terça-feira, maio 27, 2008

Aristides propõe ação contra os impactos dos complexos portuários do Açu e de Barra do Furado

O blog recebeu por e-mail além do teto abaixo, um mapa com a plotagem dos empreendimentos previstos para a região do Açu e de Barra do Furado. Na sua humilde posição, o blog concorda com a proposta do "perímetro de amortecimento a ser implantada ao redor da área dos empreendimentos com a implantação de Unidades de Conservação que deveria ser transformada numa APA" que foi levantada por Soffiati. Leia abaixo o texto do e-mail e veja ao lado, o mapa confeccionado pelo professor Aristides Soffiati:

"Esta semana, envio um artigo que trata de assunto de suma importância e gravidade para o norte do Estado do Rio de Janeiro: a proliferação de empreendimentos impactantes em área bastante rica em ecossistemas marinhos, terrestres e aquáticos continentais. Até o momento, são cinco empreendimentos de vulto: um mineroduto, um porto off shore e uma usina termelétrica a carvão mineral, iniciativas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista; um aeroporto da Petrobras e um estaleiro em Barra do Furado. E outros mais se anunciam, como uma siderúrgica e uma montadora de automóveis. Todos eles ficarão ao lado (ou em cima) de ecossistemas importantes. Os governos do Estado e dos municípios de Campos e de São João da Barra devem se unir num planejamento comum para mitigar os impactos causados, se é que isto é possível. é urgente integrar os planos para cada empreendimento, pois todos estão muito próximos. Sugiro um perímetro de amortecimento de tais impactos, que poderia ser transformado numa APA estadual, contendo, em seu interior, unidades de conservação de proteção integral. Se não for possível uma unidade de conservação contínua, que sejam criadas várias. Em seu último livro, Edward Wilson defende as pequenas unidades, quando não se trata de proteger elefantes, rinocerontes, girafas, onças, ursos, antas etc. O mapa em anexo ao artigo ilustra minha proposta para discussão. Ela é bem maleável, mas algo precisa ser feito. Como vai jorrar muito dinheiro, estas empresas bilionárias devem abrir as bolsas para financiar a implantação de UCs de proteção integral dentro e fora do perímetro".
PS.: Se desejar ver a imagem em tamanho maior clique sobre ela.

4 comentários:

Anônimo disse...

Além de perdemos a base da Petrobras para Macaé por causa dos usineiros, agora teremos que perder o caminho do desenvolvimento por causa de uns Sofiattis da vida que adoram aparecer!
Esse cara cria um monte de entraves para as industrias se instalarem em Campos, aí elas se deslocam alguns quilômetros, se instalam ao lado, porém em outro município e o Sofiatti fica feliz da vida e o povo de Campos que se F.....!!
Sr. Sofiatti o porto de Imbetiba não causa nos impacto ambiental?
O porto de Embu em Guarapari não nos causa impacto ambiental?
Se essas industrias levarem esse porto pra Anchieta-ES não nos causará impacto ambiental?
Cabo Frio também está brigando para sediar estas industrias, se elas forem para lá não nos causará nenhum impacto??? Com certeza sim né!! Tanto o ambiental, mas também no bolso, na barriga das crianças filhas de desempregados que vão continuar passando fome....
Mas esse impacto Pode, não é Sr. Sofiatti??
Criança morrendo de fome não é impacto ambiental para o senhor! Passarinho ter que voar mais alguns quilômetros para se procriarem é né!? O importante para o senhor é estar na mídia, pousar de bom moço, ecológicamente correto, o povo, seres humanos pobres, eles não lhe dão ibobe né? Essa briga o senhor não compra né?!

Renato.

Luiz Felipe Muniz disse...

Roberto,
a proposta é bem-vinda e oportuna. É preciso uma certa urgência, pois os investidores apostam em porteiras abertas e pacotes fechados, mesmo que todo o mundo civilizado demonstre hoje preocupações mais aprofundadas com as questões ambientais, os sul-americanos ainda são vistos como desmatadores da Amazônia e um bando desorganizado. (e talvez eles nem estejam tão errados assim...)

O problema é quem ou quais segmentos locais seriam os responsáveis e competentes para aglutinar esforços no sentido de constituir uma comissão técnica, reconhecida pela comunidade regional, para tratar deste e outros assuntos com os investidores e responsáveis pelos projetos!?

Infelizmente as nossas experiências anteriores nesta direção, com outros empreendimentos, não lograram o êxito esperado e possível, quem sabe agora?

Cadê os Conselhos de Meio Ambiente e Urbanismo?

Onde estão os Agentes Políticos e Técnicos do IBAMA, da SERLA, da FEEMA, das Secretarias Municipais de Meio Ambiente?

A você, Renato "Só", sugiro que tente tratar de sua questão pessoal com o "Sr. Sofiatti" num foro específico, e, procure também entender melhor a discussão que já está aberta sobre o papel dos empresários no atual estágio das coisas nos ecossistemas urbanos, rurais e naturais modificados por todos nós humanos... evite misturar questões de cunho e interesses públicos com todos os demais que se limitam no obtuso personalismo.

Anônimo disse...

Caro Luiz Felipe, em relação ao conselho , concordo plenamente, mas fico lembrando alguns episódios em que esse conselho participou:
1) Ponte Rosinha
2)Urbanização da Praça S. Salvador.
Qual foi o resultado final?
Será que esse conselho está sendo ouvido nas suas propostas?

Arthur Soffiati disse...

Os senhores Anônimo e Saco Cheio (pelo estilo litério, devem ser a mesma pessoa) atribuem a mim um poder que não tenho. Isto é próprio de quem tem sua opinião - ou opinião que a sociedade lhes dá de presente -, sem o mínimo de autocrítica. Nota-se que eles ficam em casa lendo jornal e fazendo comentários impressionistas pelos canais que lhes aparecem, escodendo-se no anonimato. Eles refletem bem a nossa cultura covarde e não- participativa. Senhores, se eu tivesse todo o poder que me atribuem, de fato não haveria porto, aeroporto, estaleiro, base da Petrobras em Macaé e todos os males do mundo. Não haveria tanta injustiça social e tanta agressão ambiental. Mas careço da participação dos senhores nesta luta, de preferência na África.
Cordialmente
Soffiati da vida