terça-feira, dezembro 01, 2009

Um erro não justifica o outro!

O blog demorou a tecer comentários sobre o assunto, embora dede o início, mostrou-se descontente com as intenções anunciadas pela Prefeitura de Campos. A ideia era usar o tempo, algumas conversas com pessoas mais afeitas ao planejamento urbano para aí sim emitir algum comentário. Porém, juntando tudo isso, e mais, vendo o emaranhado da construção em andamento, o blog não tem mais porque não emitir sua opinião. Estou referindo à ocupação embaixo do Viaduto/ponte Rosinha para abrigar pontos de comércio, antes "ambulante" de alimento, ainda abrigado na calçada da avenida Alberto Torres, ao lado do terreno da Santa Casa, em área junto às praças São Salvador e Quatro Jornadas. O erro de se deixar evoluir a ocupação, inicalmente com barraquinhas, depois traillers e mais adiante, "bar com mesinhas" até na própria rua não deve ser repetido, tentando se consertar outro. Em qualquer lugar do Brasil e do mundo evita-se a ocupação embaixo de pontes e viadutos com moradores de rua, aqui, a prefeitura, a quem cabe regular e impedir tal ação, é quem está executando o absurdo. Espaços livres em calçada e embaixo destas obras, mesmo indevidamente colocadas, não são propícias para este tipo de ocupação. Melhor jardins, um pouco de estacionamento e outras utilizações seriam menos incompatíveis que o espalhamento de boxes para venda de alimentos. Até se for o caso, a aquisição ou aluguel de prédio para a locação do poder público para aqueles que ali "adquriram algum direito" - se é que isto possa ser considerado legal - seria menos oneroso urbanisticamente falando que a solução encontrada pela Prefeitura de Campos. Área do Jardim do Alah e outras também poderiam ser objetos de tal iniciativa, mas nunca a ocupação da área embaixo da ponte/viaduto. Quem ainda tiver alguma dúvida deste absurdo dê uma olhadinha, não apenas nas fotos detsa nota, mas, vá e veja ao vivo o que promete o futuro em termos de ocupação para aquele, que como espaço vazio, serve mais à população do que o adensamento e a "embolação" sem critérios. Não me venham com discurso de elitização ou algo do tipo. É o inverso. Se é para garantir algo prometido ou não em campanhas, melhor fazer coisas decentes e não estes verdadeiros boi-com-abóbora. Ainda há tempo de se evitar entulhar embaixo da Rosinha o que não se quer espalhado na calçada e na rua. Não troquem seis por meia dúzia. Não se cometa novo erro na vã esperança de corrigir os equívocos anteriores. Campos agradeceria!

19 comentários:

Anônimo disse...

Vai ser um tal de fazer um puxadinho, colocar uma cadeirinha...Bêbado se jogando sobre os carros, tumulto...Porque não "revitalizou" o Parque Alberto Sampaio???????????? Ah! Não foi da época de G. Viva Campos! Minha cidade, minha vergonha!
E o tempo vai passando...

evandro disse...

bom dia, professor e leitores.
Concordo com a abordagem, alertando para as seguintes situações:
1- o ambiente é inadequado, pelo ruído intenso na hora do rush, risco de atropelamento, antihigiênico pela quantidade de poeira levantada pelos carros na avenida e sobre a ponte.
2- os próprios comerciantes discordam do local, pois alegam que sua clientela vem do movimento do terminal urbano, pessoas que saem do trabalho, etc.
3- o principal, professor, é que a PMCG não tem que gastar o meu, o seu, o nosso $, para fazer nada disso para pessoas que violam o código de posturas e outros dispositivos legais, isso é uma inversão de valores, o Estado a serviço do infrator. Será que a cidade não tem outros problemas mais urgentes para tratar, como trânsito e transporte urbano ?

Smeagol disse...

Putz,

Liberou geral. Falar em código de postura nesta cidade é um factóide, não existe.
Já não bastam as praças já estarem tomadas pelos quiosques que vão só aumentando de tamanho. Quer um exemplo? Quiosque do General na pracinha do Santo Amaro. E com isso o que sobra na praça é algazarra, carros com som alto, bebedeira, uso de drogas, prostituição e por aí vai.
A praça deve ser local de lazer para crianças e adultos se exercitarem e não para malandros encherem a cara e ouvir pagode e funk no carro "possante" e rebaixado na altura que eles querem.
Vale tudo nesta cidade, só não vale cumprir as regras e as lei, pois estas não existem.

