sábado, abril 19, 2008

Chega de palhaçada!

O convite esta lá no blog Urgente. Precisamos amplificá-lo nesta cidade onde as manifestações cidadãs acabou quase sucubindo, diante daquelas que na verdade expõe mais interesses individuais que coletivos:

“Blogueiros, artistas, jornalistas, estudantes, professores e vários outros cidadãos indignados, de qualquer categoria profissional, vão realizar no próximo sábado, 26, às 10h, uma manifestação popular no Calçadão de Campos, com concentração no Largo da Imprensa, para mostrar que nem todo campista está inerte diante do descalabro político que se abateu sobre a cidade”.

"É uma chance de mostrar que ainda existe cidadania em Campos. Uma oportunidade de gritar um “Chega de Palhaçada!”, e convidar os campistas de bem a pressionarem por algo de novo na política.”A iniciativa não tem qualquer relação com partidos ou entidades, e pretende apenas ser um gesto espontâneo de indignação”.”A sugestão é a de que cada um se vista de preto e utilize nariz e peruca de palhaço. Mas cada um pode e deve participar do jeito que quiser. E levar câmeras digitais para fazer a cobertura alternativa e publicar nos blogs, fotologs e portais de vídeo. Apitos também são bem-vindos”.

“Espalhe esta convocação por todos os meios que estiver ao seu alcance e participe. Vamos mostrar que não estamos condenados a manter este cenário sombrio que se formou na cidade”.
Vamos lá gente, a indignação e a reação cidadã aos descalabros que vemos em nossa cidade, mais que nunca é necessária. A sua participação é indispensável. Você escolhe a forma, desde que cheguemos junto da idéia de que ninguém aguenta mais, esta palhaçada dos dois grupos de uma mesma forma de fazer política: chega de palhaçada!

13 comentários:

Anônimo disse...

Caros colegas esta é uma boa oportunidade para analisar o papel do jornal campista que nasceu à sombra do poder, com o então prefeito Raul Linhares, consolidou-se com o oligarca Zezé Barbosa, aderiu no período Garotinho, mandou e desmandou nos períodos Sérgio Mendes/Arnaldo/Mocaiber e agora se consolida como representante dos interêsses mais atrasados e conservadores da cidade. Até alguns intelectuais que tinham espaço no jornal (como diria o sociólogo Francisco de Oliveira, dando ares liberais à FM como a cereja, apenas enfeita o bolo)já foram enchotados diante dos novos tempos de guerra.O outro lado, cumpre um papel de expectativa de poder e exagera nas tintas, sem contudo deixar de noticiar uma boa parte da bandalheira. Issso tudo nos serve ensinamento. A história vai cobrar o comportamento de cada um, neste episódio impar que vive Campos. Caminhemos.

Anônimo disse...

Enquanto isso tem gente mofando la em Bangu!!!!
Vai mais gente pra jaula hein!!!!
Abraço.

Escriba Confesso disse...

Roberto,
Eu não gosto do termo palhaçada.
É elitista e arrogante.
Agride uma das figuas mais interessantes que temos no imaginário popular, o palhaço.
O palhaço é uma espécie de proletário da arte.
Não entendo como um movimento que se pretende "politicamente correto" começar tão mal, com um título tão infeliz.
Ando ultimamente em defesa da memória dos índios Goitacás e da imagem do palhaço.
Poder-se-ia pensar um título menos preconceituoso para esse movimento.
Só falta as pessoas irem pra concentração com nariz vermelho.
Esse estreótipo ridículo que violenta a figura do palhaço que a pequena burguesia perpetua se achando o máximo.
Um abraço,
Helinho.

xacal disse...

Caro Helinho,

Toda escolha é um arbítrio, e não há como deixar de associar certas práticas ao imaginário que já temos construído...

Até porque há péssimos palhaços, e a maioria das cirnaças morrem de medo deles, por sua aparência grotesca e ameaçadora...

Não foi o meu caso...veja bem..hehehe...

Os palhaços herdam a tradição dos bobos da corte, que viviam para divertir nobres, enquanto a plebe se ferrava...

Na verdade, nós somos os palhaços...chega de palhaçada é um grito para nós, que pagamos para essa corja fazer seu espetáculo de horror...
É verdade que alguns contestavam, com ironia ácida esses privilégios, mas não sobreviveram para continuar....

Relaxe, o que nos disntingue como humanos é a capacidae de rir de nós mesmos, palhaços ou não...

Em tempo, acredito que vc não gostaria de expor sua pele branca no caldeirão antropofágico dos goitacás...

Respeito a tradição cultural deles, mas, sinceramente, prefiro outras "carnes"...

Escriba Confesso disse...

