quinta-feira, maio 15, 2008

O PT de Campos não pode errar

Este blogueiro foi veemente na defesa desta posição, na estratégia que o partido deve tomar, na reunião mensal do Diretório Municipal ampliada ocorrida na última terça-feira. Mesmo sabendo que nada seria decidido naquele dia defendi ainda, a posição de que o partido naõ pode se coligar a nenhum dos dois grupos que hoje polarizam negativamente a política no município. Pela manifestação dos presentes é difícil imaginar que esta posição possa ser sugerida e muito menos aprovada pelo parido em Campos.

7 comentários:

Anônimo disse...

Caro Roberto, inicialmente gostaria de dizer-lhe que me alegrou muito a Vossa presença em nossa última reunião, assim como as presenças dos companheiros Luciano, Douglas e Fábio, posições foram defendidas e o debate certamente enriquecido. Porém você sabe que a política é bastante dinâmica, não havendo lugares nem espaços desocupados, as propostas, mesmos as que nos desagradam, devem ser debatidas a exaustão, pois certamente assim estaremos aptos a trilhar o caminho "certo".
Lembro-lhe ainda que "certo" ou "errado" é uma questão de ponto de vista e quanto a isto certamente jamais haverá consenso.Terminando, não podemos nos esquecer de que a ocupação de espaços no Legislativo Municipal é de suma importância, portanto, cabe a todos nós este desafio, o Partido está e sempre estará aberto.

Um abraço
Hugo Diniz

Bruno Lindolfo disse...

O relativismo é a prostituta da história, sempre pronto para protagonizar a barbárie sob o véu das adversões.

Certo é certo. Errado é errado.

Ponto de vista é opinião, e opinião pode ser verdadeira, falsa, errada ou certa, mas nunca abertas às concessões de dualidades: ou é ou não é!

O PT deveria perder de vez o resquício de vergonha que ainda lhe resta, e que é o responsável por infrutíferas tentativas de questionar o inquestionável, quando tenta, sem sucesso, manter algum verniz de moralidade em sua conduta sob o pretexto e a pretensão de coalizão pelo bem comum.

Repetirá a última eleição, embora naquela ainda tivesse algum pudor. Dantes: chapa puro sangue, negando aliança com o PSDB; "neutralidade" no segundo turno disputado pelas "quadrilhas", segundo palavras do candidato petista à época e coalizão com uma das quadrilhas tempos depois, mesmo após o estouro de escândalos. Doravante: não sabe se se entrega logo no primeiro turno ou então valoriza o passe para vender mais caro no segundo. É o mesmo modus operandi, os mesmos atores de outrora, dessa vez com a força propulsora dos escândalos, o que lhes garante valorização. Antes: às favas com o Legislativo, apresentou nominata risível e não passou perto de eleger um vereador. Hoje: subitamente atentou-se para a importância do Legislativo, infelizmente como pretexto para escusas alianças, que talhará no futuro a mesma subserviência em face do Executivo do presente.

A verdade é essa, ainda que queiram maquiá-la, deturpá-la e atribuir-lhe caráter relativo, espera-se que no futuro tenham capacidade de ainda realizar a maior das críticas: a autocrítica, se sabendo responsáveis pela derrocada, passarão, mais uma vez, como coadjuvantes da triste história política da cidade.

E espero que seja apenas o velho corporativismo Hipocrático o responsável pela afabilidade dentre esses profissionais que se revezam em nosso poder... Embora, dizem que em Campos, com suas peculiares particularidades, o pai seja outro: Hipócrito, o Tartufo.

Roberto Moraes disse...

Caro Hugo,

Desculpe, mas estes lugares-comuns de que a política é dinâmica, que não há espaços desocupados e que o debate deve ser levado à exaustão, não levam a nada de novo.

Decidir fazer parte de um governo cravado de denúncias de corrupção e depois ser comprovado o erro de se tomar um atalho equivocado como este, não se trata de opinião ou ponto de vista do que é certo ou errado. Este é um fato e não um ponto de vista e ponto.

É preciso reconhecer este erro, sem isto, o partido não tem autoridade para se apresentar como alternativa.

Mais, este erro leva a outros entre os quais, o de atrapalhar a nominata para a eleição dos vereadores.

A direção do partido em Campos fez pior. Levou duas pessoas do grupo de Mocaiber para o partido, que agora serão submetidos à Comissão de Ética. Uma delas na própria reunião de ontem agradeceu a Anomal, por ele ser sido o fiador de seu ingresso no partido.

Não admitir também este equívoco e considerar que "certo" ou "errado" é ponto de vista é oferecer ao eleitor, a busca de alternativas diferentes da que desejamos.

