Uma única reserva?

Um dos argumentos que os defensores da mudança dos rateios estão, ainda subliminarmente colocando, é que os megacampos das jazidas recém-descobertas e ainda não completamente avaliadas, em termos de volume de óleo, é que ela se constituiria em apenas uma reserva, não divididas em campos. A reserva da camada de pré-sal que se estenderia do litoral do estado de Santa Catarina ao norte do Espírito Santo, no entendimento deles, não seria contemplada pela legislação atual que se baseia em campos petrolíferos que recebiam, até pouco tempo na Bacia de Campos, o nome de peixes. Os campos como o de Marlim, Albacora, Namorado, etc. são independentes e explorados por um quantitativo de poços. Tentando explicar usando o mínimo de argumentos técnicos comentados na audiência da CAE pelo diretor de EP da Petrobras, Guilherme Estrela, é que a camada de pré-sal seria isolante e não impermeável e que por isso conteria o óleo em um reservatório que muito provavelmente poderia ser único. Na verdade, técnicos e políticos mais hábeis e eficientes, nesta luta por recursos vão cada um se municiando de informações e pareceres que possam ajudar nas suas argumentações. Fora disso vira gritaria que tenta argumentar pura e simplesmente que se trata de um direito adquirido.