sábado, junho 09, 2012

A prosa poética de Dedé

Por e-mail o blog recebeu e publica o texto abaixo do sempre irrequuieto Dedé Muylaert:

“Roberto, meu companheiro, me perdoe este meu total destabacoamento, essa minha total incapacidade de ver a realidade como a coisa que ela é, e não a viagem alucinada em que a transformo. Eu namoro a alucinação desde que nasci e com 24 horas de vida uma mulher entrou em meu quarto e me pegou no colo pondo minha mãe a berrar e encher o quarto de enfermeiras e médicos pelos quais a mulher passou e ninguém a viu.

Perdoa esse meu jeito arrogante, desbocado, briguento, marrento pá caralho que critica à tudo, não aceita nada estabelecido, tira a tudo e à todos e não põe nada no lugar, a não ser amor. Critico porque amo. Desço a lenha no que me incomoda e meu incomodo é a minha melhor mais pura forma de amar (Cuidado com meus elogios...com minha pura educação...são abstrações).

Sou um perdido, um Carlitos com botinhas em pés trocados!

Procuro O livro, A música, O filme, A peça, A paisagem, O par de olhos, O afago, A Comunhão, O Sorriso que só existem nesse meu nível de consciência alterada, diferente, que habito.

Me perdoe não entendo você(s), definitivamente não entendo você(s). Não entendo a paisagem de minha janela, a planície que me rodeia.

Há mais de 30 anos sentei o menino que trago em mim à beira mar e lá ele está olhando o rastro que a Lua desenha no tez da Grande Calunga à espera que a Sereia Maior (Minha Mãe) me traga pelas mãos ela (s) – a minha doce menina –mulher-flor; a minha alucinação definitiva ; a vida que me resta viver. 

Eu sou o resto.

Cazuza produziu a mais bela, profunda , filosófica e genial frase que ouvi em minha vida. Discutindo com o pai ele disse (me definindo. Isso mesmo, ele me definiu sem me conhecer, ou me conhecendo muito, sei lá) : existe o certo, o errado e todo o resto!

Certo e errado são convenções que se confirmam com meia dúzia de atitudes, né? Certo é ser gentil, respeitar os mais velhos, seguir dieta balanceada, assumir o tempo cronológico (como vou provar que minha alma fez 17 anos recentemente), dormir oito horas por noite, lembrar datas importantes, trabalhar, estudar, casar, ter filhos. Certo é morrer bem velho e com o dever cumprido. Errado é dar calote, ser marrento, indelicado, arrogante, repetir o ano, escrever o que não querem, pensar, beber demais, fumar demais, dar doizinho, não programar um futuro decente, dar saltos sem rede. Certo?

Todo mundo de acordo. Mas a VIDA não é feita de teorias, embora a frase do Cazuza seja uma Vida inteira e plena. Mas falta o resto. Tudo aquilo que não consigo verbalizar de tão intenso. Desejos, impulsos, fantasias, emoções, mana alucinação. Porra, meia dúzia de normas preestabelecidas não dão conta de meu recado de viver. Impossível, para mim, enquadrar o que lateja, o que arde, o que berra dentro de mim.
Ponderação Antonio José, ponderação, sussurram em meus ouvidos um bando de ex-atuais-mulheres. Sempre elas......

.A escritora francesa Yasmina Reza traduz para mim : “Quando deixamos de ser jovens trocamos  paixão por ponderação”. E não alivia : “Isso é um crime”. Santa Reza!

Eu pondero, tu ponderas, nós ponderamos senão cria um puta mal estar e tumultua a lição de casa. Tem de ser pela cartilha. Pânico geral em mim. Olha só, há alguma coisa de maluquice diabólica em quem jamais foge ao asfalto, jamais improvisa um outro caminho. Há algo de muito estranho em quem aceita  ficar refém de tudo que construiu. Fico assanhado, de tanto medo, quando me deparo com quem é tão controlado, tão obediente, tão certo das coisas, tão cú de ferro. Puta que os pariu, uma pessoa capaz de uma atrocidade dessas consigo própria é capaz de coisa muito pior. Tenho muito medo, muito.