Na verdade, a tentativa de impor decisões já tomadas e que se tenta legitimar com a minha presença junto de outros companheiros que questionaram, desde o início, a aliança equivocada com Mocaiber, é mais um esforço em vão, de querer passar para a sociedade uma falsa unidade, seja de opinião ou de estratégia para as eleições de outubro próximo.

Não se pode querer dividir com quem não tem responsabilidade por eles, os erros derivados de uma apertada decisão (17 a 15) que já deveria ter sido visto como uma advertência, para não se entrar naquele governo, mas a ânsia de colocar em prática o programado em pequeno grupo acabou não permitindo.

Nosso objetivo ao participar deste momento difícil do partido e da nossa cidade é o de tentar construir soluções que não sejam de grupos, mesmo que majoritários. É a disposição de tentar colaborar com um novo desenho que viabilize alianças com pessoas e partidos, na construção de caminhos alternativos, sem relação com interesses e desejos individuais.

A escolha de nomes tem que ser a última etapa e deve ser fruto de consenso dos aliados. O açodamento no sentido contrário, demonstrado por integrantes do partido, hoje na mídia, contribuem de forma direta, para a exposição de toda esta minha opinião aqui neste espaço.

O caminho que está sendo trilhado, a despeito da tentativa de convencimento de que ainda, não se decidiu o que hoje foi posto nas entrevistas, demonstra na prática, que as chances de sucesso podem ser mínimas, tanto, para a eleição majoritária, quanto proporcional.

Sem uma mudança neste discurso e na estratégia de agrupamento, verdadeiramente de todo o partido, e de aliados de peso, em outros partidos, estaremos mais uma vez dando um tiro no pé.

Quero contribuir para uma construção diferente daquela de 2004, mas percebo que corremos sérios riscos de repetirmos os erros.

A boa política aponta especialmente em debates e discussões internas do partido, que nem sempre, a imposição de maiorias significa a adoção do melhor caminho.

Não me furtarei a insistir nesta tecla se julgar pertinente, mas terei sempre a disposição de rever e assumir outros encaminhamentos desde que haja argumentos políticos que apontem caminhos diferentes. Campos merece mais!

Sds,

Anônimo disse...

Muito simplista a opinião do Hugo Diniz. Quer dizer o certo e o errado dependem do ponto de vista de cada um. E então as ações como roubar, matar, desviar, conspirar, desviar verbas, provocar miséria, não desenvolver

Anônimo disse...

Tem um ditado que diz: "Só erra quem faz", portanto, é muito fácil falar agora, entretanto, quando a maioria do PT desejou entrar no governo foi para priorizar a eleição para a Câmara, com a perspectiva clara de eleger 02 ou até 03 vereadores, deu errado.
Parem de ser "engenheiro de obra pronta", com a empáfia dos que não ERRAM, dos infalíveis etc é MUITO FÁCIL.
Deixem de ser hipócritas e ajudem o PT!!
Peço isso, mas não acredito que façam, pois o projeto de vocês não é partidário, é pessoal, pois querem IMPOR o nome de Roberto Moraes a prefeito, mesmo sabendo que é um nome fraco eleitoralmente e, que caso o PT embarque nesta aventura, ficaremos mais uma vez, sem sucesso para a prefeitura e SEM eleger vereador.
Sejem humildes e ajudem o PT, com este grupo lançando o candidato de vocês (Roberto Moraes) a vereador para ajudar a nominata do PT, e quem sabe se ele for bom de voto, seja eleito a câmara.

Anônimo disse...

Que militante (?) raivoso. Perdeu alguma boquinha?

Anônimo disse...

Além da raiva o comentarista comete ato falho, ao querer que o outro faça o que ele não quer fazer.

Pisaram e enfiaram o pé na lama, no visgo até o pescoço, mesmo com todas as advertências e agora querem bancar de bons moços?

O artigo de Mocaiber hoje na Folha da Manhã desmacara Mackoul. Em outras palavras, ele diz você comeu, lambuzou-se agora quer se mostrar limpo?

De quebra, ele ainda questiona as péssimas administrações na Unimed e Álvaro Alvim.

Com uma telhado destes como Dr. quer ser 3 via? Quer dizer que chamava Mocaiber do maior e melhor secretário de Saúde.Mais... dele ser mais Mocaiber que o PT e agora quer epartidário...

É doutor vai ser difícil tirar este visgo e olha que dizem que tem mais, em negócios na Emhab...

