quinta-feira, agosto 09, 2012

Os impactos na outra ponta do mineroduto que chegará ao Açu

O blogueiro planeja há algum tempo uma viagem para identificar a origem e o trajeto do mineroduto do Sistema Minas-Rio que ligará Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, ao Porto do Açu, em São João da Barra.

Enquanto o blog não viabiliza a viagem, para mostrar a realidade por onde circulará esta imensa riqueza, continuaremos neste espaço apresentando aos nossos colaboradores, algumas informações sobre todo este processo.

A mina e o mineroduto fazem parte do sistema Minas-Rio que a MMX (empresa da área de minério do grupo EBX) vendeu para a mineradora inglesa Anglo-American. O minério extraído lá em Minas Gerais, será hidratado até ganhar a forma de pasta, para ser colocado nos dutos.

A viagem tem previsão de durar três dias para percorrer os 525 quilômetros, até chegar ao Porto do Açu, onde será desidratada e filtrada para ser, através de correias, levado ao píer do terminal TX-1 da LLX, para ser carregado em grandes navios graneleiros para ser levado ao exterior.

A última previsão da Anglo American e da LLX era de que em julho de 2013 esta operação já esteja em funcionamento. Para isto, a mina, o mineroduto, as instalações para beneficiamento no Açu e a as condições de operação do TX-1 do porto precisam estar concluídas. Porém, há informações extra-oficiais, de que há problemas nas diversas partes desta operação de logística.

Segundo os especialistas, o transporte de minério por este tipo de duto, como já acontece no Espírito Santo, na empresa Samarco, no Porto de Ubu, no município de Anchieta, vizinho a Guarapari, é cerca de quinze vezes mais barato do que o transporte feito por ferrovia, entre a mina de Carajás, no Pará e o Porto de Itaqui, no Maranhão.

No vídeo abaixo, produzido pela TV Câmara, com duração de 8 minutos é mostrada a realidade da preparação da mina para iniciar sua produção, no município de Maro Dentro, onde também se questiona, o não cumprimento de condicionantes ambientais e sociais, estabelecidas no processo de licenciamento, assim como a forma como se vem efetivando as desapropriações, tal qual, se questiona, aqui na outra ponta do mineroduto no Açu:

5 comentários:

denis disse...

Interessante ver que o processo é exatamente o mesmo que vem ocorrendo por aqui, lá os agricultores também estão sendo expulsos de suas propriedades, pena é que parece não se fazer ouvir. O secretário da cidade de Conceição do Mato Dentro relatou uns fatos que também vem ocorrendo por aqui, principalmente em relação à questão turística, parte da economia local, pelo menos do Açu, que era forte durante o verão perdeu força, pois os alugueis tiveram um salto gigantesco e as residências hoje não estão sendo mais alugadas para veranistas que gastavam por aqui, em compensação alguns poucos peões que ficam, gastam pouco, pois são de fora e remetem boa parte dos seus salários para suas cidades de origem.
Ver também a incapacidade dos poderes públicos em cobrar as compensações, há meios para isso, mas preferem ficar calados do que exigirem, cidade pequena e troca de favores dá nisso.
Em relação a fala de um prefeito onde há extração por parte da Mineradora Vale é de deixar qualquer um boquiaberto, são 50 anos de extração mudando a paisagem da cidade, tendo pelo menos mais meio século para que essa riqueza acabe e estão meio que planejando ainda o que vão fazer depois que o minério acabar, será que não estão atrasados em pelo menos 40 anos? Há alguma semelhança com a questão relativa aos royalties em nossa região?!

O que posso observar de lá e cá é que a empresa fica calada ou diz que paga as compensações, os governos ficam parados diante do poder econômico e a população, pouco organizada, não tem poder de barganha. Sem que se sentem todos os representantes políticos, empresariais e da sociedade para que se chegue a um consenso não adianta dizerem que o homem foi a lua e que tudo é possível, pois estamos vendo o tempo passar e as cidades não acompanham o ritmo do empreendimento, sem o diálogo e ações a tendência é a situação se agravar.

num sou bõbo disse...

È meu caro Denis, você tem uma leitura excelente da situação atual do distrito do Açú onde vc diz que mora, ótimo, beleza, mas eu conheço o Açú há mais de trinta nos e... Bom talvez eu seja cego e não entenda seus pontos de vista, mas vejo um crescimento real nas atividades, é claro há uma questão especulativa imensa por parte dos "espértos" e "sábios" de botequim que só vêem o crescimento que cresce em seu bolso, ou em suas atividades sem perspectivas reais de crescimento. Continue em seu direcionamento sócio, político e econõmico "perneta" e assista o crescimento real acontecer sem sua participação objetiva e direta, sempre tentando algo melhor para seu povo, e: Salve Carla Machado!

denis disse...

Sabe que eu acho engraçado, sempre que há comentários dirigidos a minha pessoa que quase sempre não traz fatos concretos e dados sérios, nem ao menos tenho a identificação dessa pessoa(s), que sem sombra de dúvidas tem conotação política-partidária, tem uma raiva em ler um comentário crítico. Não desejo que as coisas piores, mas tenho tentando fazer com que elas sejam melhores para todos. Por esse tipo de mentalidade é que SJB perde muito, não aceitam críticas e fingem que as coisas andam muito bem, de fato andam, principalmente para os empreendedores! Lamentável ter que ver comentários sem personalidade. (Comentário para o caro "Num" sou bobo).

Anônimo disse...

Realmente Denis, é difícil para a situação engolir criticas concretas, já que para se manter politicamente tem que fechar os olhos para a realidade.Gente vamos acordar os impactos e a politica de cabresto estão ai.
Denis liga não,alguns cabos eleitorais esqueceram durante quatro longos anos de irem a um oftalmo.

num sou bõbo disse...

Cabo eleitoral, rs, vcs não entenderam lhofas, rs, estou falando do Açu, onde os valores dos aluguéis aumentaram sensivelmente e o retorno é indiscutivel, pois se o locatário recebe mensalmente e paga seu aluguel, janta lá pelo Açú, passa pelo menos 3 fins de semana do mês também ali, isso não é bom?