Eu sou o resto. Sou maduro e infantil ao mesmo tempo, por detrás desse aparente auto-controle há um desespero e uma solidão infernais. Possuo criatividades suspeitíssimas : invento músicas, amores e problemas, sou fera em criar becos sem saída, e sou curioso pa caralho, quero espiar pelo buraco da fechadura do Deus do Mundo pra descobrir o que não me contaram.

Você me diz que o amor é certo e o ódio errado, e o resto? Eu. Uma montanha de outros sentimentos, uma putassa de uma solidão acompanhada, muita confusão, desassossego, saudades cortantes, necessidade de afeto e umas certas urgências sexuais que nem te conto. E tudo isso não se adapta  às regras da ponderação e do bom senso. Sou torto. Te desafio. Abra suas gavetas que lá há bilhetes secretos que contariam outra versão dessa porra dessa história que vocês me contam.

Todo o resto me assombra. São as escolhas que não fiz, os beijos que não dei., as decisões que tomei não tomando, os mandamentos que obedeci cegamente. Sou um filho da puta – a troco de que fui tão bonzinho?
Há o certo, o errado e o que me dá medo, me atrai, me sufoca, me entorpece. Não sei lidar com as pessoas. Não aceito que as mulheres de minha vida, todas elas, se casassem com outros. 

É certo ser magro, gostoso, bonito, rico, educado, obediente, pensar corretamente, não voar, é errado ser gordo, feio, pobre, burro, analfabeto, galinha. È errado viver sorrindo. E todo o resto? Heim? Me diz, porra? E todo o resto que nada tem a ver com esses reducionismos: é minha fome por idéias novas e inconcebíveis, é meu rosto – olha pra ele agora, vamos olhaaaaa – vê minhas cicatrizes de estimação, minha dor, meus erros, minha procissão de desilusões passando diante de minhas retinas que se abalam no vão do pingente suicida e à minha mão? Você vê isso quando lembra meus olhos? Então você não me conhece. Eu sou o resto. 

E todo o resto é muito vasto, muito mais vasto que o que me rodeia. É minha porralouquice, minha ausência de certezas, meu silêncio (você escutou o meu silêncio?), minha pureza, minha inocência que se mantém vivas dentro de mim, mas que ninguém...ninguém percebe, só porque acham que eu cresci. Mermão, a maturidade é um álibi frágil demais pra você. Ela te dá a ilusão que você sabe direitinho o que fazer, mas você... é, você mesmo, entende muito pouco das engrenagens do lado escuro da Lua, então você não sabe nada.

Eu sou o resto, me perdoe, mas sou sim...o resto!

E o resto é tudo aquilo que você não aplaude nem vaia. Porque você não vê.

Delirante? NÃO! Apenas o resto, apenas o resto, é o que sou!

                        CRUZ CREDO
não sou um cruzado
me falta a capa
a espada
o cavalo
e a cruz

mas creia
sou o último
fodedor
a perseguir
o rabo
da LUZ!

Antonio José Muylaert Batista
(Dedé).”

21 comentários:

Anônimo disse...

¨Qdo eu nasci, um anjo torto,
desses que vivem na sombra disse:
Vai Carlos!ser gauche na vida...
eu não devia dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam agente COMOVIDO como o diabo¨

O mundo está carecendo de ¨gauches¨!

Anônimo disse...

Eu também sou o resto!
Lendo o texto do jornalista,poeta e multifacetado radical Dedé Muylaert,levei um soco no estômago.Parei e fiz uma viagem dentro de mim,de minhas certezas(que deveriam ser incertas...).
O texto é tão sutil,belo e profundo que o espalhei em minhas reflexões e atitudes diárias.Penso: não devemos ser apenas à rive droit ou à rive gauche,lembremos que há um rio em seu meio e este é a avalanche caudalosa de nossos gritos e silêncios,de nossos ataques e imobilismos,mas, concretamente,este é um rio que contém todas nossas reflexões,que como a água em movimento deve seguir em frente,sem medos e sem cuidados, para sermos apenas genuínos.
Seremos um mundo melhor quando conseguirmos entender que a Comunhão habita o lado escuro e claro do Universo.
Talvez a maior reflexão causada em mim, foi a de confirmar que a vida é composta de Dualidades(a luz está na escuridão,assim como,a escuridão está na luz), e não de Dualismos.
Fica o meu convite, o mesmo que o Anjo Torto soprou no ouvido de Drummond:" Vamos,cara, ser gauche na vida"
Rosa de Luxemburgo( O Resto!)