Com certeza aquela obra embaixo do viado(uto) da "Prosinha" vai render bons votos na próxima eleição.

Smeagol

agitadorcultural disse...

Esse é o preço que se paga quando coloca-se "qualquer um" para trabalhar na Prefeitura. Uma cidade com tantas faculdades (arquitetura, engenharia, psicologia, fisioterapia, informática, etc) não consegue enxergar que poderia usufruir destes espaços acadêmicos e de pensamento para planejar melhor a estrutura da cidade? E os custos de ouvir esses futuros profissionais que se debruçam dias e noites estudando e fazendo projetos quais seriam? Nenhum. Tenho certeza que os cursos de Arquitetura da cidade possuem várias ideias sobre novas formas de organização da cidade. Se não me engano a UCAM tem um Mestrado sobre Cidades também. Agora, porque pegar profissionais ruins ou atrasados para tomar a frente de tais obras ou planejamentos? O mesmo vale para a saúde. Impossível que os profissionais de saúde da cidade, principalmente do meio acadêmico, não tenham nada que contribuir com a sociedade. Ao contrário, coloca-se aqueles profissionais indicados, que não devem se atualizar há muito tempo. O papel da Universidade, antes de mais nada, é poder melhorar a sociedade em volta dela. Trazer contribuições, avanços e melhorias. Tenho certeza que se a Prefeituar procurasse esses espaços teria bons retornos! Mas todos nós sabemos que esse não é o interesse da prefeitura e muito menos de seus gestores.

felipe braz disse...

TEM COISAS QUE SÓ ACONTECEM EM CAMPOS MESMO... ABSURDO

Anônimo disse...

A pior das opções , foi justamente aque está sendo implantada pela PMCG.
Será que a prefeita e seu staff não enxergam bem ?
Minha cidade meu amor ?!
...desde quando ?.
Na verdade o objetivo maior das obras é tentar mostrar que se está fazendo "obras" pela cidade, ou seja o local ideal paras e fazer propaganda enganosa ( ideias do MS).

Ricardo disse...

Essa situação nobre professor, não teria que ser aprovada pela Câmara ?
Ou Dna. Rosinha deu um " jeitinho "
para tal...!

Anônimo disse...

Grande abordagem professor Roberto!
Parece até a parábula do "Rei nu", todo mundo que passa, observa aquele monstrengo sendo gerado e ninguém fala nada...até que um dia entra no Blog dop professor Roberto Morais e aí nos damos conta de que aquilo é um absurdo e que algo tem que ser feito para se evitar mais uma agressão a nossa cidade. Infelizmente temos mais um governo muito mal acessorado, pois não cabe só a prefeita ter que perceber tudo, pra isso pagamos fiscais de postura, arquitetos, secretaria de obras com varios profissionais do ramo.

Renato.

Anônimo disse...

É, revoltante, Prof. Roberto M.Como é que se concebe espaço para uso de comércio, embaixo da ponte que rasga a cidade?Já não chega o quadro horrível na entrada da Praça São Salvador, com aqueles quiosques , cadeiras e mesas pelo asfalto. A Prefeitura teria como socializar um espaço próprio para isso.Reveja, Sra. Prefeita , o uso inadequado dos espaços embaixo da ponte...Tem piedade dos campistas, já tão criticados pela opinião pública de Campos mesmo e arredores.O Setor de Código e Postura parece dormir à sombra da lua.

Claudio Kezen disse...

A instalação daqueles boxes horrendos e inviáveis é a prova cabal de que o planejamento urbano na nossa cidade é feito da forma mais oportunista e leviana possível.

Dessa vez eles se superaram em optar pela e favorecer a bandalha.

Sobrou um espaço? Enche de lanchonetes, bares e similares...

Cadê o CREA, a OAB/Campos?

O olho que tudo vê disse...