Quem não leu, veja abaixo o artigo do prefeito:

Resposta ao Dr. Makhoul
Alexandre Mocaiber

Não costumo tomar a iniciativa de responder a críticas infundadas, principalmente, quando são orientadas por pessoas inescrupulosas. Penso que isso só ajuda a dar luminosidade a quem quer aparecer e se projetar com baixarias. No entanto, quando são críticas sérias, mesmo desfavoráveis tomo-as como lição, e procuro absorvê-las e aceitá-las. E como, no caso, por se tratar de assunto da mais alta importância, qual seja a entrada e saída do PT do meu governo e por se tratar de comentários feitos por amigo e companheiro de longa data, passo a fazer as seguintes considerações ao meu amigo Makhoul:

Não foram poucas as vezes que pessoal e publicamente você repetiu que eu fui o melhor secretário de Saúde que Campos já teve e que já fiz tanto pelo Hospital Álvaro Alvim que você tinha vontade de colocar isto num “outdoor” em frente ao hospital.

Modéstia à parte, realmente acho que fizemos um bom trabalho na Saúde: Criamos o Programa Saúde da Família; o Programa Nascer em Campos; os Programas Especiais de Controle de Hipertensão, Diabetes, Hanseníase, Tuberculose, etc; fundamos e implantamos o Centro de Controle de Zoonozes — CCZ — (hoje, exemplo para todo o Brasil), o Centro de Tratamento Especializado da Dengue (o 1º do interior do Brasil). Projetamos e assinamos o convênio de ajuda da Prefeitura a todos os hospitais filantrópicos (o que sem ele não teriam condições de sobrevivência); modernizamos a Odontologia; adquirimos mais de 100 ambulâncias; abrimos mais de 80 postos de saúde etc, etc. Também fomos nós quem ajudamos o Dr. Makhoul a abrir o Hospital Álvaro Alvim ao SUS que, naquela época, não tinha nem ambulatório credenciado.

Com relação ao PT, procurei sempre tratá-lo com respeito e importância que merece, até porque esta sigla sempre gozou de minha simpatia.

Realmente, foram longas e difíceis as negociações, mas, graças ao bom senso de pessoas como Helinho Anomal, Odisséia, Hugo Diniz, Renato Barbosa, o próprio Makhoul e outros, conseguimos chegar a um consenso.

O trabalho na Emhab, onde vínhamos implantando um ambicioso projeto de diminuição do déficit habitacional no município, teve total apoio do Helinho e progrediu muito com ele; a criação da secretaria de Petróleo e Bioenergia entregue a Renatinho já vinha colhendo frutos de projetos maravilhosos; as modificações que começaram a ser implantadas na fundação Zumbi dos Palmares pelo Alberto, tenho certeza, teriam total êxito. Isto sem falar nas excelentes idéias da Odisséia e do próprio Makhoul.

É evidente que todos sabem dos tropeços e dificuldades porque passou o meu governo (interinidade, tragédias, eleições repetidas, queda do orçamento, etc) e algumas ações não aconteciam com a rapidez que todos esperávamos, mas tenho convicção de que estávamos superando a tudo isso. Aí, como diz, o próprio Dr. Makhoul, vieram a polícia, as investigações, etc.

Também é bom lembrar Dr. Makhoul que sempre cumpri tudo que combinávamos, desde os avanços no Hospital Álvaro Alvim até a conversa que tivemos antes do 2º turno das eleições para prefeito, quando prometi que não compareceria às eleições para presidente da Fundação Benedito Pereira Nunes (é evidente que antes comuniquei e expliquei o motivo ao meu amigo Dr. Jair).

Também, sempre te defendi e acreditei em você quando das inúmeras e graves acusações que você sofreu quando da sua passagem pela administração da Unimed e do Hospital Álvaro Alvim.

Por fim, quero esclarecer que freqüento Guarapari com a minha família há mais de 20 anos, mas, nos últimos anos, por dever de ofício passei todos os meus finais de semana em Farol e até o meu aniversário foi festejado lá, quando tive o prazer de receber todos os amigos, inclusive os do PT.

E, quanto ao Rio, acho que o amigo visita mais do que eu, pois inclusive a nossa primeira reunião sobre o PT foi marcada por você mesmo no Rio, no Leme. Nesta ocasião, você me garantiu que não queria ser candidato a mais nada, estava à disposição para me ajudar em qualquer coisa e que deixaria claro ao PT que, mesmo que ele não fizesse a aliança, você estaria dando publicamente o seu apoio a mim, pois afinal era você quem tinha os votos lá.

Acredite Dr. Makhoul, esta não é uma resposta raivosa nem vingativa. Todos que me conhecem sabem que isto não combina com a minha personalidade. Trata-se, apenas, da resposta de um amigo magoado, que se sentiu injustiçado e que continua acreditando em você e considerando-o como amigo.