Anônimo disse...

É,foi e será.
Sempre, sempre muito bom ler Dedé.

Anônimo disse...

esse mesmo texto já foi utilizado em pós graduação para gazetear atividades acadêmicas

Anônimo disse...

Ao anônimo das 12:38 PM.
Cara,hilário seu comentário.
Você estava habitando os mesmos bancos acadêmicos que eu?
Acho que gazetear é singelo para uma mente singela como a sua.
Viva a nós Restos.
Viva aos que fazem diferença!
Dedé você é DEMAIS.
" A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original"
ALBERT EINSTEIN
de ROSA DE lUXEMBURGO

Anônimo disse...

Cara, você ou é babaca mesmo ou analfabeto. O texto feito para a prova da professora Analice sobre o filme "Sobre coisa sujas e belas" é muito mais amplo que esse, tem outro enfoque e propõe outro conteúdo. Se algo nele me inspirou,já que foi feito com meu colega Lucas Aragão, foram algumas frases e reflexões formuladas ao longo do trabalho por ele, Lucas Aragão, uma companheiro valoroso, meu amigo!!!!
Que gazeteiro fomos hein, tiramos 10 na prova. E esse texto já rodou vários países pela generosidade de meu amigo Artur Gomes e recebi mais de 100 respostas a ele.
Quanto a você, te conheço, vagau, bota teu nome que te mando o original do trabalho, daí, talvez...repito, talvez, você tenha coisa melhor que fazer.
Sabe que te amo, vagau, amo os dedo duros, os canalhas e os vendidos, com eles eu sempre sei o que fazer:
deixo vocês falarem pra ficar dando risada,dou umas porradinhas pra amaciar o couro depois boto pra ler uma seção inteira de livros de auto ajuda (sei que você gosta, vagau, eu sei).Só tenho de me conter pra não dizer teu nome por aí, porque tem muito amigo meu,que procura seus torturadores e os dedos duros que lhes colocaram nas masmorras da ditadura até hoje. Que minha amiga Eliane e meu amigo Antonio não tomem conhecimento disso, essa raça de dedo duro é de feder. Pior se Provisano souber, vai me bater até pra eu dizer o nome, também detesta dedo duro
Caro Roberto, meu companheiro, quando te mandei o texto por e mail não tinha a pretensão de vê-lo publicado, foi apenas um gesto de dividir algo com quem considero, respeito e admiro. É uma honra pra mim ter um texto publicado em teu blog. E, Roberto, que o Bosco,um companheiro na luta contra a ditadura não leia esse comentário, até hoje ele vaga pelas ruas de Campos armado buscando quem o torturou e se souber de um dedo duro desses (viu que o cara foi meu colega de sala, né?)anda solto por aí, ele vai ficar louco.
Ô vagau,vai passar glostora ou vaselina ( entendeu, né?) nos cabelos e vê se arranja mulher , porque nem isso você faz bem... a que tem (tinha, sei lá....rs) já não deve estar nem aí.
Te conheço....otário!!!!

Dedé Muylaert

Anônimo disse...

