sábado, março 05, 2011

“Samba para existir precisa da imperfeição humana”

A pérola é do músico Henrique Cazes no artigo “Muito bloco, pouco samba” publicado neste sábado de Carnaval em O Globo: “Essa polirritmia contaminada de alguma imprecisão é o que dá o balanço, algo que não se pode reproduzir matematicamente, como comprova o ritmo de samba programado de um teclado ou bateria eletrônica. Não funciona. Samba é algo que para exisitir precisa da imperfeição humana”. “... Não sou tradicionalista nem contra experiências, como prova minha militância artística. O que me preocupa é que daqui a alguns anos talvez não se perceba mais o balanço de uma boa batucada e o samba acabe, ele próprio, ruim da cabeça ou doente do pé”.

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