sexta-feira, abril 26, 2013

Dengue, imóveis & outras questões em Campos

A informação da Assessoria de Comunicação da PMCG divulgou a tabela abaixo, sobre os mutirões de prevenção à dengue, iniciados no dia 23 de fevereiro. O blog viu esta tabela no blog do Fernando Leite.
Imóveis Visitados
                      153.974
Imóveis Fechados
                       45.747
Terrenos Baldios
                         3.452
Focos Identificados
                          1.650
Sacos de Lixo Recolhidos
                         10.110
Pneus Recolhidos
                          1.044
Caixas d'água teladas
                            758


Ótimo que tenham visitado 153 mil imóveis, o que deve garantir que todos os 142 mil domicílios do município contabilizados pelo Censo 2010 do IBGE, tenham sido percorridos, juntos com praticamente todos os estabelecimentos comerciais e industriais.

O número de imóveis fechados contabilizados pela PMCG também se aproxima da conta do IBGE que, em 2010, listou 31,4 mil domicílios não ocupados com os 20,8 mil vagos no município.

Bom que este mesmo mutirão possa ser seguido para outras ações na gestão de prevenção para outras áreas da saúde e para estímulo e apoio à educação. Uma hipótese a ser considerada.

Outra observação que estes números suscitou neste blogueiro é sobre o imóveis fechados. Muita gente sempre questionou este número do IBGE, considerado absurdo, do número de domicílios vagos e dos não ocupados, que equivalem a mais de um terço do total de 142 mil domicílios no município.

Alguns são reconhecidamente segunda moradia, como as casa de veraneio no Farol ou em localidades do interior, mas, é evidente, que uma boa parte deles, na área urbana, serve apenas como especulação e faz engordar uma falsa estatística do déficit habitacional no município. Vale a reflexão.

6 comentários:

Anônimo disse...

Roberto, esses dados e sua análise são esclarecedores. Ou seja, a especulação continua mais forte, talvez, do que outras fases.

Anônimo disse...

Prof.

Foi gasto milhões na construção do CEPOP. Será que o dinheiro não deu para fazer uma área de concentração para os escolas de samba sem que todos os anos tivesse que interromper a Alberto Lamego o trânsito sentido Praias>Centro fazendo de uma das pistas mão inglesa?
Poderiam ao menos fazer mão dupla de uma das pistas em vez de mão inglesa para evitar menos transtornos nesses dias.
Por isso sempre digo: Não existe vida inteligente dentro da Prefeitura e dessas empreiteiras.

Roberto Moraes disse...

Este assunto merecerá uma nova postagem em breve aqui no blog.

Ele explica e aprofunda uma série de questões.

Já havia tratado dele aqui numa comparação com o mercado imobiliário de Macaé, numa postagem do dia 28 de março:

http://www.robertomoraes.com.br/2013/03/custo-dos-imoveis-campos-x-macae.html

O blog vai aprofundar o assunto.

Anônimo disse...

Infelizmente os que fazem as leis são os mais interessados na especulação imobiliária.

Roberto Moraes disse...

Há ainda os que chamam isto de progresso.

Tácio Rolim de Moura disse...

Alguém já ouviu falar na crise das tulipas holandesas?
De um lado a crise especulativa derrubou setores então mto fortes da economia européia e curiosamente por um produto que traria pouca ou nenhuma utilidade prática.
De outra banda, nos ensinou que a economia muitas vezes se desenvolve com pêndulos e pode tender a formar bolhas especulativas (todo dia vejo pela janela um edifício com 28 apartamentos, porém com apenas 7 cuja iluminação denota que efetivamente estão ocupados e lembro disso).
Aliás, é extremamente perigoso especular com o direito fundamental à moradia digna, pois se inviabilizado o acesso, o direito tenderá a perecer, agravando o problema das comunidades.
Portanto, é importante ser extremamente cauteloso, racional e crítico antes de engolir qualquer oferta imobiliária...