Cara, você ou é babaca mesmo ou analfabeto. O texto feito para a prova da professora Analice sobre o filme "Sobre coisa sujas e belas" é muito mais amplo que esse, tem outro enfoque e propõe outro conteúdo. Se algo nele me inspirou,já que foi feito com meu colega Lucas Aragão, foram algumas frases e reflexões formuladas ao longo do trabalho por ele, Lucas, uma companheiro valoroso, meu amigo!!!!
Que gazeteiro fomos hein, tiramos 10 na prova. E esse texto já rodou vários países pela generosidade de meu amigo Artur Gomes e recebi mais de 100 respostas a ele.
Quanto a você, te conheço, vagau, bota teu nome que te mando o original do trabalho, daí, talvez...repito, talvez, você tenha coisa melhor que fazer.
Sabe que te amo, vagau, amo os dedo duros, os canalhas e os vendidos, com eles eu sempre sei o que fazer:
deixo vocês falarem pra ficar dando risada,dou umas porradinhas pra amaciar o couro depois boto pra ler uma seção inteira de livros de auto ajuda (sei que você gosta, vagau, eu sei).Só tenho de me conter pra não dizer teu nome por aí, porque tem muito amigo meu,que procura seus torturadores e os dedos duros que lhes colocaram nas masmorras da ditadura até hoje. Que minha amiga Eliane e meu amigo Antonio não tomem conhecimento disso, essa raça de dedo duro é de feder. Pior se Provisano souber, vai me bater até pra eu dizer o nome, também detesta dedo duro
Caro Roberto, meu companheiro, quando te mandei o texto por e mail não tinha a pretensão de vê-lo publicado, foi apenas um gesto de dividir algo com quem considero, respeito e admiro. É uma honra pra mim ter um texto publicado em teu blog. E, Roberto, que o Bosco,um companheiro na luta contra a ditadura não leia esse comentário, até hoje ele vaga pelas ruas de Campos armado buscando quem o torturou e se souber de um dedo duro desses (viu que o cara foi meu colega de sala, né?)anda solto por aí, ele vai ficar louco.
Ô vagau,vai passar glostora ou vaselina ( entendeu, né?) nos cabelos e vê se arranja mulher , porque nem isso você faz bem... a que tem (tinha, sei lá....rs) já não deve estar nem aí.
Te conheço....otário!!!!

Dedé Muylaert

Anônimo disse...

Dedéssimo,
acabo de ler seu comentário e compartilho da suspeita sobre o doidivanas coroado, será?
Só me resta dó dessa gente medíocre e obtusa, cheios de tantas certezas e tão pequeno a ponto de não relativizar o mundo que nos cerca e nos habita, sempre ficará na superfície.
Ele não nos convenceu por muito tempo e os que ficaram marcados em nossa caminhada ACADÊMICA,foram pessoas como você, Lucas, nossa querida Thaís e tantos outros que nos deram a vara como também o peixe, nos levando definitivamente a buscar uma realidade até então desconhecida
Tenho guardado comigo carinhosamente o original do trabalho seu e do Lucas,que gentilmente nos cederam como forma de ajuda para aquela prova que foi OSSO.
Dedé,Lucas, nós somos o resto orgulhosamente!
Ele também é.. só que, resíduo descartável.

Rosa de Luxemburgo

Anônimo disse...

Plágio! A gente vê por aqui!

Anônimo disse...

"Ô vagau,vai passar glostora ou vaselina ( entendeu, né?) nos cabelos e vê se arranja mulher , porque nem isso você faz bem... a que tem (tinha, sei lá....rs) já não deve estar nem aí."

Que poeta preconceituoso!

Anônimo disse...

dedé, adorei seus comentários,
meu anonimato permitiu que vc escancarasse meu lesbianismo

amei ser chamada de "cara"

me apaixonei por "vagau", "canalha" , "vendido"
 
eu tenho mulher, mesmo vc dizendo "... não deve estar nem aí",

ela está aqui,

fiquei ( na verdade, sou ! ) vidradA por "dedA duro"
se tem

ah, bota na minha fita a sua amiga Eliane

xacal disse...

Ô blesqbom...

Há em todo artista(ou pretenso artista, sabe-se lá qual é a diferença) um misto de voyeurismo autoritário e exibicionismo "leviano e tímido"...

Querem que contemplemos, entendamos e nos coloquemos em genuflexória submissão ao que nos apresentam, e ai de quem ouse criticar, ainda que supliquem por nossas críticas(favoráveis, sempre, é claro!)...

E quando nos aproximamos de entender, eles dizem, soberbos: Ah, qual nada, não entendestes nada!

O arbítrio da criação é sempre cômodo, diria deus no décimo sétimo dia...

Ora, o que importa para que servia (ou serviu) o texto, se para gazetear ou para empertigar boas notas...?

Quem expele o texto e o coloca na chuva é para que seja queimado pelas más línguas, e não apenas adulado e molhado pelas bocas das cabeças ocas e obedientes...

O texto é fraco, sobrepõe colagens de temas e palavras que procuram dar uma dinâmica ágil, fragmentada, porém colada por algum sofrimento atroz, todo o desconforto que diz sentir o autor...

