quinta-feira, abril 10, 2008

Duas boas análises e opiniões sobre a conjuntura local

Uma do jornalista Paulo Renato Porto no jornal O Diário, na edição de hoje. O blog reproduz os quatro últimos parágrafos imaginando que os seus superiores, não devem comungar desta mesma opinião. Se desejar ler na íntegra clique aqui e vá à seção de opinião. A segunda é do Xacal que analisa com propriedade, o que deve estar sendo o dilema do prefeito interino, Roberto Henriques. O blog reproduz na íntegra logo abaixo: “Pensava mesmo eu em não mais tratar desse assunto, que deveria, sim, ocupar o submundo das páginas policiais. Causa mesmo asco ter que descer ao nível da sarjeta para chafurdar nesse pântano onde pululam personagens tão grotescos e escatológicos”. "Omitir-me, entretanto, seria compactuar com os que insistem em afrontar o povo trabalhador desta cidade; os que se submetem às filas e o mau atendimento nos hospitais; os que não tem perspectivas, emprego, casa para morar ou mesmo três refeições ao dia”. "Campos não merece. Mas é hora do campista reagir a esse insulto. A sociedade campista não pode ser vista como uma platéia de idiotas que paga para assistir esse espetáculo infame. Campos não pode continuar passando essa imagem de ser um valhacouto de delinqüentes que só pensa em enriquecer roubando os cofres da prefeitura rica. Sua maioria é feita de gente séria e trabalhadora, que dá duro e tira seu sustento honestamente no dia-a-dia”. "Todavia, os fracassos e infortúnios não são totalmente destituídos de aspectos positivos. Eles nos ensinam que às vezes é preciso chegar ao fundo do poço da degradação moral para se dar a volta por cima. Na história da Humanidade, civilizações marcantes se serviram de lições cruciais em suas desditas para encontrar o caminho da reconstrução”. A análise do Xacal em “A escolha de Sophia, ou o dilema de RH...” "O prefeito em exercício RH atravessa um dilema crucial para sua carreira política, e pior, como campista e cidadão... Como mandatário da cidade deseja a possibilidade de se reeleger, e mesmo diante de uma crise institucional, deseja criar um ambiente de superação e estabelecer um diálogo político com a sociedade de Campos dos G. De um lado tem a pressão de seu "chefe" que controla a máquina partidária, e que diz deter cerca de 100 mil votos cativos na cidade... Como se não bastasse, seu chefe ocupa a tribuna radiofônica, somada a um complexo de comunicações, sobre os quais manipula ao sabor de seus interesses... Em um jogo diabólico, seu "chefe" lhe acena com os votos e um "decisivo" apoio, porém, lhe ameaça com a "degola" política caso RH não cumpra o roteiro traçado para recolocar o "chefe" no mapa político estadual e nacional, de onde foi alijado e espremido não só pela ausência de mandato e da "caneta"...mas também pela sua incapacidade de construir convivência e cumprir acordos... Do outro lado, está a sociedade e a cidade, que espera de seu prefeito um comportamento independente, uma estatura política à altura de que o momento exige... RH sabe que a coisa certa a fazer é catalisar os mais diversos setores da sociedade para superar a crise que se instalou, tanto política, moral, ética...e como se não bastasse epidemiológica... RH ao tentar manter a demissionária Secretária de Saúde, Dra Carmen Célia, aponta que o pêndulo de suas razões começa a escolher o sacrifício no altar radiofônico da Inquisição garotesca, em benefício da população e do município... RH já percebeu que sua condição de candidato a prefeito pelo grupo que se diz seu aliado não é muito provável... E mais grave, suas condições de operar nesse cenário, ainda que detenha o mandato popular, são reduzidas, ou seja, sua opinião vai pesar muito pouco, ou nada...Como se diz: "primeiro a apanhar, e o último a falar"... O rompimento não é uma tarefa fácil, pois teria que renunciar a uma tentativa, mesmo que distante, de concorrer ao pleito... Junto com suas crenças políticas estão os desejos pessoais de realizar o sonho desfigurado e adiado do MUDA CAMPOS"... Talvez imagine contar com o apoio do chefe para tentar um rompimento posterior... É um cálculo arriscado, e não condizente com a tradição que RH diz prezar de cumprir tratados políticos.. RH sabe o que tem que fazer...sabe o que é certo...sabe que ambos os caminhos são dolorosos, mas chegou a hora de "expulsar os vendilhões do templo"... Amar Campos dos G., ou manter a fé no projeto político alheio...? Cabeça de mosquito, ou rabo de elefante...?"

2 comentários:

Anônimo disse...

Roberto, a substituição da secretária Carmen Célia e equipe(ótima, por sinal - a equipe, claro) manteve o nível:
Secretário de Saúde: José Manuel Correa Moreira e sub -: José Carlos Stodutto.
Ótimas escolhas. Agora, vamos trablhar.
Abraços
Carlos Bacelar

Anônimo disse...

O Muda Campos em 1989 levantou a auto-estima de Campos. O grupo mais forte na área popular (leia-se Garotinho) precisa se reciclar, remontar a estratégia de desenvolvimento para Campos e trazer para dentro do setor público o que a cidade tem de melhor que o capital humano formado por este importante pólo educacional construído à duras penas.