Roberto, Lastimável é a então prefeita estampar hoje, a olhos vistos, "Rosinha garotinho" na página oficial da prefeitura.

O interessante é que na época da campanha à prefeitura, a mesma não usava o nome "garotinho" junto a seu nome.

Marketing à parte, o que realmente interessa é que os dias de ouro do "Casal da Lapa", estão enterrados juntamente com sua incapacidade e ingerência administrativa, onde até agora, a prefeita, apresentou o "mais do mesmo".

Tenho dito!

Anônimo disse...

Professor, sua colocação é muito oportuna, uma vez que o poder público permite a baderna pros afilhados políticos e depois o problema passa ser da "´sociedade".
Onde está a fiscalização sanitária? onde está a higiene? Temos que acabar com essa baderna na nossa cidade, principalmente no centro da cidade.

Gustavo disse...

Olha professor, a ideia que tenho hoje dai de Campos, é um local onde vale tudo. Um lugar sem gente preparada para gerenciar e que insiste em "jerencia"..

O mais absurdo disso tudo, é que temos 2 universidades publicas e o IFF...porque a prefeitura não conversa com estas instituições?? Não sei quanto a UFF, mas na UENF, por exemplo, existe gente muito capacitada em Engenharia e existem boas linhas de pesquisa na área de transporte, problema cronico de Campos...

Enfim, esse ai é só mais um dos absurdos que se encontra por Campos..e quanto a isso, gostaria de saber também onde está o CREA, o qual contribuimos anualmente, neste momento...isso é um absurdo e fere tudo que se propoe como planejamento urbano..

Alias, essa ponte ja é um absurdo urbano..enquanto aqui no Rio elas são demolidas (a perimetral vai cair em breve) em Campos a prefeitura se orgulha de monstros como isso...

att

Renato disse...

Roberto,
essa "solução" é vergonhosa mas não é original,pois o nosso camelódromo nasceu exatamente desta forma.Pra tirar os ambulantes do Centro criou-se um mostro com dinheiro público que é um culto a ilegalidade(pois não se comercializa nada com notas ou garantia além da pirataria)e que agora não temos gestores com a coragem necessária para acabar com aquele mafuá e valorizar o verdadeiro mercado Municipal.
Um abraço.
Renato Gonçalves

fernando torres disse...

Roberto, afora a localização que É UMA VERGONHA!!!.Qual é o preço da obra?
Será uma BABILÔNIA!!!
Fernando Torres.

Anônimo disse...

Sra. Prefeita e seu assessoramento.
Expliquem para o campista a origem, o objetivo e o resultado do slogan: "Minha cidade, meu amor".
Abram os olhos. Será que não são incomodados com o terrível visual que a área vai sofrer? Há mestrado por aqui ,cujo objetivo maior é Gestão de Cidades. Será que ninguém se habilita a conversar com os setores competentes para remover a infeliz idéia de colocar "comércio" embaixo da ponte Rosinha.Será?

Anônimo disse...

"Minha cidade meu amor ?!
...desde quando ?".CONCORDO.
“Vai ser um tal de fazer um puxadinho, colocar uma cadeirinha...Bêbado se jogando sobre os carros, tumulto...Porque não "revitalizou" o Parque Alberto Sampaio???????????? ".DÁ PARA Ñ CONCORDAR?
EZ

Celio M Gomes disse...

Nobre Professor este viaduto sempre da o que falar, por favor preste atenção no que vou postar, esta obra do Viaduto ja é uma obra ilegal, motivo foi construída em uma area margeando um valão, todo obra tem que respeitar um limite de 50 metros da margem, outra coisa escandalosa foi uma empresa que fez uma "revisão" na estrutura no ultimo més, segundo sei a obra ficou por r$ 150,000,00, agora pergunto obras publicas não tem uma garantia de 5 anos?

Anônimo disse...

Tão desagradável de se apreciar, minha gente!!! Debaixo da ponte, aqueles "quiosques" convidadativos e induzindo um visual tão deselegante. Que pena!
Secretaria de Obras, Código e Postura , entidades representativas, ninguém está sendo capaz de observar tamanho absurdo.Passei lá..., observei tanto e não tenho como fazer nada...