Não consegue...é chato, com um quê de escatologia e pouquíssima inspiração...

Bom, mas isto tudo é opinião, e desconsiderem-na SEMPRE se não agradar-vos dela...

Anônimo disse...

Xacal é bom...

Anônimo disse...

Como fiz por e- mail com o blogueiro, quero, publicamente me desculpar por minha irritabilidade em relação a um colega, que depois fiquei sabendo ser uma colega, ela mesma se identificou, nos comentários feitos no sábado as 2:49PM e repetido as 2:51PM. Não cabia tanta bronca .
A preocupação foi o fato da postagem anterior ( Anônimo disse...“esse mesmo texto já foi utilizado em pós graduação para gazetear atividades acadêmicas”
12:38 PM) envolver assuntos acadêmicos, pessoas, professoras e o próprio curso.
Ora, se a professora Analice, uma mestra, que nos dava aula de "Estudos Culturais" ao propor um trabalho sobre o filme "Coisas Belas e Sujas", de Stephen Frears , com conceitos definidos, que deveriam ser abordados, desse nota 10 a esse texto exposto no blog seria uma aberração.
O trabalho acadêmico apresentado à professora NÃO FOI ESSE TEXTO E NEM TEM NADA A VER COM ELE. Já está em mãos do blogueiro o original do trabalho e ele pode atestar o que digo.
Reitero meu pedido de desculpas pela irritabilidade, inclusive à colega que se auto revelou. Não te quero mal e se algum dia te feri, ou machuquei, ou ofendi, te peço desculpas também.
Só confesso que não gostei da frase final de seu comentário quando pede para colocar na sua "fita" minha amiga Eliane, pois se trata de uma pessoa que sofreu bárbaras torturas nas mãos dos cães da ditadura. Peço a você, respeito a ela. E que você repense aquele e-mail fake que me enviou ano passado, a mim, tudo bem, mas à professora Guiomar foi de uma crueldade atroz, pelo momento que vivia.
Com relação às críticas feitas ao texto publicado no blog, as aceito com respeito. Concordo com a análise do Xacal acerca do texto publicado em quase tudo.
Muito boa a tua percepção quando diz : "sobrepõe colagens de temas e palavras que procuram dar uma dinâmica ágil, fragmentada, porém colada por algum sofrimento atroz, todo o desconforto que diz sentir o autor..."
É isso mesmo, esse texto é realmente uma grande colagem de sentimentos, temas, frases, palavras, onde me insiro para buscar algo dentro de mim. Apenas um exercício intimista.
E digo que concordo em quase tudo, porque me reservo o direito de ter algum carinho por ele, carinho esse, acredite , não literário, não tenho nenhuma pretensão literária.
Ele foi feito para ser dividido com alguns amigos e neles despertar algo, isso na intimidade e na cumplicidade que nos une.
A generosidade do Roberto Moraes que o colocou na Vida, no Caminho , na Chuva, e, concordo com você, tá na vida, tem de estar para o que der e vier. Sempre assinando embaixo.
Gosto do texto. Ele tem cumprido o seu papel. Dividido entre amigos, tenho recebido respostas maravilhosas, respostas humanas, meu objetivo, e não análises, verborragia barata, mergulhos literários intelectualóides.

Bom, mas isto tudo é opinião (quanto ao texto publicado aqui, que fique bem claro), e desconsiderem-na SEMPRE se não agradar-vos dela. Até porque viver bancando o Jonh Wayne (ou Joseph McCarthy*) é chato pra cacete!

* Me veio à mente por conta de uma frase que ele usou muito, com Chaplin exageradamente :"...vivem a suplicar críticas favoráveis, mas não passam de um bando de comunistas"

Dedé Muylaert

Anônimo disse...

Meu computador foi invadido e se apossaram de arquivos, pastas, fotos, textos, trabalhos, documentos, informações, senhas, enfim...tudo! Aviso a todos que qualquer texto enviado em meu nome , por favor, não abram e nem levem em consideração até que eu resolva o problema!
Dedé Muylaert

Xacal disse...

"(...)Gosto do texto. Ele tem cumprido o seu papel. Dividido entre amigos, tenho recebido respostas maravilhosas, respostas humanas, meu objetivo, e não análises, verborragia barata, mergulhos literários intelectualóides.(...)"

