terça-feira, setembro 29, 2015

Duas sobre exploração de petróleo: contra as versões, valem os fatos!

O tema sobre a exploração de petróleo em meio à "crise" do baixo preço do barril e da tentativa de avançarem sobre as nossas colossais reservas merecem duas breves considerações:

1) Shell depois de investir US$ 7 bi em atividades de exploração offshore, no Círculo Polar Ártico, na costa norte do Alaska desiste do projeto pelo qual sonhava ampliar com nova fronteira de exploração de petróleo, no mundo.

Imaginem se fosse a Petrobras.

De outro lado, a maioria sabe que recentemente a petrolífera anglo-holandesa, comprou a petrolífera britânica BG, por US$ 70 bilhões, basicamente pelos direitos de exploração que esta possuía nos campos do pré-sal brasileiro do qual é a maior operadora privada estrangeira atuando.

Enquanto isso avançam as pressões no Brasil contra a Petrobras e contra todos que a defendem.

2) Vejam no quadro abaixo a produção mundial por empresa petrolífera. Da lista das 21 maiores empresa produtivas, só 3 (em negrito, Esso, Chevron e Conoco Philips) são privadas. As dezoito restantes são estatais como a Petrobras. 

Aliás, da lista das dez maiores produtoras, só a Esso, em quarto, está presente. Enquanto isto, o senador José Serra e a mídia comercial quer fazer você crer que suas versões valem mais que estes fatos reais. 

10 comentários:

douglas da mata disse...

Sai mais barato para Shell "comprar" projetos de lei no Senado Brasileiro.

A conta é essa meu caro.

Com 7 bi de dólares, dá para bancar campanhas, e alimentar a mídia (quase na bacia das almas com a invasão da internet e grupos de TV a cabo, como FOX e etc).

Esse não é jogo para palermas entenderem, como os que costumeiramente andam por aqui, vomitando o que engolem na frente do TV-PIG.

Anônimo disse...

Seu texto está tão tendencioso que daria até a impressão de que a Shell pagou 70bi pela BG apenas pelos direitos de exploração do pré-sal Brasileiro.
Porque não explica aos nobres leitores como a Petrobras contrata e porque os aditivos de contrato estouraram em 10x o valor inicial? Exemplo, vamos falar sobre o Comperj, gostaria que indicasse aonde a Shell queima dinheiro em projetos intermináveis como os da Petrobras.

Roberto Moraes disse...

É evidente que quem lê e segue a mídia comercial vai julgar que qualquer questionamento diferente desta "cartilha" seria tendencioso.

A nota deixa claro que a Shell não pagou US$ 70 bi pelos campos da BG no Brasil e sim pelo total, mas, foi o CEO da Shell é quem disse que a decisão a favor da compra e o valor tinham como maior peso os ativos desta no Brasil.

Se não gostou do fato reclama com o presidente da Shell. Se o fato foi escondido de você pelas razões que já sabemos, pela mídia comercial, a posição tendenciosa não seria do blog.

É sempre a mesma cantilena que se vê nos colonistas da mídia comercial, os william Wack e Sardenberg.

douglas da mata disse...

É desse tipo de palerma que eu falava...é só jogar a isca e eles mordem...dá até pena! Você é cruel, caro amigo!

Anônimo disse...

Há uma presunção de superioridade moral nos comentaristas. Nada de novo no front inócuo que militam. Os sedizentes intelectuais julgam saber o que todos ignoram. Sabem até o que é melhor para todos nós, pobres idiotas que vivemos a vida comum.
Anhnn o orgulho...

ó a isca ó...

douglas da mata disse...

Presunção X fato:

Não há presunção, e sim certeza!

Ora, bolas, as mulas (sem cabeça), alimentadas pelo senso comum produzido nas pocilgas editoriais adotam táticas engraçadas!

Primeiro atacam o comentário (nesse caso o texto do post), utilizando-se da mesma empáfia que denunciam.

Quando são desnudadas em suas limitações intelectuais, correm e choram como vítimas!


É uma questão de ver a realidade ou imaginar uma realidade que não existe.

O Brasil está, com todos os problemas, em situação muito melhor que em 94 ou 2001.

A Petrobrás idem, apesar do ataque que vem sofrendo.

O jogo pela hegemonia econômica e geopolítica ditam boa parte dos nossos conflitos, mas os dementes enxergam tudo pelo filtro da "moralidade".

Eu vou desenhar:

Não há superioridade ou hierarquia intelectual, há interesses:

Fazemos (ou pelo menos eu faço) parte de uma concepção que enxerga os processos políticos e econômicos de forma sistêmica e não compartimentada, com o objetivo de buscar soluções coletivas e de interesse da maioria.

Os boçais defensores do liberalismo e do capital querem nos entulhar com a noção de que o melhor é a defesa da agenda do mercado.

É só olhar o que o "mercado" tem feito com o mundo ao longo da História!

Mas nada, continuam oscilando, ora atacam, ora posam de "pobres idiotas"...

Têm razão: burrice deste tamanho não se pesca com anzol e isca, mas com arpão e navio baleeiro.

Anônimo disse...

Roberto, tenho dúvidas se a empresa total é estatal.
você tem alguma fonte que possa esclarecer esta dúvida?

Roberto Moraes disse...

Sim, há sim este questionamento por conta de ser uma empresa de economia mista. Quem tem participação estatal francesa não há dúvidas. O questionamento é sobre o controle da empresa se ainda seria do governo ou controlada por empresas privadas depois que grupos belgas do setor se juntou à antiga estatal francesa CFP, antes dela alterar seu nome principal para Total.

Isto em nada altera a postagem porque ela é apenas a 13 petrolífera em produção mundial. Caso seu atual controle tenha passado para a iniciativa privada, ela seria a 4ª, na lista das 21 maiores petrolíferas em produção no mundo.

Anônimo disse...

A SHELL e BP não são estatais

Anônimo disse...

O mal não é ser estatal ou não. É o modelo de gestão.