.

Interessante observar os propósitos de um e outro em suas retóricas. O IBP cada vez mais defendendo a dependência do Brasil à cadeia de serviços  e indústria petrolífera de fora do país, especialmente, as americanas.

E a Shell, mesmo que defendendo isto, especialmente, a compra do grupo britânico BP, e assim assumindo a segunda posição em produção de petróleo e gás no país, com meta de produzir 550 mil barris por dia em 2020, decidiu seguir e se aliar à Petrobras e ao Brasil para que seus objetivos possam ser alcançados.

Observando o geral, se percebe no interior deste processo disputas comerciais e capitalistas e interesses e articulações com o Poder. Tudo como parte da geopolítica da energia, do qual o Brasil é cada vez mais peça importante do tabuleiro mundial.

No meio deste processo está o Estado do Rio de Janeiro, base territorial mais significativa e sede de todas as quase petrolíferas instaladas no no Brasil. Seguimos conferindo!

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