Bom, ficou claro o desconforto do "autor", ainda que disfarçado dos "bons modos".

Estilo conhecido (e ineficaz): bate e quase assopra.

E tome classificação: o que me agrada são reações "humanas", "amigas"(ah, santa cordialidade, diria Buarque de Holanda), ou seja, cumpre o papel: adular o autor.

O que não agrada ele não desconsidera, ou pior, classifica: "verborragia intelectualóide, análise".

Mais fanático, mais religioso, impossível...

Ora, como determinar o "objetivo" ao escrever e publicizar algo, que depois disto, não mais lhe "pertence"?

Não é o ouvido, ao contrário da fala, que fixa a palavra(como diria Bordieu)?

Bancar o John Wayne todo o tempo é phoda...mas muito pior deve ser tentar bancar o Robin, parceiro atormentado e dúbio do justiceiro mascarado de Gotham. Violento, mas pretensamente delicado...órfão até.

Afinal, além daquela malha kitsch, tem que ficar repetindo:

Santas palavras chatas, Batman...

Dedé...sei agora que não mereço seu respeito(embora tenha afirmado isto) para um debate, senão você teria tentado elaborar algo melhor...

Um abraço.

Anônimo disse...

Caro Xacal,tua ingenuidade me deixa pasmo. Como debatedor você foi um grande policial, me deu na bandeja o que eu queria.
Obrigado!

Dedé Muylaert

xacal disse...

Dedé,

a referência "pessoal"(quem assina, quem fala, quem é que tá falando)parece fundamental para ti...

Pouco importa o conteúdo, é preciso correr ao pé da página e ler: Está o debatedor a minha altura. É um iniciado? Sabes com que está falando?

E assim vamos na tradição nacional, matando ideias pelas "qualidades(ou falta de)pessoais" de quem as porta e nunca pela sua relevância.

Fiel ao ideário classe média tasca: como debatedor és um grande policial.

E segue classificando. Respeito e contraponto ao que foi dito...argumentos...NADA...!

Os mortais não merecem tal possibilidade.

Entendam-no ou ele te devora...

"O gato bebe leite, o rato come queijo e a gente é o que é" (disse o grande Jackson Antunes no filme O palhaço).

Dedé é o que é...o que será mesmo?

Ora, faz diferença quem fala ou devemos tratar do QUE FALA?

Então a ingenuidade consiste em se mostrar como é, ou se aventurar a debater com quem se acha detentor da "revelação" intimista e da prosa que refresca a alma dos "amigos", embora se farte de dizer que a prosa viaja o mundo?

"(...)Ele foi feito para ser dividido com alguns amigos e neles despertar algo, isso na intimidade e na cumplicidade que nos une.(...)" (palavras do autor)

Religião pura.

Então já que o que importa é quem escreve e não o que escreve, ou pergunto: Será que tenho que me ajoelhar para debater e criticar este texto que flerta com o toque divino(na sua opinião é claro, como escrito acima)?


Afinal: o que querias na bandeja?


Então, já que te presenteei na bandeja com o que querias, pelo menos melhore os argumentos, ainda que vá falar com um gari, policial, mestre, etc.

Tens que se fazer entender, senão, para que serve o que dizes?

Um conselho: guarde o texto, pelo jeito gostas dele. E só o mostre a quem você tem a certeza de que gostará e será despertado na intimidade e cumplicidade requerida e toda essa baboseira pseudo intimista que irritou a minha pseudointelectualidade.

Infelizmente, como ninguém tem certeza da reação do outro(ainda que íntimo)periga você ter que resgar os originais.

Obrigado pela atenção de retornar aqui, na postagem já ultrapassada, mas repito: tente outra vez. respeite o oponente, ainda que o considere ingênuo, ó sábio.

Anônimo disse...

Cheguei do Rio +20
THÉO Vieira

Soube de uma postagem que gerou assunto e vim assuntar.Farei um comentário,mesmo datado,mas me reservo o direito de comentar.