Caro Xacal,
Compreendo, em parte, a sua explicação sobre o papel do bobo da corte e do palhaço como uma forma de autocrítica e até, quem sabe, uma espécie de catarse nossa.
Mas continuo achando que o que se tem feito nesta cidade é muito mais que uma palhaçada, muito mais grave e criminoso. Por outro lado sei também que os palhaços não merecem essa comparação infeliz, mesmo os incompetentes e “espanta nenéns”.
Relaxemos, porém. Foi só uma crítica, uma modesta tentativa de dar um toque de lucidez nessa peleja, não tinha a pretensão de mudar os rumos do movimento.
Sobre os Goitacás aí mora uma série de equívocos.
Segundo Alberto Ribeiro Lamego eles não eram ferozes nem antropófagos como os descendentes dos 7 Capitães, que os exterminaram, contam até hoje. A minha teoria é que a fama de antropófagos ferozes é a justificativa para o extermínio, já que é extremamente vergonhoso Benta Pereira e sequazes levarem o estigma de genocidas.
Lembra o que essa gente dizia na década de 60, 70 e até bem recente dos comunistas?
Imagina: daqui a um século ou mais, dependendo dos fatos e dos narradores, Rosinha Garotinho, que pode ser eleita este ano, ser tratada como a nova heroína campista, uma espécie de Benta Pereira pós-moderna. Haja estômago!
Em “O Homem e o Brejo” Lamego, o filho, narra perfeitamente os motivos que fizeram os índios escorraçarem Pero e Gil de Góes daqui. E digo que se foi verdade o que conta o livro os índios fizeram foi pouco.
Não acho o Lamego dono da verdade, mas acho que é um contraponto pra, no mínimo, diluir essa versão uníssona que divulgamos dos índios.
Quanto à minha pele branca cozinhar no caldeirão eu diria que faz parte do jogo. Eu venho pra cá, tomo a terra deles e quero ser tratado com pompas e circunstâncias? Matar a nós era o mínimo que eles deviam ter feito, mas ao invés disso foram dizimados.
No mais, além do que já li, um historiador me garantiu recentemente que a antropofagia era um ritual, de fato. Que só eram devorados guerreiros considerados de valor.
Eu não me sinto em tão alta conta. Acho que, depois de morto, seria comida de urubu mesmo.
Finalmente, concordando com você, há por aí carnes bem mais interessantes e, quiçá, menos indigestas que a minha.
Um abraço,
Helinho.

Escriba Confesso disse...
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Anônimo disse...

Acho a idéia de uma manifestação muito boa e em boa hora, mas faço aqui um questionamento, sábado às 10:00 não seria um horário inapropriado? Talvez seria melhor em um dia útil, como na quinta, assim os populares e transeuntes poderiam ver ao vivo e aderir ao movimento, aumentando a repercussão do ato.

ruivo disse...

se for uma manifestaçao inteiramente imparcial, eu irei!
mas se for um manifesto contra um e pró a outro eu ficarei em casa ouvindo pelo radio.

Bruno Lindolfo disse...

Em princípio é apartidária, Mateus, mas é inevitável o "ajuntamento" de pessoas de de ambos os grupos.

Manoel Caetano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Manoel Caetano disse...

Ainda na questão da polêmica em torno do nome do movimento gostaria de dizer que compreendo o ponto de vista do Hélio quanto a necessária preservação da figura do palhaço, aquele que nos alegra nos circos aí afora.

Mas, por outro lado, não podemos negar que o termo "palhaço" ganhou novas conotações que, a despeito do juízo que possamos fazer a respeito da intencionalidade implícita nestas novas significações, estão plenamente constituidas no conjunto da sociedade.

Assim, acredito que o máximo que podemos fazer é promover uma clara e nítida separação entre uma coisa e outra. Não podemos é transferir os aspectos pejorativos, socialmente imputados ao termo, para o nosso querido e legítimo palhaço, sinônimo da mais pura e ingênua alegria. Palhaço esse que precisa ser mais valorizado pelo seu importante legado.

Em suma, em que pese a importância da observação do Hélio, o mais importante agora é mantermos o foco nas novas possibilidades que a iniciativa pode gerar. Espero que este movimento, independente do nome que adote, represente a gênese de algo novo para a Cidade de Campos.

NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR!!!

Anônimo disse...

Professor Helinho, o circo pegando fogo e você aí de palhaçada? Rs...

Escriba Confesso disse...

Meu prezado César.
Quando o circo pega fogo alguém tem que vir em defesa da palhaçada.
E é por ela que estou aqui.
O meu lema seria: "chega de ladroagem", "chega de safadeza", "chega de bandidagem", "chega de pilantragem", "chega de tramóia", etc.
A cidade sendo pilhada e agente amenizando nos adjetivos?
Um abraço,
Helinho.
P.S.: As fotos do seu blog são de responsa!