sexta-feira, outubro 25, 2013

Incêndio & prevenção

O blogueiro esteve fora da cidade nestes dias em que dois incêndios em lojas de móveis num espaço de tempo inferior a 24 horas espantou a comunidade. Há que se lamentar os prejuízos materiais e agradecer pela feliz inexistência de vítimas.

Posto isto, há que se avançar em questões simples, mesmo que após a "porta arrombada": a prevenção. Incêndios são acidentes e ao contrário do que às vezes se fala, são todos, repito, todos, por princípio evitáveis, mesmo que suas causas sejam as menos prováveis. Porém, em prevenção elas devem ser levantadas como hipótese para que sejam devidamente prevenidas.

Assim, locais de armazenamento de produtos de fácil combustão como madeira, espuma e papel devem ter cuidados redobrados com fontes de calor e energia elétrica. Ainda mais, nesta época do ano, que mesmo que ainda na primavera, mas com o calor já forte, as ocorrências tendem a se ampliar.

Redes elétricas sobrecarregadas por uso de equipamentos elétricos em maior quantidade e que demandam correntes elétricas maiores que as capacidades dos cabos tendem a produzir aquecimento, calor e servem de ignição que para se propagar passa a ser quase que um mero detalhe.

Observando as notas e imagens nos blogs da região se viu que os estragos foram grandes, quase totais, o que demonstra que os riscos seja de armazenamento, de instalações e/ou procedimentos eram potencialmente significativos.

A localização dos extintores que só servem para apagar início de incêndio, mais cuidado e dispersão das cargas inflamáveis armazenadas são coadjuvantes incendiários. De longe e sem conhecer os locais dos dois , há que se identificar semelhanças e diferenças entre os dois casos.

A maior semelhança e difícil coincidência (que reforça a tese de que causas são sempre preveníveis) é se tratar de casas de móveis. A maior diferença é o fato de que o primeiro caso foi à noite com temperatura mais amena, com loja fechada, menor uso de energia elétrica e com impossível primeiro combate com o uso de extintores, pela inexistência de gente no local.

Neste sentido, volto a repetir, sem conhecer diretamente os casos, o segundo incêndio, durante o dia e com pessoas no local, que felizmente não foram atingidas, acaba por se constituir em diferenças, que mostram que as causas podem ir para além das semelhanças.

Outro mito que precisa ser literalmente "apagado" do sendo comum, para além deste de que acidentes acontecem, é o de que o seguro paga. Só que quem paga o seguro somos todo nós que seguramos nossas propriedades e vidas. Assim, se o seguro paga, nós é que pagamos. Desta forma, pagaremos sempre um pouco mais nos prêmios dos seguros, enquanto os acidentes de qualquer tipo continuem a "acontecer" nas mais diversas atividades humanas.

Abaixo o blog reproduz, um dos dois vídeos mandados pelo leitor-colaborador Admardo Augusto de Azevedo Silva, mostrando, o primeiro incêndio, na terça-feira à noite e que foi enviado como colaboração no dia seguinte ao fato.

Por problemas de tempo deste blogueiro e do entendimento que tinha da necessidade de aprofundar um pouco mais o assunto do que apenas divulgar imagens, só agora estou expondo o vídeo que mostra a proporção e o riscos que os incêndios trazem às propriedades e pessoas.

Assim, a solidariedade aos comerciantes atingidos e repito a justa comemoração pela inexistência de vítimas, não devem reduzir as necessidades de prevenção, tal qual refletimos de forma mais incisiva, desde o incêndio da Boite Kiss no Rio Grande do Sul.


PS.: Atualizado às 09:56: Para corrigir concordância verbal "incendiária" no último parágrafo.

3 comentários:

Anônimo disse...

A Catedral aparace na imagem. É para escolher o caminho? O inferno ou a igreja?

Anônimo disse...

A coisa foi feia mesmo

Anônimo disse...

Desse jeito as seguradoras vão começar a se recusar a segurar imóveis em Campos