...O chamado políticamente correto,a pricípio,seria para fazer do mundo um lugar melhor e da sociedade mais humana.Entretento,ele acaba podando as pessoas,tornando-nos iguais,como se fôssemos feitos em série e pensássemos parecido,com direito a frases,pontos e vírgulas decorados.Desculpa aí,mas em mim dá pane no sistema e a programação vai para o espaço, porque sou desses que penso por mim mesmo e não por códigos pré-aprovados.

São nessas horas que tenho preguiça do mundo,de gente e, mais ainda,dos políticamente correto e dos mil chatos de plantão que vivem a cercear a vida alheia.Afinal, conforme cantou Raul,prefiro fazer parte de uma outra tribo,de um outro grupo.
Eu prefiro ser essa Metamorfose Ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"...
Ao "personagem" comentador acima digo:
Você escrevendo é chato e se torna pior por querer ser intrínseco em suas "Análises",tão trensparentes nas bibliografias,o que para iniciados é evidente,sei que fostes um bom aluno,aprendeu bem as lições propostas mas, tente ser menos pernóstico,pois com isso talvez consiga tocar aos Metamórficos, mas,( estes não lhe interessam,) então...
Leio e releio muito,cheguei a conclusão de que se tornou um vício, admito. Vou das bulas de remédios, a revistas diversas,busco artigos,crÔnicas, Shopenhauer,Freire,Osório Peixoto, procuro o novo,o detalhe,a surpresa, é difícil mas quando os acho, prezeirosamente contento meu vício.
Sugiro: continue com seu Blog "Seita Xacalhesca",aquele que a partir de hoje só terá 12 seguidores religiosos ,mas, não se engane: Até Jesus foi traído!
Sugiro também que reflitas sobre a possibilidade de não seres o P... das Galáxias, talvez só você creia nisso,sei por constatações,inclusive referendadas por algum de seus atuais 12 seguidores religiosos!!!
Quanto ao texto em tela,o mesmo que despertou sua necessidade tão necessária de opinar,sinceramente o achei formidável,me eriçou,o autor um Metamórfico legítimo,fora da média,sabe dizer o que quer e da forma que quiser,isso é claro.Concluo definitivamente que a sua tribo, não é a mesma dele,também está claro.Você Chacal Adustus é um predador(ciclo natural),só que na ânsia de se alimentar,ignorou a presa e com viseiras teimou em correr atrás do que VIA, ou seja, sua própria sombra.
Finalizando, cbservei que uma questão sérissima passou batida. INVASÃO DE PRIVACIDADE virou um mero detalhe.
Santa Misericórdia!
Ao blogueiro um salve, democracia virtual em dia.
Quanto ao resto.....Maravilha
Quanto as migalhas...Lamentável.

xacal disse...

"(...)tocar os metamórficos(...)
Vou das bulas de remédios, a revistas diversas,busco artigos,crÔnicas, Shopenhauer,Freire,Osório Peixoto, procuro o novo,o detalhe,a surpresa, é difícil mas quando os acho, prezeirosamente contento meu vício.(...)"

Pois é um "metamórfico", que a tudo lê(será que a tudo sabe?) que se enfastiou de tudo, do alto de sua "auto-suficiência intelectual...procura, e não acha...Por que? Porque seu intelecto "superior" não se contenta com "nada menos que o genial"...

Putz...

Triste é ler alguém se pretendendo "metamórfico", quando no máximo se consegue mostrar confuso...arrogantemente confuso...

Pelos "admiradores do texto" dá para ver onde está a seita...

Meu filho, caro metamórfico, pouco me lixa se tenho 12, 12 mil ou 12 milhões de seguidores(?)...

Sua opinião sobre tudo(inclusive sobre o personagem xacal, que nunca se reivindicou, nem de longe um ...ica das galáxias) eu respeito, embora não saibamos quando ela mudará...talvez amanhã você (metamorficamente)adore o xacal e passe a detestar o que hoje "te eriçou..."

Em tempo: nem de longe eu li tanto quanto ti, mas tenho certeza do que não gosto...é simples, e sei porque não gosto...

Esse papo de metamórfico eriçado, tenha santa paciência...

Anônimo disse...

THÉO Vieira, ou um dos "alter ego" de Dede Muylaert,assim como, anonimo, rosa de luxemburgo , rosa de iuxemburgo e o chegado do Rio+20