Sacode no MPE

No caso da confirmação da competência exclusiva da Justiça Estadual para julgar esta questão, o referido processo passaria a suscitar, uma nova dúvida do cidadão: por que o foro adequado, que então seria da Justiça Estadual, até hoje não ter sido provocada? Por que o Ministério Público Estadual continua inerte, como se nada disso do que está acontecendo fosse de sua responsabilidade? No final do caso, Mocaiber retorna ou retornará, não por presunção da inocência, e sim, por mera formalidade jurídica que o beneficia, em detrimento das desconfianças que possa haver dos cidadãos a quem deveria representar. Numa análise fria da questão, é difícil acreditar que tanto o MPF, quanto a Justiça Federal não tenham considerado a hipótese do questionamento da competência, tanto na petição por parte do MPF, quanto na decisão por parte do magistrado federal. Neste caso, ficaria evidente, nas entrelinhas, que a intenção do MPF era a de dar uma sacudida na inércia no Ministério Público Estadual, sobre a qual a sociedade deveria refletir e pressionar. Afinal, o MPE existe para defender a sociedade, o que parece não estar acontecendo.