quinta-feira, setembro 15, 2011

Um novo mineroduto poderá chegar até o Açu

Trata-se da mineradora Manabi cujo plano de negócios foi enviado hoje junto com outros documentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na semana passada o grupo recebeu registro de companhia aberta. O plano inclui, além da produção de minério de ferro, um mineroduto e a eventual construção de um porto. Os investidores estão ligados ao que tem participação na Companhia Siderúrgica de Suape.

A Manabi, criada em março deste ano, detém os direitos para prospecção de minério de ferro em uma área de cerca de 9 mil hectares nos municípios de Morro do Pilar, Conceição do Mato Dentro e Passabém, na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Os ativos foram adquiridos das empresas Morro do Pilar e Morro Escuro em junho deste ano, por R$ 491,4 milhões e R$ 55,4 milhões. Esta é a mesma região de onde se origina o mineroduto que está sendo concluído até o Açu.

De acordo com o plano de negócios, nos próximos 12 meses, os investimentos devem se concentrar principalmente nos relatórios de pesquisa em relação ao potencial minerário da região e obtenção das licenças necessárias à operação, além da estrutura logística e contratação de pessoal.

Para 2013, está programado o desenvolvimento da mina, a construção de um mineroduto e um porto – a opção de compra de um terreno de 980 hectares para a construção de um terminal portuário em local não revelado consta nas demonstrações financeiras. Uma alternativa manifestada pelo plano de negócios seria o escoamento da produção por meio do porto de Açu, que está sendo construído no norte do Rio de Janeiro, ou pelos portos de Kennedy e São Mateus, ambos no Espírito Santo. A fase de operação comercial da empresa teria início em 2015.

Pelo seu estatuto social, o capital total da Manabi é de R$ 806,8 milhões, dividido em 250 mil ações ordinárias (com direito de voto) e 550 mil ações preferenciais (sem direito a voto). A IronCo, controlada por um fundo de pensão canadense, detém 40% das ações ordinárias e 94% das preferenciais, enquanto a Fabrica Participações, fundo de investimentos com sede no Rio de Janeiro, tem participações de 60% e 0,5%, respectivamente.

A Fabrica Participações é administrada por Ricardo Antunes, ex-diretor-presidente da LLX, com passagem pela MMX e longa carreira na Vale.

7 comentários:

denis disse...

É, do jeito que andam as coisas... Com a chegada do porto o caju morreu, agora são os pés de goiaba, tudo para desvalorizar as terras, coisas da natureza não é?! Melhor desapropriarem toda a cidade de SJB para colocar indústrias, pois com tanto minério para se embarcado, usina termos, siderúrgicas no porto do Açu vai ser difícil viver por aqui. Mas é isso, o "progresso" tem um preço que estamos pagando antes mesmo de colhermos os "lucros".

Anônimo disse...

Se todos os empreendimentos previsto para o Porto do Açu se concretizarem, a região será muito poluída.

Os trabalhadores dos empreeendimentos, se puderem, preferirão morar em Campos.

Anônimo disse...

ótima notícia para esta planície lamacenta, cheia de mosquitos, fuligem e cheiro de vinhoto.
Empregos, investimentos, novidades, oportunidades, empreendedorismo, tudo melhor que o dia a dia caipira retrógrado da "praníce" coronelesca refém de políticos populistas.
Quiçá teremos dias melhores, uma cultura do desenvolvimento nessas plagas dominadas por coronéis e serviçais estúpidos.

Anônimo disse...

Depende.

As pessoas preferirão conviver com fuligem ou com a poluiçao de minério de ferro e siderurgias?

Bem, pelo menos as queimadas ocorrem apenas em parte do ano.

Espero que não fiquemos sem saída.

Se juntar fuligem com poluição do Porto do Açu, quem puder, vai mudar de cidade, nem Campos nem SJ da Barra.

Vai ficar bom para os médicos e para os hospitais especializados em doenças pulmonares e cardíacas.

Anônimo disse...

Pior do que isso aqui só o Afeganistão.

Anônimo disse...

Ou Cubatão?

Anônimo disse...

SEJA BEM VINDO PROGRESSO !