quarta-feira, agosto 27, 2008

4 mil estudantes de direito em Campos

Este número é referente a 2005 e consta do artigo da professora Rosélia Piquet, junto com Henrique Naves e Elzira Oliveira, todos da UcamCampos, publicado na revista Rio de Janeiro editada recentemente. Este número de 4.087 matrículas em Direito equivale a 18% de todas as matrículas do nível superior no município de Campos dos Goytacazes. Os números podem ter sofrido alguma alteração, mas não muito. Para se verificar a preponderância deste curso sobre os demais, é só observar que o segundo curso em número de matrículas é o de Ciência da Computação que tem 1.782 matrículas. O terceiro é o de Fisioterapia com 1.214 matrículas. Dos três, apenas, o da área de Ciência da Computação tem 41% das 1.782 matrículas alocadas numa instituição pública, no caso, o Cefet. Hoje, em Brasília, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que os 81 cursos de direito sob supervisão do governo deixarão de oferecer 24.380 vagas em seus vestibulares este ano, o que representa uma redução de 54% em relação ao número previamente autorizado. O MEC estima, porém, que a diminuição real será de 16.231 vagas, considerando as vagas que não costumam ser preenchidas e só existiam no papel. PS.: Atualizado às 23: 46: Bom registrar que nenhum dos cursos que tiveram vagas reduzidas são de Campos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Apesar de ser o curso com mais estudantes na cidade, não se encontra em uma situação preocupante como fisoterapia que já esta com o mercado saturado.


Pois o mercado para estudantes de Direito é muito abrangente e tem capacidade para absorver os bons profissionais da cidade.


O que ocorre é que infelizmente algumas universidades de Campos, não tem compromisso na formação de bons operadores do direito e sim na formação de seu lucro.

Juliana Tavares disse...

Nosso país é um país de bacharéis. Advogados e administradores em busca de um emprego público, enquanto os problemas fundamentais do país, como educação, desenvolvimento de ciência e tecnologia, ficam em segundo plano!

Bruno Lindolfo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno Lindolfo disse...

Juliana, qual seria a correlação entre as duas coisas?
Seu apontamento dá margem a muitas interpretações e não se pode definir com certeza o ponto central de sua crítica.

O curso de Direito sempre foi bastante tradicional e a demanda pelo curso certamente não se dá pela oferta de emprego público. Dificilmente alguém que não tenha qualquer aptidão e vocação para as ciências jurídicas chegará ao final do curso.

Não vejo no desejo pelo emprego público, que não é exclusividade de advogados e administradores, ligação alguma com o ainda deficitário sistema educacional brasileiro.

Assim como não vejo as ofertas crescentes de vagas públicas como fator que possa minorar ou preterir investimentos em ciência, educação, saúde etc.

Pelo contrário, me parece uma oferta maior que se baseia numa demanda também maior. Seja de população, quantitativamente, seja de especialização, diversificação e abrangência maior de serviços prestados.

Anônimo disse...

"O que ocorre é que infelizmente algumas universidades de Campos, não tem compromisso na formação de bons operadores do direito e sim na formação de seu lucro."
A verdade está aí. O bom aluno , interessado, que tem sede de um bom profissionalismo vai longe. Faz a diferença dos demais que só querem um título. E, infelizmente, temos faculdades descompromissadas visando apenas lucros. Não só a área do Direto está prejudicada, mas todas as demais. Já viu médico que não coloca a mão em paciente, fisioterapeuta que tem nojo de lidar com pessoas acamadas e por aí vai? Esses profissionais existem e estão formados. Parece que a Ética e Cidadania não fazem parte de grade curricular nenhuma. Português , nem se fala...
E lá vamos nós torcendo para que não sejamos alvos desses tipos de "doutores".